KLM homenageia mulheres da aviação em especial de 100 anos
A companhia aérea completa 100 anos no próximo mês e preparou uma homenagem especial para grandes mulheres da aviação. Confira quem são.
Em 7 de outubro de 2019, a KLM completa 100 anos de existência, um ótimo momento para olhar para trás, e celebrar os avanços alcançados com o passar dos anos. Todos nós já ouvimos falar de aviadores icônicas como Amelia Earhart e Amy Johnson. Mas você sabia que também haviam pioneiras perto de casa? Aqui está uma breve história de três heroínas brasileiras e holandesas, cada uma traçando seu próprio caminho e abrindo caminho para as mulheres no cockpit.
Thereza de Marzo
Paulistana, Thereza de Marzo foi a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Apesar da grande conquista, o caminho não foi fácil, já que ela não tinha apoio familiar para seguir seu sonho. Em 1922, Thereza foi a primeira mulher a pilotar sozinha, se tornando habilitada pela banca do Aeroclube Brasil pouco tempo depois.
Numa época onde as mulheres quase não desempenhavam fora de casa, Thereza foi proibida de voar após o casamento com Fritz Roesler. Essa proibição estava prevista no código civil de 1916. Apesar da curta carreira, a pilota registrou 300 horas de voos.
Anésia Pinheiro Machado
Anésia foi a segunda mulher brasileira a receber o diploma de pilotagem no País. Ela realizou um voo histórico entre São Paulo e Rio de Janeiro, em comemoração ao centenário da independência brasileira. Com isso, se tornou a primeira mulher a operar um voo interestadual no Brasil.
Anésia participou do primeiro Congresso Feminista Internacional e da Revolução de 1924, quando foi presa e depois libertada.A pioneira sobrevoou o navio Minas Gerais, jogando flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba? ”, o que a proibiu de voar até 1939. Em 1958, Anésia foi reconhecida pela Federação Aeronáutica Internacional, na conferência de Instambul, como Decana Mundial da Aviação Feminina.
Ada Rogato
Primeira mulher a conseguir a licença de paraquedista e a pilotar um planador, terceira a obter brevê e primeira pilota agrícola do País, Ada sempre voou sozinha e realizou mais de 200 voos de patrulhamento no litoral paulista.
Além disso, Ada também foi pioneira ao cruzar a região amazônica em uma aeronave sem rádio, tendo como guia apenas uma bússola, sozinha. Além das conquistas aéreas, a pilota se dedicou a preservação da história aeronáutica brasileira e foi presidente da Fundação Santos Dumont e Diretora do Museu da Aeronáutica.
Beatrice de Rijk
Beatrice de Rijk, uma ávida balonista, foi a primeira holandesa a obter uma licença de piloto em 1911. Por décadas, principalmente antes da Segunda Guerra Mundial, o cockpit era dominado quase que exclusivamente por homens, embora mulheres como Beatrice estivessem dispostas e capacitadas para voar. Antes da fundação da KLM, já havia várias mulheres que desafiavam o tradicionalismo da época pelo cockpit. Mas mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, quando a necessidade abriu novas portas para as mulheres, De Rijk mesmo assim foi recusada para um emprego na Força Aérea.
Ida Veldhuyzen van Zanten
A Segunda Guerra Mundial certamente serviu como um catalisador para que as mulheres ocupassem seu devido lugar no cockpit. A heroína da resistência Ida Veldhuyzen van Zanten obteve inicialmente sua licença de piloto para melhorar suas chances de se tornar comissária de bordo. Logo após a KLM a contratar, em 1940, os alemães ocuparam a Holanda. Veldhuyzen van Zanten fugiu para a Inglaterra, onde se destacou como pilota em um dos dois esquadrões da Royal Air Force para mulheres. Ela foi condecorada por suas realizações após a guerra. Também foi dona, brevemente, de uma empresa aérea na África do Sul, onde operava voos charter locais, mas logo retornou à Holanda e tornou-se assistente social. Ela continuou a pilotar aviões até seu falecimento em 2000.
Liane Latour
Liane Latour completou seu treinamento de voo em 1946 e foi a primeira pilota holandesa contratada pela KLM. Ela ganhou pouco mais que uma aeromoça por seus esforços. Há rumores de que a mudança de carreira de Latour tinha que permanecer em segredo, porque o diretor gerente e fundador da KLM, Albert Plesman, queria evitar transtornos. Depois que a notícia vazou, Latour foi brevemente transferida para operações de carga e aeronaves do governo. Infelizmente, depois de uma carreira no cockpit de apenas 18 meses, Latour recebeu uma carta informando que ela retomaria o trabalho como aeromoça no dia seguinte. Claramente, a emancipação no cockpit ainda estava muito distante no início dos anos 50.
Thereza de Marzo
Paulistana, Thereza de Marzo foi a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Apesar da grande conquista, o caminho não foi fácil, já que ela não tinha apoio familiar para seguir seu sonho. Em 1922, Thereza foi a primeira mulher a pilotar sozinha, se tornando habilitada pela banca do Aeroclube Brasil pouco tempo depois.
Numa época onde as mulheres quase não desempenhavam fora de casa, Thereza foi proibida de voar após o casamento com Fritz Roesler. Essa proibição estava prevista no código civil de 1916. Apesar da curta carreira, a pilota registrou 300 horas de voos.
Anésia Pinheiro Machado
Anésia foi a segunda mulher brasileira a receber o diploma de pilotagem no País. Ela realizou um voo histórico entre São Paulo e Rio de Janeiro, em comemoração ao centenário da independência brasileira. Com isso, se tornou a primeira mulher a operar um voo interestadual no Brasil.
Anésia participou do primeiro Congresso Feminista Internacional e da Revolução de 1924, quando foi presa e depois libertada.A pioneira sobrevoou o navio Minas Gerais, jogando flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba? ”, o que a proibiu de voar até 1939. Em 1958, Anésia foi reconhecida pela Federação Aeronáutica Internacional, na conferência de Instambul, como Decana Mundial da Aviação Feminina.
Ada Rogato
Primeira mulher a conseguir a licença de paraquedista e a pilotar um planador, terceira a obter brevê e primeira pilota agrícola do País, Ada sempre voou sozinha e realizou mais de 200 voos de patrulhamento no litoral paulista.
Além disso, Ada também foi pioneira ao cruzar a região amazônica em uma aeronave sem rádio, tendo como guia apenas uma bússola, sozinha. Além das conquistas aéreas, a pilota se dedicou a preservação da história aeronáutica brasileira e foi presidente da Fundação Santos Dumont e Diretora do Museu da Aeronáutica.
Beatrice de Rijk
Beatrice de Rijk, uma ávida balonista, foi a primeira holandesa a obter uma licença de piloto em 1911. Por décadas, principalmente antes da Segunda Guerra Mundial, o cockpit era dominado quase que exclusivamente por homens, embora mulheres como Beatrice estivessem dispostas e capacitadas para voar. Antes da fundação da KLM, já havia várias mulheres que desafiavam o tradicionalismo da época pelo cockpit. Mas mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, quando a necessidade abriu novas portas para as mulheres, De Rijk mesmo assim foi recusada para um emprego na Força Aérea.
Ida Veldhuyzen van Zanten
A Segunda Guerra Mundial certamente serviu como um catalisador para que as mulheres ocupassem seu devido lugar no cockpit. A heroína da resistência Ida Veldhuyzen van Zanten obteve inicialmente sua licença de piloto para melhorar suas chances de se tornar comissária de bordo. Logo após a KLM a contratar, em 1940, os alemães ocuparam a Holanda. Veldhuyzen van Zanten fugiu para a Inglaterra, onde se destacou como pilota em um dos dois esquadrões da Royal Air Force para mulheres. Ela foi condecorada por suas realizações após a guerra. Também foi dona, brevemente, de uma empresa aérea na África do Sul, onde operava voos charter locais, mas logo retornou à Holanda e tornou-se assistente social. Ela continuou a pilotar aviões até seu falecimento em 2000.
Liane Latour
Liane Latour completou seu treinamento de voo em 1946 e foi a primeira pilota holandesa contratada pela KLM. Ela ganhou pouco mais que uma aeromoça por seus esforços. Há rumores de que a mudança de carreira de Latour tinha que permanecer em segredo, porque o diretor gerente e fundador da KLM, Albert Plesman, queria evitar transtornos. Depois que a notícia vazou, Latour foi brevemente transferida para operações de carga e aeronaves do governo. Infelizmente, depois de uma carreira no cockpit de apenas 18 meses, Latour recebeu uma carta informando que ela retomaria o trabalho como aeromoça no dia seguinte. Claramente, a emancipação no cockpit ainda estava muito distante no início dos anos 50.