Karina Cedeño   |   08/03/2023 18:55
Atualizada em 09/03/2023 08:49

Como o setor de Turismo pode eliminar o racismo?

Pergunta foi feita pela CEO da Brafrika Agências de Viagens, Beatriz Morem, a Rachel Maia

Gute Garbelotto
A CEO da Brafrika Agências de Viagens, Beatriz Moremi, e a consultora e conselheira de empresas Rachel Maia
A CEO da Brafrika Agências de Viagens, Beatriz Moremi, e a consultora e conselheira de empresas Rachel Maia
De que forma as empresas no setor de Turismo podem ser mais inclusivas e eliminar o racismo? A pergunta foi feita pela CEO da Brafrika Agências de Viagens, Beatriz Moremi, à consultora e conselheira de empresas Rachel Maia durante o Fórum PANROTAS 2023.

Para Rachel, as empresas devem ser propositivas na mudança e atingi-la por meio de metas. “É preciso que as empresas sejam disruptivas em seu pensamento. A liderança deve ser diversificada. Hoje vejo só a área de serviços com lideranças negras e eles não estão em cargos de gestão. Mas é preciso lembrar que a diversidade não é uma opção. A Resolução Normativa 59 irá cobrar das empresas diversidade e concordância com as práticas ESG e os consumidores também estão conscientes disso. Hoje eles deixam de escolher uma empresa como parceira ou optam por não adquirir seus produtos se souberem que ela não tem diversidade em seu quadro de funcionários. E essa atitude está correta”, destaca Rachel.

Por isso, segundo ela, as empresas sem diversidade deixarão de crescer no mercado. “A inovação é necessária. E as empresas devem elencar o público negro, LGBTQIA+ e com mobilidade reduzida nessa inovação".

MAIS ACESSIBILIDADE NO BRASIL
A consultora também defende a ideia de que o Brasil precisa trazer mais acessibilidade a seus pontos turísticos. “É preciso trabalhar na infraestrutura e nas políticas públicas em conjunto com o governo. O Turismo tem um potencial gigantesco no Brasil. E é preciso se atentar a alguns pontos. A hotelaria, por exemplo, deve oferecer acessibilidade não apenas em hotéis de luxo, porque muitas pessoas com problema de mobilidade não têm acesso apenas a esse nível de hotel. Elas estão na base da pirâmide", observa.

"No Brasil há 46 milhões de pessoas com necessidades especiais e isso não significa que elas não querem fazer Turismo. Significa falta de opção. Elas têm um salário garantido pelo governo que não têm como gastar. Por isso, é preciso olhar para alguns nichos de forma diferenciada, desconstruindo o pensamento que a empresa trouxe até aqui e reconstruindo-o de forma mais ampla”, destaca Rachel.


O Fórum PANROTAS 2023 conta com a aliança institucional da CNC Sesc Senac, com patrocínio do Sebrae Nacional, e também de Accor, Ancoradouro, Aviva, Bee2Pay, Befly, BWH Hotel Group, Clickbus, Copastur, Coris, CVC Corp, Delta Air Lines e Latam Airlines, Disney Destinations, Elo, ETS, Gol Air France-KLM, Grand Palladium, Grupo Cataratas, Grupo Decolar, Grupo Leceres, Grupo R1, GTA, Iberostar, Localiza&Co, Maceió CVB/Sedetur Alagoas, Mato Grosso do Sul, Mondiale, Movida, Omnibees, Royal Palm Hotels and Resorts, Sabre, Sheraton São Paulo WTC Hotel, Shift, Tes Cenografia, Tour House, ViagensCorp, ViagensPromo, Visit Argentina e Visite São Paulo.

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