Victor Fernandes   |   31/01/2023 10:35
Atualizada em 31/01/2023 10:54

Viagens corporativas movimentam R$ 11,2 bilhões em 2022 na Abracorp

Para Abracorp, o pior já ficou para trás; locação de veículos e rodoviário foram o destaque no ano passado

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Para Abracorp, o pior já ficou para trás; locação de veículos e rodoviário foram o destaque no ano passado
Para Abracorp, o pior já ficou para trás; locação de veículos e rodoviário foram o destaque no ano passado
O setor de viagens corporativas fechou o ano de 2022 com um faturamento de R$ 11,204 bilhões, ou seja, com queda de apenas 1,62% quando comparado ao desempenho de 2019, com R$ 11,389 bilhões, antes da pandemia da covid-19. O resultado mostra, conforme estudo realizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), que a crise do segmento, principalmente em 2020 e parte de 2021, auge da pandemia, ficou para trás.

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Em dezembro do ano passado, o setor movimentou R$ 925 milhões, 26% acima do mesmo período de 2019. Dos 11 setores pesquisados no mercado, sete superaram seus desempenhos quando comparados com 2019, enquanto quatro apresentaram queda.

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No consolidado do ano, conforme tendência apresentada no início de 2022, foram dois os maiores destaques em comparação com 2019: Locação de Veículos, que faturou 83% mais, e Rodoviário, receita 117% superior. “A expectativa é que em 2023 possamos repetir o desempenho do ano passado. A certeza é que esses itens manterão sua relevância no painel de viagens corporativas”, avalia Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

No segmento aéreo doméstico, a redução de demanda nas viagens corporativas foi de 34%. Dados da CIRIUM SRS ANALYSER, parceira de dados da Abracorp, indicam que só na ponte aérea Congonhas/Santos Dumont, as aéreas reduziram a oferta em 17%, enquanto que na rota GRU/MIA, a redução de oferta foi de 22%, comparando-se sempre 2022 contra 2019.

Tanabe, lembra que no ano passado ainda houve muita oscilação, fugindo um pouco das tendências históricas de faturamento do setor. ”Acredito que este ano o desempenho de nossa indústria será mais previsível”, diz.

Outro ponto importante é que o faturamento se explica por um tíquete médio mais alto, ou seja, embora haja menos pessoas viajando, houve alta nos preços, principalmente em passagens aéreas. Entretanto, é importante salientar ainda que a gestão de viagens se fez presente fortemente em 2022, na ampliação do ADVP, e houve compra com maior antecedência em relação à data da viagem. Isso atenua o preço das passagens consideravelmente. “Esse movimento cresceu 18% em 2022, contribuindo para que a média tarifária não fosse mais alta ainda”, diz Tanabe.

Superada a crise da pandemia, o ano começa com muitos desafios para a cadeia de viagens corporativas. Prazos de pagamento e contratos de serviços são duas pautas muito importantes para a Abracorp e deverão ser discutidas no âmbito do Client Advisory Board, formado por um grupo de clientes corporativos e com toda a cadeia.

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