Brasil é o principal mercado para Sabre na América Latina
Em termos de GDS, o País representa algo como 35%, o que é um bom número para apenas um mercado. O Brasil representa ainda 60% de share do GDS
Com escritórios corporativos em praticamente todos os países da América Latina e presença de todas as unidades de negócio – Airline Solutions, Hospitality Solutions e Travel Network –, o Sabre vem investindo na região há muitos anos. São mais de mil funcionários no mercado latino, o que corresponde a quase 10% do total da empresa.
Confira a entrevista ao Portal PANROTAS realizada durante o Sabre Technology Exchange (STX) 2019, em Las Vegas, com a vice-presidente e gerente de Vendas do Sabre Airline Solutions para América Latina e Caribe, Ana Maria Escobar, e com o vice-presidente do Sabre Travel Network para América Latina e Caribe, Esteban Velasquez, e saiba mais sobre a relação da empresa de tecnologia com seus clientes e a indústria na América Latina.
PANROTAS: A América Latina está atrás dos EUA e Europa em relação à tecnologia de Turismo? Como podemos alcançá-los?
Ana Maria Escobar: Em geral, nossos clientes de companhias aéreas na América Latina estão alcançando todos os outros ao redor do mundo. Um dos maiores clientes no Brasil, a Latam Brasil, no ano passado migrou para o Sabre, por exemplo. Foi uma das maiores migrações que a empresa já fez. Isso foi para colocá-los em uma plataforma moderna. Nossos clientes agora estão focando em tudo que é digital. Estamos atrás, mas estamos em um momento decisivo, indo em busca do alcance.
PANROTAS: Quais são as principais ferramentas e soluções do Sabre para agentes de viagens?
Esteban Velasquez: Temos duas tendências em relação aos agentes de viagens. Alguns clientes querem continuar usando o Sabre Point of Sale (Sabre Red 360). Outros, como uma OTA, por exemplo, precisam criar seus próprios sites, seu próprio point of sale. E, por isso, utilizam os nossos API (Interface de Programação de Aplicativos).
Portanto, basicamente as principais soluções do Sabre para estes profissionais são Sabre Point of Sale (Sabre Red 360) ou API do Sabre para o cliente construir a plataforma que precisa.
PANROTAS: O Sabre amplia seu leque cada vez mais e hoje não é mais visto apenas como GDS. O GDS ainda é a maior fonte de renda da companhia?
Ana Maria: Absolutamente. O GDS é a maior fonte de receita para o Sabre.
Esteban: Falando em GDS, estamos tentando usar um novo modelo técnico e comercial para as low cost, pois elas são diferentes, não precisam da mesma tecnologia de distribuição, às vezes não têm codeshare ou não têm programa de fidelidade e não querem fazer parte das alianças globais... Elas possuem diferentes necessidades pelo lado da tecnologia. Por isso, precisamos entender que elas precisam de modelos diferentes em termos de distribuição e elas começaram a ver que o GDS tem um valor importante para elas.
PANROTAS: Como o mercado latino americano está em relação ao NDC? Está se adaptando? Os acordos com TMCs globais chegou às empresas que atuam no Brasil?
Ana Maria: Na América Latina, as aéreas maiores já estão absolutamente pioneiras com NDC. NDC é uma tecnologia e estamos prontos para tê-la em algumas companhias latinas. Não é só a conexão, a conectividade NDC via XML, é realmente pensar em como ser inteligente. Nós do Sabre estamos trabalhando com vários clientes e estamos desenvolvendo ferramentas na região para começar a trabalhar na frente deste desafio que está vindo. Não é só NDC, mas criar ofertas inteligentes. E isso é algo que estamos fazendo em paralelo, enquanto falamos sobre este novo padrão.
Esteban: Quanto às TMCs, os acordos globais já chegaram, sim, às empresas que atuam no Brasil. Temos alguns clientes regionais, latino-americanos, e temos globais, como American Express, BCD, CWT, Expedia, que atuam na região. Falando de NDC no lado das agências, é muito simples solicitar uma passagem do México para Bogotá, por exemplo. Mas se eu precisar pedir por alguns ancillaries, em adição ao bilhete, como bagagem ou assento, e o itinerário for alterado, é um verdadeiro desafio. No passado, tudo estava relacionado à passagem, ela incluía todos os produtos. Agora, é diferente, temos diferentes produtos de ancillary.
