Iata pede reabertura de fronteiras e ações de alívio à aviação
Apelo da entidade reflete frustração da indústria, já que políticas continuam a aniquilar demanda
A Iata está reforçando o pedido aos governos para que trabalhem em conjunto a fim de encontrar urgentemente maneiras de restabelecer a conectividade global por meio da reabertura das fronteiras e para continuar com medidas de alívio para sustentar as companhias aéreas durante a crise do novo coronavírus.
O apelo da entidade reflete a frustração da indústria, já que as políticas governamentais, como fronteiras fechadas, restrições de viagens e quarentenas, continuam a aniquilar a demanda por viagens. Isso ficou evidente com uma temporada de viagens de verão (no hemisfério norte) fraca, que apresentou melhorias mínimas em comparação com o período de maio a junho, já que quatro em cada cinco viajantes potenciais ficaram em casa, com base em comparações com o período do ano anterior.
“Proteger seus cidadãos deve ser a principal prioridade dos governos. Mas muitos estão lutando contra uma pandemia global isoladamente, com a visão de que o fechamento das fronteiras é a única solução. É hora de os governos trabalharem juntos para implementar medidas que permitirão a retomada da vida econômica e social, enquanto controlam a propagação do vírus”, afirma o diretor geral e CEO da associação, Alexandre de Juniac.
A Iata estimula os governos a compreender a gravidade da crise que o setor aéreo enfrenta e suas consequências para os seus cidadãos. Para a entidade, as seguintes questões-chaves devem ter a atenção concentrada dos governos:
REABERTURA
O mundo permanece em grande parte fechado para viagens, apesar da disponibilidade de protocolos globais para permitir o reinício seguro da aviação desenvolvidos por governos por meio da liderança da ICAO, com o apoio da OMS. Esta orientação cobre todos os aspectos da viagem do passageiro e recomenda medidas sanitárias para manter os viajantes seguros e reduzir o risco de infecção de importação.
O pré-requisito para abrir fronteiras é a orientação de decolagem da ICAO. Além disso, a Iata está propondo bolhas de viagens para mitigar riscos entre mercados específicos e prevê um uso muito mais amplo e estratégico dos testes para covid-19, à medida que a tecnologia melhora a precisão, velocidade e escalabilidade.
Diante disso, a associação propõe um plano de ação de três pontos para os governos reabrirem com segurança as fronteiras da seguinte forma:
MEDIDAS
Com exceção de alguns mercados domésticos, há poucas evidências de uma recuperação inicial da indústria. As companhias aéreas continuam perdendo bilhões de dólares e enfrentam decisões difíceis para redimensionar suas operações e força de trabalho no futuro.
Com isso, a Iata exorta os governos a concentrar as medidas de alívio em duas áreas:
Muitos governos, incluindo China, Brasil, México, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia, concederam isenções para a temporada de inverno de 2020 (outubro a março de 2021), reconhecendo as severas restrições nos cronogramas de planejamento durante este período de interrupção. Infelizmente, a Comissão Europeia, que muitos governos procuram para liderar as políticas de transporte aéreo, está subestimando a gravidade da crise e se arrastando.
LIDERANÇA
“Os governos cooperaram para definir as diretrizes para um reinício seguro da aviação, mas eles não cooperaram para realmente fazer uma reinicialização acontecer. É por isso que 90% dos voos internacionais pararam. A demanda existe, quando as fronteiras são abertas sem quarentena, as pessoas voam. Mas há muita incerteza em como os governos estão administrando a situação para que os passageiros reconstruam a confiança para viajar”, conta Juniac.
Segundo Juniac, o que está prejudicando a aviação é o fato de que os governos não estão administrando os riscos de abrir fronteiras. Em vez disso, estão mantendo a mobilidade global efetivamente em bloqueio. E se isso continuar, os danos à conectividade global podem se tornar irreparáveis.
"Os protocolos globais para reiniciar a aviação com segurança foram acordados e nenhuma indústria tem tanta experiência em implementar programas de segurança globais como a aviação. Mas é necessário que os governos assumam a liderança para gerenciar os riscos e adotar uma mentalidade de não ser derrotado por esse vírus", finaliza.
O apelo da entidade reflete a frustração da indústria, já que as políticas governamentais, como fronteiras fechadas, restrições de viagens e quarentenas, continuam a aniquilar a demanda por viagens. Isso ficou evidente com uma temporada de viagens de verão (no hemisfério norte) fraca, que apresentou melhorias mínimas em comparação com o período de maio a junho, já que quatro em cada cinco viajantes potenciais ficaram em casa, com base em comparações com o período do ano anterior.
