Victor Fernandes   |   18/03/2022 12:16
Atualizada em 23/03/2022 10:17

Alta do QAV causará aumento do preço das passagens aéreas

Só neste início de 2022, o QAV registrou uma alta de 15% devido à instabilidade do cenário internacional

Briana Tozour/Unsplash
Só neste início de 2022, o QAV registrou uma alta de 15%
Só neste início de 2022, o QAV registrou uma alta de 15%
Como já anunciado previamente pela Abear e Instituto de Petróleo (IBP), a guerra entre Rússia e Ucrânia causará impacto no valor do petróleo, e consequentemente do querosene de aviação (QAV) também. Hoje, o barril de QAV está custando cerca de US$ 100, ou seja, aproximadamente R$ 500. Considerando que o QAV representa atualmente em média 30% dos custos de uma companhia aérea, é esperado que o valor das passagens aéreas aumentem.

"O QAV chegou ao seu preço mais alto, acompanhando o barril de petróleo, desde 2008. Uma diferença importante é que, em 2008, o câmbio era R$ 2,30 por dólar, e agora estamos ao redor de R$ 5 por dólar", explicou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, à reportagem do Jornal da Globo.

O QAV acumulou uma alta de 76,2% em 2021, superando as altas do diesel (56%), gasolina (42,4%) e gás de cozinha (36%). Só neste início de 2022, o querosene de aviação registrou uma alta de 15%. Com a instabilidade do cenário internacional, o preço pode ficar ainda mais alto, pressionando as passagens aéreas. Os bilhetes atingiram em 2021 o maior preço médio desde 2015, com aumento de 15%, e a Latam, por exemplo, já estima um aumento de 25% a 30% das tarifas em 2022.

"Reverter esse cenário diante do momento em que o preço do barril de petróleo está pressionado faz com que a recuperação das companhias aéreas se torne mais difícil. É bom lembrar que mesmo com esse arrefecimento da pandemia, o fluxo de passageiros e aeronaves no Brasil ainda não se formalizou", explicou o economista da CNC, Fabio Bentes.

A Azul informou que a continuidade desse cenário poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no País, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências entre aeroportos que já contam com serviço aéreo.

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