Nova greve da Air France atinge o Brasil nesta terça-feira
AF456 e AF459, que envolvem Guarulhos, estão cancelados
A nova greve da Air France afeta o mercado brasileiro nesta terça-feira. A companhia confirmou que o AF456 de 8 de maio, que sairia de Paris às 10h15 e chegaria em São Paulo às 16h55 foi cancelado e, por consequência, também não contará com o AF459, que sairia de São Paulo às 19h do mesmo dia.
No total, a terça-feira contará com 80% dos voos da Air France e as rotas mais afetadas são de média distância. Cerca de 95% dos voos de longa distância partindo de Paris estão confirmados, enquanto os de média contarão com 75% da operação normal. A partir de Orly e das demais províncias francesas, 82% da operação normal será realizada.
"A programação dos voos é atualizada com 24 horas de antecedência. Atrasos de última hora e cancelamentos podem ser esperados", alerta a companhia, em comunicado, apontando a porcentagem dos colaboradores que aderirão à paralisação. "Pouco mais de 14% são pilotos, 17,8% são da tripulação e 2,9% são dos colaboradores de solo."
Para minimizar o impacto entre os passageiros, a companhia recomenda verificar no www.airfrance.com.br, antes de se dirigir ao aeroporto, se o voo em que se possui uma reserva será operado. "Os voos exibidos como mantidos para o dia 8 de maio serão operados", garante a Air France.
Passageiros atingidos podem adiar a viagem ou alterar o bilhete sem custo adicional pelos agentes de viagens, portal da companhia, pelas páginas oficiais no Twitter e no Facebook ou pelos telefones 4003 9955 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 888 9955 (demais localidades).
"A Air France deplora a continuação destas greves, especialmente por ser um período que se permita prosseguir com qualquer negociação", lamenta a companhia.
Por conta de um impasse entre a transportadora e parte de seus colaboradores, o CEO da Air France-KLM, Jean-Marc Janaillac, renunciou ao cargo na última sexta-feira, e o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, chegou a falar na possibilidade do fim da aérea, cujo capital está pouco mais de 14% nas mãos do governo.
As greves já custaram algo em torno de US$ 360 milhões para a Air France, e a renúncia de Janaillac resultou em queda de 13% das ações da aérea na Bolsa de Valores.