Karina Cedeño   |   06/12/2022 11:32
Atualizada em 06/12/2022 12:46

Tarifa aérea média tem aumento de 40,2% em setembro

O levantamento mostra ainda que 18,4% dos bilhetes comercializados em setembro custaram até R$ 300


Pixabay
O painel de indicadores de tarifas aéreas domésticas divulgado ontem (5) pela Anac revelou que, no mês de setembro, o bilhete aéreo foi comercializado pelo preço médio de R$ 698,18, o que corresponde a uma alta de 40,2% em comparação com o mesmo mês em 2019, antes da pandemia de covid-19, quando a tarifa média custava R$ 498,04. Ainda em comparação com setembro de 2019, o preço do querosene de aviação (QAV) aumentou em 128%, valendo R$ 2,22 por litro em 2019 e R$ 5,08 em 2022.

O levantamento mostra ainda que 18,4% dos bilhetes comercializados em setembro custaram até R$ 300; cerca de 42,5% foram vendidos até R$ 500; e 7,4% custaram acima de R$ 1,5 mil. Os cinco principais destinos domésticos em setembro (SP, RJ, PR, MG e BA) representaram cerca de 52,4% do total comercializado, sendo que apenas São Paulo representou 24% desse total (tarifa média de R$ 663,83), configurando-se o destino doméstico mais procurado em agosto, seguido do Rio de Janeiro, com 9,7% (tarifa média de R$ 658,56), e Paraná, com 6,7% (tarifa média de R$ 591,24). Vale observar que estas tarifas dos destinos mais procurados ficaram abaixo da média nacional do período.

O valor médio pago pelo passageiro por quilômetro voado, também conhecido como yield, teve elevação de 25,6% em setembro deste ano (R$ 0,5450/Km) em relação ao resultado apurado em 2019 (R$ 0,4339/Km). Nesse item, em setembro de 2022, o Acre apresentou o menor valor do yield, de R$ 0,3589/Km. Por outro lado, Minas Gerais foi a Unidade da Federação com o maior valor por quilômetro voado, R$ 0,6872/Km.

Em setembro, a disponibilidade de voos no transporte aéreo doméstico, aferida por assentos-quilômetros ofertados (ASK), registrou redução de 4% frente aos dados computados em igual período de 2019. Embora o indicador seja importante para a formação dos preços das tarifas aéreas, destaca-se que outros fatores são igualmente considerados, como demanda, sazonalidade, custo do QAV, variação cambial e demais indicadores macroeconômicos.


Tarifa Internacional
Já no cenário internacional, o preço médio da tarifa aérea comercializada em setembro de 2022 foi de US$ 833, um aumento de 30% relativo à tarifa média praticada no mesmo período em 2019, de US$ 641. Em relação aos assentos quilômetros ofertados, houve queda de 24%.

Os indicadores de tarifas aéreas do transporte aéreo brasileiro são atualizados de forma mensal e podem ser consultados no portal da Anac.

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