Não é só sobre uma conectividade de API. Nós precisamos entender todo o fluxo, o processo, pós e pré. E por isso as agências estão tentando entender as vantagens do NDC e os desafios enfrentados. Temos de entender que esse será um mundo híbrido. É difícil e complexo e precisamos estar preparados para isso.
PANROTAS: Quais são as principais tendências de tecnologia para Turismo na visão do Sabre?
Esteban: A questão de trazer o modelo de varejo para as viagens está mudando tudo. A customização também está se tornando cada vez mais relevante. Falando de personalização, tecnologia é muito importante, pois o valor da agência é o serviço ao cliente, como dar suporte aos diferentes setores. Atendimento ao cliente sempre fez a diferença na indústria de viagens.
Ana Maria: Em termos de tecnologia, com certeza inteligência artificial e machine learning. E o Sabre está realmente avançando com esses recursos. Nós acreditamos que é daí que está vindo a próxima tendência de tecnologia.
PANROTAS: É possível uma empresa de tecnologia de turismo B2B influenciar positivamente na experiência final do cliente?
Esteban: Com certeza. Isso está na história do Sabre há muitos anos. Somos uma empresa B2B, mas temos uma forte influência na experiência final dos viajantes.
PANROTAS: Qual é o maior mercado latino para o Sabre?
Esteban: É o Brasil. Em termos de GDS, ele representa algo como 35%. Para apenas um mercado, é um bom número. Além disso, o Sabre é o GDS número 1 na América Latina, com um share de 60% no País.
PANROTAS: E as companhias aéreas parceiras no Brasil, estão à altura do nível internacional?
Ana Maria: Com certeza. A Gol, por exemplo, que é um dos nossos clientes, está crescendo, se desenvolvendo, assim como todas as outras aéreas no Brasil. Elas estão investindo dinheiro em digital e sistemas e melhorando a experiência do cliente. O Brasil está em um período de consolidação nos últimos anos em termos de aéreas. Os players maiores estão completamente à altura dos internacionais.
O Portal PANROTAS viajou a convite do Sabre
Confira a entrevista ao Portal PANROTAS realizada durante o Sabre Technology Exchange (STX) 2019, em Las Vegas, com a vice-presidente e gerente de Vendas do Sabre Airline Solutions para América Latina e Caribe, Ana Maria Escobar, e com o vice-presidente do Sabre Travel Network para América Latina e Caribe, Esteban Velasquez, e saiba mais sobre a relação da empresa de tecnologia com seus clientes e a indústria na América Latina.
PANROTAS: A América Latina está atrás dos EUA e Europa em relação à tecnologia de Turismo? Como podemos alcançá-los?
Ana Maria Escobar: Em geral, nossos clientes de companhias aéreas na América Latina estão alcançando todos os outros ao redor do mundo. Um dos maiores clientes no Brasil, a Latam Brasil, no ano passado migrou para o Sabre, por exemplo. Foi uma das maiores migrações que a empresa já fez. Isso foi para colocá-los em uma plataforma moderna. Nossos clientes agora estão focando em tudo que é digital. Estamos atrás, mas estamos em um momento decisivo, indo em busca do alcance.
PANROTAS: Quais são as principais ferramentas e soluções do Sabre para agentes de viagens?
Esteban Velasquez: Temos duas tendências em relação aos agentes de viagens. Alguns clientes querem continuar usando o Sabre Point of Sale (Sabre Red 360). Outros, como uma OTA, por exemplo, precisam criar seus próprios sites, seu próprio point of sale. E, por isso, utilizam os nossos API (Interface de Programação de Aplicativos).
Portanto, basicamente as principais soluções do Sabre para estes profissionais são Sabre Point of Sale (Sabre Red 360) ou API do Sabre para o cliente construir a plataforma que precisa.
PANROTAS: O Sabre amplia seu leque cada vez mais e hoje não é mais visto apenas como GDS. O GDS ainda é a maior fonte de renda da companhia?