“Proteger seus cidadãos deve ser a principal prioridade dos governos. Mas muitos estão lutando contra uma pandemia global isoladamente, com a visão de que o fechamento das fronteiras é a única solução. É hora de os governos trabalharem juntos para implementar medidas que permitirão a retomada da vida econômica e social, enquanto controlam a propagação do vírus”, afirma o diretor geral e CEO da associação, Alexandre de Juniac.
A Iata estimula os governos a compreender a gravidade da crise que o setor aéreo enfrenta e suas consequências para os seus cidadãos. Para a entidade, as seguintes questões-chaves devem ter a atenção concentrada dos governos:
- Reabertura das fronteiras
- Medidas de alívio contínuo
- Liderança global
REABERTURA
O mundo permanece em grande parte fechado para viagens, apesar da disponibilidade de protocolos globais para permitir o reinício seguro da aviação desenvolvidos por governos por meio da liderança da ICAO, com o apoio da OMS. Esta orientação cobre todos os aspectos da viagem do passageiro e recomenda medidas sanitárias para manter os viajantes seguros e reduzir o risco de infecção de importação.
O pré-requisito para abrir fronteiras é a orientação de decolagem da ICAO. Além disso, a Iata está propondo bolhas de viagens para mitigar riscos entre mercados específicos e prevê um uso muito mais amplo e estratégico dos testes para covid-19, à medida que a tecnologia melhora a precisão, velocidade e escalabilidade.
Diante disso, a associação propõe um plano de ação de três pontos para os governos reabrirem com segurança as fronteiras da seguinte forma:
- Implementação da orientação da ICAO universalmente.
- Ter como base o trabalho da Força-Tarefa de Recuperação de Aviação (CART) do Conselho da ICAO, que desenvolve uma estrutura comum acordada para os estados usarem na coordenação da reabertura segura de suas fronteiras para a aviação.
- Desenvolvimento de medidas de teste para covid-19 que permitirão a reabertura das fronteiras, reduzindo o risco de importação do vírus para o que é aceitável para as autoridades de saúde pública com precisão, velocidade e escalabilidade, que também atendam aos requisitos exigentes para incorporação no processo de viagem.
MEDIDAS
Com exceção de alguns mercados domésticos, há poucas evidências de uma recuperação inicial da indústria. As companhias aéreas continuam perdendo bilhões de dólares e enfrentam decisões difíceis para redimensionar suas operações e força de trabalho no futuro.
Com isso, a Iata exorta os governos a concentrar as medidas de alívio em duas áreas:
- Alívio financeiro: enfrentando uma perda da indústria de US$ 84,3 bilhões este ano, um corte de 50% nas receitas e altos custos fixos para aeronaves e mão de obra, a viabilidade financeira de muitas aéreas está em questão. A ajuda do governo tem sido uma tábua de salvação crítica, mas o alívio oferecido está se esgotando rapidamente. As medidas do governo para fornecer amortecedores financeiros adicionais contra o fracasso serão críticas e não devem aumentar os níveis de dívida já em expansão.
- Alívio regulatório: a medida mais urgente é uma isenção global da regra 80-20 para faixas horárias em aeroportos. A grande incerteza do mercado significa que as companhias aéreas precisam de flexibilidade para ajustar os horários para atender a demanda sem a pressão de serem penalizadas por não usar os slots alocados. As companhias não podem se dar ao luxo de voar em aviões vazios quando a demanda do mercado cai. Da mesma forma, eles não podem deixar passar receita quando as oportunidades se abrem.
Muitos governos, incluindo China, Brasil, México, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia, concederam isenções para a temporada de inverno de 2020 (outubro a março de 2021), reconhecendo as severas restrições nos cronogramas de planejamento durante este período de interrupção. Infelizmente, a Comissão Europeia, que muitos governos procuram para liderar as políticas de transporte aéreo, está subestimando a gravidade da crise e se arrastando.
LIDERANÇA
“Os governos cooperaram para definir as diretrizes para um reinício seguro da aviação, mas eles não cooperaram para realmente fazer uma reinicialização acontecer. É por isso que 90% dos voos internacionais pararam. A demanda existe, quando as fronteiras são abertas sem quarentena, as pessoas voam. Mas há muita incerteza em como os governos estão administrando a situação para que os passageiros reconstruam a confiança para viajar”, conta Juniac.
Segundo Juniac, o que está prejudicando a aviação é o fato de que os governos não estão administrando os riscos de abrir fronteiras. Em vez disso, estão mantendo a mobilidade global efetivamente em bloqueio. E se isso continuar, os danos à conectividade global podem se tornar irreparáveis.
"Os protocolos globais para reiniciar a aviação com segurança foram acordados e nenhuma indústria tem tanta experiência em implementar programas de segurança globais como a aviação. Mas é necessário que os governos assumam a liderança para gerenciar os riscos e adotar uma mentalidade de não ser derrotado por esse vírus", finaliza.