Após novo aumento, Abear defende tratar QAV como política pública
Petrobras anunciou alta de 18% no custo médio do querosene de aviação
Com a confirmação de um novo aumento, agora de 18%, no custo médio do querosene de aviação (QAV), a Abear defendeu que a questão passe a ser tratada como política pública de Estado para aplacar os afeitos do aumento acelerado do insumo. O presidente da organização, Eduardo Sanovicz, alegou que o encarecimento do produto, acelerado com o conflito na Ucrânia, deve ser observado com maior cuidado.
"O preço do QAV é um desafio permanente para as empresas aéreas. Esse combustível deveria ter tratamento de política pública, pois antes da pandemia transportávamos mais de 100 milhões de passageiros por ano. Agora, a guerra na Ucrânia acelerou a pressão sobre o valor do combustível, o que pode frear a retomada da operação aérea que estávamos observando a cada mês. Permanecemos firmes no setor enfrentando diariamente o Custo Brasil”, afirmou Sanovicz.
A consideração do executivo leva em conta que a atual alta de 18%, confirmada pela Petrobrás, veio após o preço médio do combustível dos aviões ter registrado acréscimo de 91,9% em 2021, em comparação com 2020. Também é preciso observar que, no período de 1º de janeiro a 1º de março, o valor do combustível dos aviões acumula alta de cerca de 38%, também segundo dados da Petrobras.
De acordo com a Abear, o QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela de mais de 50% indexada ao dólar. A cotação da moeda norte-americana encerrou o ano passado no patamar de R$ 5,58, sendo que em meados de 2014 o valor estava em R$ 2,35.
O Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS. As empresas estrangeiras, por sua vez, não pagam esse imposto para abastecer em território nacional. É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares.
"O preço do QAV é um desafio permanente para as empresas aéreas. Esse combustível deveria ter tratamento de política pública, pois antes da pandemia transportávamos mais de 100 milhões de passageiros por ano. Agora, a guerra na Ucrânia acelerou a pressão sobre o valor do combustível, o que pode frear a retomada da operação aérea que estávamos observando a cada mês. Permanecemos firmes no setor enfrentando diariamente o Custo Brasil”, afirmou Sanovicz.
A consideração do executivo leva em conta que a atual alta de 18%, confirmada pela Petrobrás, veio após o preço médio do combustível dos aviões ter registrado acréscimo de 91,9% em 2021, em comparação com 2020. Também é preciso observar que, no período de 1º de janeiro a 1º de março, o valor do combustível dos aviões acumula alta de cerca de 38%, também segundo dados da Petrobras.
De acordo com a Abear, o QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela de mais de 50% indexada ao dólar. A cotação da moeda norte-americana encerrou o ano passado no patamar de R$ 5,58, sendo que em meados de 2014 o valor estava em R$ 2,35.
O Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS. As empresas estrangeiras, por sua vez, não pagam esse imposto para abastecer em território nacional. É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares.