Bruno Hazov   |   17/05/2023 18:59
Atualizada em 23/05/2023 16:05

Adit Share debate construção de carreira no setor de multipropriedades

Diretores de redes hoteleiras explicam os desafios de encontrar e qualificar mão de obra para este mercado


Divulgação
Felippe Wildhagen, Head Vacation Ownership da Bourbon Hotéis e Resorts, Lizete Ribeiro, diretora comercal e marketing da Rede Tauá de hotéis, Luiz Fernando Mathia, diretor do Hot Beach Parques e Resorts e Marcos Ravagni, gerente de desenvolvimento de negócios da RCI em debate na Adit Share 23
Felippe Wildhagen, Head Vacation Ownership da Bourbon Hotéis e Resorts, Lizete Ribeiro, diretora comercal e marketing da Rede Tauá de hotéis, Luiz Fernando Mathia, diretor do Hot Beach Parques e Resorts e Marcos Ravagni, gerente de desenvolvimento de negócios da RCI em debate na Adit Share 23
Com mediação de Marcos Ravagni, gerente de desenvolvimento de negócios da RCI, os profissionais Luiz Fernando Mathia, diretor do Hot Beach Parques e Resorts, Lizete Ribeiro, diretora comercial e Marketing da Rede Tauá de hotéis, e Felippe Wildhagen, Head Vacation Ownership da Rede Bourbon Hotéis e Resorts, discutiram sua trajetória no mercado de multipropriedades e timesharing no painel “Construção de carreira na propriedade compartilhada – a visão dos diretores”, no Adit Share 2023.


Lizete iniciou as discussões com uma reflexão acerca do mercado de timesharing no País. “Por ser uma novidade, o setor permite uma boa dose de inovação e criatividade. É uma coisa completamente diferente da hotelaria tradicional, porém, depende diretamente da hotelaria tradicional”, provocou.


Para Wildhagen, da rede Bourbon, o crescimento do setor no País foi ganhando corpo dentro da Aviva e tornou-se um dos pilares da empresa. “Esse mercado não estava no DNA original da empresa, porém seu crescimento apontou uma nova direção e, aquilo que antes era mais um produto de volume passou a ser o grande diferencial na nossa atuação”, comentou.


Os convidados falaram ainda sobre o perfil do comercializador desse tipo de produto, que necessita de criatividade e inovação, além de aprendizagem, dada a precocidade desse mercado em território brasileiro. Apesar da novidade, todos os seminaristas concordaram que sua vivência no mercado hoteleiro tradicional os ajudou a prosperar no setor de multipropriedades, auxiliando na tomada de decisões e no trato com todas as camadas da cadeia produtiva.


Os diretores também falaram que o modelo norte-americano, que envolve comercialização de propriedades multiuso no México e Caribe, pode auxiliar o Brasil, mas não deve ser copiado, uma vez que nosso País possui uma série de particularidades que devem ser levadas em conta. “Temos de ter cuidado para não trazer exemplos que não cabem em nossa realidade”, revelou Mathia.


Quando o assunto principal foi a identificação de talentos, Lizete Ribeiro falou da responsabilidade dos diretores na hora de moldar novos comercializadores, que podem ser mal influenciados por altas comissões. “Não é a comissão que tem de ser alta, e sim o pagamento que deve ser realizado em dia. Não se trata de pagar muito ou pouco, mas pagar o justo”, concluiu.


Por todos esses motivos, a busca por profissionais qualificados voltou os olhos de diversos diretores para o mercado estrangeiro, porém as particularidades do mercado brasileiro revelaram que o caminho não era esse. Chegou-se ao entendimento que o treinamento de novos talentos dentro do mercado brasileiro era o caminho certo e, dada a novidade do setor, fórmulas estrangeiras foram trocadas por aprendizado e dedicação de profissionais consolidados na indústria hoteleira, com vontade de aprender e inovar.

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