Pedro Menezes   |   16/10/2024 09:43

Milei afirma já ter plano B em caso de fracasso na privatização da Aerolíneas

Presidente da Argentina já afirmou que país não tem condições de manter uma empresa altamente deficitária


PANROTAS / Pedro Menezes
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Embora seja um desejo do presidente da Argentina, Javier Milei, a privatização da Aerolíneas Argentinas ainda esbarra em fatores que fogem da sua alçada. O presidente da Aerolíneas, Fabian Lombardo, até disse, em setembro passado, que a companhia estaria no caminho da privatização. Mas ela precisa passar por quais obstáculos para isso?

Neste momento, o Congresso Nacional da Argentina debate o Decreto Nacional de Emergência (DNU) 873/24, que declara a Aerolíneas Argentinas sujeita à privatização pelo Poder Executivo. Em caso de derrota, o presidente Milei já decidiu o que fará com a companhia de bandeira:

"Ou a Aerolíneas Argentinas será privatizada ou a entregaremos aos funcionários”

Javier Milei, presidente da Argentina

A afirmação ocorre após a tentativa de privatização via Lei de Bases ter fracassado. Agora, o governo federal acredita que o DNU a ser debatido no Congresso enfim permitirá a privatização da Aerolíneas.

O presidente Javier Milei já deixou claro que o país “não tem condições de manter uma empresa altamente deficitária através da contribuição de centenas de milhões de pesos que provêm do esforço de seus cidadãos" e sustentou que a privatização é o melhor caminho para a companhia e para a própria nação.

"A privatização da empresa e o seu funcionamento nas condições atuais de mercado permitirão uma melhor prestação de serviços, o cuidado com os cofres públicos e, principalmente, que os argentinos deixem de financiar o déficit de uma empresa ineficiente”

Javier Milei, presidente da Argentina

A DNU, por sua vez, que estabelece o quadro legal para a realização do procedimento de implementação do processo de privatizações, indica que o Estado pretende “alocar recursos fiscais limitados para satisfazer as necessidades de quem menos tem”, num contexto em que “a pobreza atinge 52,9% da população".

Com informações do Ladevi, parceiro da PANROTAS na Argentina.

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