Ana Maria: Absolutamente. O GDS é a maior fonte de receita para o Sabre.
Esteban: Falando em GDS, estamos tentando usar um novo modelo técnico e comercial para as low cost, pois elas são diferentes, não precisam da mesma tecnologia de distribuição, às vezes não têm codeshare ou não têm programa de fidelidade e não querem fazer parte das alianças globais... Elas possuem diferentes necessidades pelo lado da tecnologia. Por isso, precisamos entender que elas precisam de modelos diferentes em termos de distribuição e elas começaram a ver que o GDS tem um valor importante para elas.
PANROTAS: Como o mercado latino americano está em relação ao NDC? Está se adaptando? Os acordos com TMCs globais chegou às empresas que atuam no Brasil?
Ana Maria: Na América Latina, as aéreas maiores já estão absolutamente pioneiras com NDC. NDC é uma tecnologia e estamos prontos para tê-la em algumas companhias latinas. Não é só a conexão, a conectividade NDC via XML, é realmente pensar em como ser inteligente. Nós do Sabre estamos trabalhando com vários clientes e estamos desenvolvendo ferramentas na região para começar a trabalhar na frente deste desafio que está vindo. Não é só NDC, mas criar ofertas inteligentes. E isso é algo que estamos fazendo em paralelo, enquanto falamos sobre este novo padrão.
Esteban: Quanto às TMCs, os acordos globais já chegaram, sim, às empresas que atuam no Brasil. Temos alguns clientes regionais, latino-americanos, e temos globais, como American Express, BCD, CWT, Expedia, que atuam na região. Falando de NDC no lado das agências, é muito simples solicitar uma passagem do México para Bogotá, por exemplo. Mas se eu precisar pedir por alguns ancillaries, em adição ao bilhete, como bagagem ou assento, e o itinerário for alterado, é um verdadeiro desafio. No passado, tudo estava relacionado à passagem, ela incluía todos os produtos. Agora, é diferente, temos diferentes produtos de ancillary.
Não é só sobre uma conectividade de API. Nós precisamos entender todo o fluxo, o processo, pós e pré. E por isso as agências estão tentando entender as vantagens do NDC e os desafios enfrentados. Temos de entender que esse será um mundo híbrido. É difícil e complexo e precisamos estar preparados para isso.
PANROTAS: Quais são as principais tendências de tecnologia para Turismo na visão do Sabre?
Esteban: A questão de trazer o modelo de varejo para as viagens está mudando tudo. A customização também está se tornando cada vez mais relevante. Falando de personalização, tecnologia é muito importante, pois o valor da agência é o serviço ao cliente, como dar suporte aos diferentes setores. Atendimento ao cliente sempre fez a diferença na indústria de viagens.
Ana Maria: Em termos de tecnologia, com certeza inteligência artificial e machine learning. E o Sabre está realmente avançando com esses recursos. Nós acreditamos que é daí que está vindo a próxima tendência de tecnologia.
PANROTAS: É possível uma empresa de tecnologia de turismo B2B influenciar positivamente na experiência final do cliente?
Esteban: Com certeza. Isso está na história do Sabre há muitos anos. Somos uma empresa B2B, mas temos uma forte influência na experiência final dos viajantes.
PANROTAS: Qual é o maior mercado latino para o Sabre?
Esteban: É o Brasil. Em termos de GDS, ele representa algo como 35%. Para apenas um mercado, é um bom número. Além disso, o Sabre é o GDS número 1 na América Latina, com um share de 60% no País.
PANROTAS: E as companhias aéreas parceiras no Brasil, estão à altura do nível internacional?
Ana Maria: Com certeza. A Gol, por exemplo, que é um dos nossos clientes, está crescendo, se desenvolvendo, assim como todas as outras aéreas no Brasil. Elas estão investindo dinheiro em digital e sistemas e melhorando a experiência do cliente. O Brasil está em um período de consolidação nos últimos anos em termos de aéreas. Os players maiores estão completamente à altura dos internacionais.
O Portal PANROTAS viajou a convite do Sabre