Copastur lamenta falta de união do setor e mostra fórmula do seu sucesso
Edmar Mendoza Bull falou com exclusividade ao Portal PANROTAS
A Copastur, dirigida por Edmar Bull e seu filho Edmar Mendoza, manteve-se ativa, agressiva e inquieta durante a crise e agora colhe frutos, com previsão de R$ 1,5 bilhão em vendas este ano, contra R$ 1 bilhão em 2019.
Ousadia ou visão? Ou os dois juntos? Vanguarda ou apenas a contramão do mercado?
O diretor da empresa, Edmar Mendoza Bull, falou com a PANROTAS sobre a estratégia da TMC e o que vem por aí. A entrevista foi publicada na Revista PANROTAS Edição Especial para o Fórum PANROTAS 2022.
PESSOAL
“Temos investido, desde antes da pandemia, em sermos a melhor empresa para trabalhar no Turismo. Entramos no GPTW, reforçamos o quanto humanizada é nossa gestão, não demitimos na pandemia, não usamos o benefício das MPs do governo... Confiamos em nossa gestão, com estrutura financeira própria que suportava essas escolhas. O resultado foi uma equipe unida forte”, explica Edmar Mendoza. Do começo de 2020 até maio de 2022, a Copastur saltou de 320 para 720 colaboradores. A maioria dos novos funcionários, segundo ele, são profissionais que o mercado demitiu durante a pandemia. Ou de casos como a Alatur, que fechou com a crise.“Também temos os programas de estagiários e jovens aprendizes”, conta o diretor. “Investimos no bem-estar e também damos autonomia a nossos colaboradores, garantindo respeito e incentivo à diversidade e inclusão.”
CLIENTES COPASTUR
A Copastur teve uma característica que também ajudou a manter a estrutura: clientes que não pararam na pandemia. Clientes cujos volumes aumentaram na pandemia, casos do varejo, oil & gas e até da Igreja Universal.Segundo Mendoza, a Copastur, na pandemia, expandiu em mercados como o Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e encontrou muitas oportunidades em contas pequenas e médias, retornaram antes, ajudando a manter um bom volume.
NOVAS DEMANDAS PÓS-PANDEMIA
Com a pandemia, as políticas de segurança e saúde estão mais duras nas empresas, com o tracking de passageiros mais forte ainda, e a Copastur, segundo Mendoza, já estava preparada para isso, seja com o On The Go, app do viajante, seja com os processos e políticas de ESG. “Somos ISO 14001, de sustentabilidade, há dez anos”, reforça ele.O QUE MUDOU?
“Nada mudou”, enfatiza o diretor da Copastur. Mas a empresa não está mais agressiva comercialmente no pós-pandemia? “Não”. O que mudou então? “Temos mais clientes”, responde Edmar.GARGALOS EM VIAGENS CORPORATIVAS?
“O setor podia ter voltado mais unido”, lamenta Edmar Mendoza. Para ele, com tudo o que o segmento de Viagens e Turismo passou na pandemia, perdeu-se a oportunidade de desenhar uma indústria mais coesa e unida. “A pandemia provou que o impacto do Turismo é cada vez mais relevante para a sociedade.”Há gargalos também na malha aérea, pois falta avião mundialmente e isso afeta desde a oferta corporativa até os preços, que estão nas alturas.
E, claro, o velho problema da mão de obra, que a Copastur enfrenta com um banco de currículos bastante vivo, formação de nova mão de obra, investimentos para continuar sendo uma das melhores empresas para trabalhar e foco em inovação, para trazer novas soluções e produtos ao mercado, como no Labs, que fica no Rio de Janeiro e gerou mais empregos localmente.
METAS DA COPASTUR
As decisões tomadas logo antes e durante a pandemia têm objetivos claros. Edmar Mendoza sabia e sabe aonde quer chegar:1) ser uma empresa relevante e toda a América Latina e não apenas no Brasil;
2) continuar a gerar impactos positivos no mercado;
3) ser uma empresa inspiradora.
A expansão na América Latina já começou, aliás. A Copastur já está na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.
“Criamos diferenciais e construímos uma organização mais forte, enquanto muitos (concorrentes) se desestabilizaram. Agora é avançar”, finaliza Edmar Mendoza Bull.
Leia a Revista PANROTAS Especial Fórum PANROTAS 2022 abaixo.