Leonardo Ramos   |   07/03/2018 16:13

Reino Unido pode boicotar Copa da Rússia; entenda o caso

Envenenamento de ex-coronel russo em solo britânico pode levar a boicote do Reino Unido à Copa do Mundo; entenda o caso

Um caso lamentável que aconteceu no início desta semana pode acarretar no boicote do Reino Unido à Copa do Mundo deste ano.

Sergei Skripal, um ex-coronel do serviço secreto militar russo de 66 anos que teria passado informações aos britânicos, e sua filha Yulia, de 33 anos, foram envenenados neste domingo em Salisbury, sudoeste na Inglaterra. Ambos foram encontrados inconscientes em um banco da cidade, e estariam entre a vida e a morte, segundo a agência de notícias AFP.

Reprodução Twitter
Sergei Skripal, ex-coronel russo, foi envenenado nesta semana em solo britânico
Sergei Skripal, ex-coronel russo, foi envenenado nesta semana em solo britânico
A suspeita de que o ataque teria um envolvimento da Rússia levou o governo britânico a convocar uma reunião de emergência nesta quarta (7) para examinar o caso, enquanto especialistas tentam identificar a toxina usada no ex-agente e em sua filha.

Uma possível retaliação, caso seja comprovado que o governo russo esteja por trás do envenenamento, seria a exclusão da equipe do Reino Unido da Copa do Mundo na Rússia. O secretário de Exterior do Reino Unido, Boris Johnson, ameaçou a saída do país da competição nesta terça (6) em declaração sobre o caso, de acordo com o site Daily Mirror.

“Se for confirmada a participação russa, a resposta será apropriada e enérgica. Seria muito difícil imaginar que a representação do Reino Unido nesse evento seguiria normalmente”, argumentou Johnson ao Parlamento britânico.

"Embora eu não esteja apontando dedos ainda, eu digo aos governos de todo o mundo que nenhuma tentativa de tirar uma vida inocente no solo do Reino Unido sairá impune", afirmou ainda o político.

A embaixada da Rússia no país negou que os problemas de saúde que afetam o ex-agente russo Sergei Skripal tenham resultado de "ação planejada pelos serviços de segurança russos".

"O relatório da mídia pode dar origem a impressão de que esta é uma ação planejada pelos serviços de segurança russos, o que de modo algum corresponde à verdade", declarou a embaixada em comunicado.

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