Henrique Santiago   |   21/08/2018 14:49

Nobile assume administração de 2 Best Western no Rio; entenda

A empresa abriu escritório no Uruguai há cerca de um mês

Jhonatan Soares
Roberto Bertino, presidente da Nobile Hotéis
Roberto Bertino, presidente da Nobile Hotéis
São dez anos de mercado e a expectativa de ultrapassar os R$ 320 milhões de faturamento este ano. A Nobile Hotéis, empresa brasileira, nasceu em Brasília e experimentou uma extensão de seus negócios no País.

A companhia recém-assumiu a gestão de três hotéis Best Western, sendo dois no Rio de Janeiro (Premier Arpoador Fashion Hotel by Gloria Coelho e Plus Copacabana Design Hotel) e um em Linhares, no Espírito Santo (Linhares Design Hotel).

Em entrevista ao Portal PANROTAS, o presidente Roberto Bertino explica que o modelo de negócio adotado em parceria com a Best Western trouxe resultados significativos em dois meses. A presença na Cidade Maravilhosa, por meio de marcas como Nobile e Wyndham, facilitou a chegada na administração das propriedades da rede norte-americana.

“Identificamos que a marca agregava à Best Western. Colocar uma nova bandeira demandaria investimento e uma energia muito grande e seria um equívoco, visto que são produtos consolidados que têm nome e referência na cidade, produtos novos e com reputação elevada”, disse.

As conversas entre as duas hoteleiras e Incortel, incorporadora da Best Western foram iniciadas em dezembro do passado e a concretização dos projetos teve início em meados de julho. Após assumir esses empreendimentos, Bertino afirma que o Rio de Janeiro tem se mostrado um estudo de caso.

Nesse tempo, a redução de custos chegou a 30%, motivada pela readequação do quadro de colaboradores. “Eles [os profissionais] foram contratados antes da Olimpíada e ganhavam salários muito altos. Recontratamos todos e readmitimos pessoas residentes no Rio de Janeiro”, garantiu, complementando que a ocupação média subiu 20% do primeiro para o segundo mês de atuação.

DE OLHO NO RIO
Divulgação/Nobile Hotéis
Nobile inaugurou hotel em Maringá, no Paraná
Nobile inaugurou hotel em Maringá, no Paraná
Mais três projetos estão “bem encaminhados” no Rio de Janeiro, todos na capital. Nenhum deles é da Best Western, atesta, que tem outras unidades sob administração da HB (que perdeu os dois hotéis para a Nobile).

“Nos últimos dois anos, abrimos sete operações no Rio de Janeiro com mais de 1,5 mil quartos. Os hotéis são bem distribuídos, como na Lapa e em Copacabana, e não conflitam um com o outro. O Rio é a imagem do Brasil lá fora e sabemos que essa crise vai passar. É a hora de entrar de vez e vamos colher os frutos na frente."

De janeiro a julho, a Nobile inaugurou oito propriedades em nível nacional – somando as três Best Western já citadas. Entre marcas próprias e administrações, a rede chegou a Curitiba, Maringá (PR), Manaus, Guarujá, Jundiaí e Olímpia (SP).

Atualmente com 54 propriedades e mais de 11 mil quartos distribuídos em todas as regiões brasileiras, a companhia busca mais. Isso significa, segundo revelou o executivo, que o pipeline da Nobile no Brasil aponta 19 novos hotéis que serão negociados nos próximos 12 meses. Mas os planos não param por aí.

INTERNACIONALIZAÇÃO
A presença internacional da Nobile está limitada a um hotel no Paraguai, o Gran Nobile Hotel & Convention, em operação em Ciudad del Este. A realidade, ao que tudo indica, será outra a partir dos próximos anos, pois a empresa abriu em julho um escritório em Montevidéu, capital do Uruguai (o terceiro após Brasília e São Paulo) e contratou um executivo, Diego Filardi, para assumir como diretor de Desenvolvimento.

Com contratos em análise, a rede tem oito hotéis em fase de contratação no Chile, na Argentina, no Paraguai e no próprio Uruguai. Dentro de cinco anos, a estimativa é abrir 20 propriedades. “É uma meta conservadora, mas acredito que possamos superá-la”, salientou Roberto Bertina.

“Lá [nesses quatro países] vamos crescer com Nobile, Wyndham e Ameris, nossa soft brand voltada para desenvolvimento de hotéis independentes. Acredito que vamos levar dois ou três meses para resolver a parte burocrática e levar a operação para lá”, complementou.

Depois de explorar esses quatro mercados sul-americanos, a Nobile pretende subir no mapa e cobrir os 13 países da região. Enquanto esse plano é visto como mais palpável em cinco anos, a companhia hoteleira acredita que irá ultrapassar os R$ 320 milhões de faturamento projetados para este ano, com a possibilidade de chegar a R$ 350 milhões.


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