Felippe Constancio   |   16/08/2016 13:28

Criador do Waze aposta em startup de troca de passagem

No volátil mundo das passagens aéreas, a tecnologia da Fairfly propõe oferecer mais transparência mostrando as mudanças no preço após a compra, dando a possibilidade de se comprar o voo mais parecido possível com potencial de economia mesmo com


Planefinder

Um dos criadores do famoso aplicativo de mapeamento de trânsito Waze agora espera facilitar a busca pela melhor tarifa de voo. Desde o começo de 2015, Uri Levine trabalha no desenvolvimento do novo software da Fairfly, startup que está entrando no mercado de tecnologia de rastreamento de preços para concorrer com a atual líder Yapta, que além de aéreo, busca preços mais baixos para hotéis.

A Fairfly frisa que não se trata apenas de encontrar um preço mais baixo. No volátil mundo das passagens aéreas, a tecnologia propõe oferecer mais transparência mostrando as mudanças no preço mesmo após a compra, dando a possibilidade de se comprar o voo mais parecido possível com potencial de economia mesmo com a cobrança de taxas de cancelamento.

Uma vez que a chance de economia é detectada, o software dá à TMC ou ao travel manager a chance de ajustar o reagendamento automaticamente ou manualmente, a depender das configurações e preferências do usuário. Até então, a tecnologia da Fairfly está integrada apenas ao Sabre, mas poderá ser usado no Amadeus e no Travelport em breve, segundo a startup.

A cobrança pelo serviço de economia se dá por uma taxa mensal e uma individual cobrada apenas quando a passagem mais barata é encontrada e comprada. Mesmo com essa taxa, garante a Fairlfy, o usuário sairá na vantagem.

Os preços para um voo podem mudar em média 90 vezes, flutuando mesmo momentos antes da saída. Para Levine, com as viagens corporativas representando o segundo ou terceiro maior gasto em uma companhia, poucos têm tempo ou capacidade de lidar com tanta volatilidade para maximizar economias, depois de emitir. É aí que entraria a expertise da Fairfly.

"Só nos Estados Unidos, empresas e TMCs estão deixando quase US$ 19 bilhões na mesa ao perder oportunidades de economizar depois que fazem a emissão."

"Procuramos economizar em opções idênticas ou parecidas de voo, além de identificar economias em potencial em uma média de US$ 254 por tíquete, com 26% dos tíquetes processados", analisa o executivo, ressaltando que é totalmente possível economizar mesmo com os fees de cancelamento, tarifas específicas e políticas de viagens corporativas.

"Não é só o preço que faz a tecnologia apontar uma outra oportunidade de voo. Levamos em conta um chance como um todo, incluindo voos mais curtos, horários de partida e chegada mais convenientes, uma linha aérea de mesma qualidade e aeroporto melhor localizado".

A Fairfly diz que não há riscos do passageiro perder a reserva que já tem quando fizer o reagendamento, uma vez que os ajustes de busca são customizados e as preferências podem ser ajustadas para cada marca de TMC, departamento ou viajante.

CONCORRÊNCIA
A tecnologia da Fairfly tem a mesma proposta dos produtos da startup Yapta, que tem patentes para tecnologias de rastreamento de preços em linhas aéreas e de hotéis. A Yapta, por sua vez, recebeu aporte tanto do Amadeus quanto do Concur para a tecnologia que considera as regras de cobrança e restrição em cada tíquete.

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