Beatrice Teizen   |   19/07/2019 09:00

Gestão de viagens: tecnologia e tato humano andam lado a lado

Com tanta tecnologia disponível, como fica o atendimento humanizado? O contato human to human? Ele ainda é essencial, devido à criatividade e estratégia

A gestão de uma viagem a trabalho e de uma feira, congresso ou reunião possui uma série de particularidades. São muitas etapas, detalhes, documentos e pessoas envolvidas. É por isso que este processo precisa contar com recursos tecnológicos que de fato façam a diferença na jornada do viajante ou participante e do gestor de viagens e ajudem no cumprimento de objetivos de ambas as partes.

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“As empresas já estão habituadas a trabalhar com OBTs e programas de fornecedores preferenciais estruturados, por exemplo. Do outro lado, as TMCs passaram a ter uma indexação de dados mais robusta, utilizam business intelligence para fazer análises e chegaram a um nível sofisticado de big data. Isso tudo já é uma realidade dentro das agências e das companhias”, explica o CEO da Tour House Eventos, Mateus Passos.

Com a correria que o mercado requer, o viajante corporativo de hoje precisa de uma experiência de reserva e viagem com o menor número de barreiras possível, de tranquilidade e facilidade para realizar aquilo que foi designado a fazer em sua viagem a trabalho – seja participar de um evento, uma reunião, fechar um negócio ou realizar um treinamento.

E com a tecnologia avançando, o comportamento do viajante e do participante de evento, de como ele compra a viagem e todo o processo depois disso também vem se transformando. “O e-commerce, por exemplo, já está em um caminho bem avançado. Em um deslocamento, falamos de aéreo, hotel, carros, e quando tudo é colocado dentro de uma plataforma de compra on-line fica mais fácil de gerenciar e de fazer uma reserva conversar com a outra”, diz o coordenador de Facilites da Sony, Jeziel Santos.

No entanto, a situação do e-commerce no âmbito dos eventos ainda é precária. A cadeia de fornecedores envolvidos é imensa, tornando o processo mais difícil. Com uma rede tão extensa – que vai de local, a buffet, a valet de estacionamento, aluguel de equipamento audiovisual, preparação de brindes, entre outros –, o comércio eletrônico é apenas um apoio e não um método 100% aplicável. A execução do processo de contratação ainda é muito manual, sem dados reunidos em um marketplace.

Mas com tanta tecnologia disponível, como fica o atendimento humanizado? O contato human to human? Ele ainda é essencial. “A tecnologia está sofisticada, a barra está cada dia mais alta, então, nós, como provedores de soluções para viagens corporativos, eventos e incentivos, temos de estar sempre plugados e dominando essas soluções. Porém, do outro lado precisamos ter pessoas criativas, estratégicas, raciocinando para que a jornada do viajante ou do convidado seja muito tranquila”, reforça Passos.

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