Victor Fernandes   |   25/05/2022 09:16

Viajantes corporativos estão priorizando bem-estar, aponta BCD

Apesar da importância, permanecem lacunas entre as políticas de viagens e as necessidades dos viajantes

Shutterstock
Apesar da importância, permanecem lacunas entre as políticas de viagens e as necessidades dos viajantes
Apesar da importância, permanecem lacunas entre as políticas de viagens e as necessidades dos viajantes
Os solicitantes de viagens sentem que a satisfação e o bem-estar dos viajantes corporativos são a segunda prioridade do programa de viagens, depois do duty of care, de acordo com uma recente pesquisa da BCD Travel realizada em março, com 118 solicitantes de viagens em todo o mundo. 92% dos entrevistados listaram o assunto como extremamente ou muito importante.

“Esta pesquisa revela uma lacuna significativa entre a oferta e a demanda de bem-estar, bem como diferentes visões sobre quais medidas mais apoiam o bem-estar do viajante. Os compradores de viagens devem alinhar suas políticas ao que seus viajantes valorizam e precisam. Ao mesmo tempo, eles também podem dedicar mais tempo e esforço para comunicar claramente os benefícios do suporte mental, que atualmente é menos valorizado do que o suporte físico”, disse o CCO da TMC, Mike Janssen.

Apesar dessa ênfase, apenas 62% dos compradores de viagens pesquisados disseram que suas empresas fornecem suporte ao bem-estar do viajante e apenas 14% disseram que suas empresas planejam aumentar o orçamento para o bem-estar do viajante em 2022.

A BCD também realizou anteriormente uma pesquisa de bem-estar com 875 viajantes corporativos em fevereiro. As pesquisas revelam semelhanças e diferenças no sentimento do comprador e do viajante:

  • A conscientização das medidas de bem-estar para apoiar os viajantes corporativos varia. Enquanto 62% dos compradores de viagens estão cientes das ofertas dentro de sua empresa, entre os viajantes esse número é menor (51%);
  • Tanto os compradores de viagens quanto os viajantes classificaram a localização conveniente do hotel (73% e 58%, respectivamente), voos diretos (71% e 70%) e classe executiva para voos de longa distância (57% e 54%) entre as cinco principais opções de política para melhorar o bem-estar do viajante;
  • Os compradores de viagens também classificaram a liberdade de decidir viajar ou não (55%) e um processo simples de aprovação de viagem (55%) como opções na política importantes, que contribuem para o bem-estar do viajante. Nenhum deles ficou entre os cinco primeiros entre os viajantes corporativos, que, em vez disso, apreciaram mais a seleção de assentos no avião (59%) e os programas de segurança e rastreamento (58%);
  • Enquanto 43% dos solicitantes oferecem opções de viagem sustentáveis para uma melhor experiência do viajante, apenas 20% dos viajantes pesquisados acham que isso contribui para o seu bem-estar;
  • O suporte ao bem-estar mostrou a maior discrepância entre o sentimento do comprador e do viajante. Os solicitantes de viagens classificaram as medidas de apoio mental (treinamento em gestão de estresse e apoio à saúde mental) como as mais importantes. Os viajantes se preocupam mais com as medidas de bem-estar físico (recomendações de restaurantes, nutrição, conselhos sobre sono e descanso e academia ao viajar);
  • Em termos de suporte ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal, os compradores de viagens valorizam mais a possibilidade de trabalhar em casa antes ou depois de uma viagem (64%) do que os viajantes (48%), embora essa opção tenha sido altamente classificada por ambos os públicos, juntamente com a permissão para trabalhar de qualquer local e bleisure. Além disso, os viajantes estão mais interessados em folgas extras para compensar viagens corporativas fora do horário de trabalho (53% versus 20% para compradores de viagens), permissão para que um parceiro o acompanhe (50% versus 19% para compradores de viagens) e folga após longos viagens (48% vs 7%).

Os compradores de viagens podem abordar as diferenças acima aumentando a conscientização dos viajantes sobre os programas de bem-estar e alinhando políticas e medidas de bem-estar aos valores e necessidades dos viajantes. Algumas dicas para começar:

  • Faça pesquisas com viajantes para saber o que eles pensam e obter insights para fazer mudanças nas políticas para melhor atender às necessidades dos viajantes;
  • Use o engajamento do viajante para criar conscientização, influenciar o comportamento e aumentar a satisfação;
  • Comunique-se com os viajantes para que eles se sintam confiantes sobre sua saúde, segurança e bem-estar enquanto estiverem viajando.

Os resultados completos do levantamento podem ser conferidos neste link.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados