Cuidado e otimismo aceleram retomada das viagens corporativas
6ª edição do Fórum Abracorp realizado hoje (27) discutiu o retorno imediato dos deslocamentos a negócios
Com o ecossistema do Turismo ameaçado pela pandemia de covid-19, a recuperação do setor vem acontecendo de forma lenta e gradual. No entanto, ela depende muito também da volta das viagens corporativas. A retomada imediata dessa indústria foi o tema principal da 6ª edição do Fórum Abracorp, realizada hoje (27) em formato híbrido, no Hotel Transamerica, em São Paulo, e transmissão no canal do YouTube da entidade.
“A união de esforços de todo o segmento é fundamental para passarmos por essa tempestade. Em setembro, registramos uma queda de 76% nos volumes de produção da Abracorp, em comparação com o ano passado. É um problema muito sério, por isso precisamos do apoio de todo o setor. Agora, o Brasil se encontra em um momento mais adequado para que possamos reviver nossos negócios. Precisamos de uma retomada robusta, mas muito consciente e coerente com a questão da saúde”, explica o presidente executivo da associação, Gervasio Tanabe.
O encontro, que reuniu algumas das maiores lideranças do setor no País – Paulo Kakinoff (Gol), Jerome Cadier (Latam), John Rodgerson (Azul), Chieko Aoki (Blue Tree Hotels), Eduardo Giestas (Atlantica Hotels), Bruno Lasansky (Localiza) e Renato Franklin (Movida) –, debateu a situação da crise e teve como objetivo tentar trazer respostas, passando por hotelaria, eventos, aviação e transporte terrestre, à indústria do Turismo.
“Na Gol, detectamos um teste positivo entre os tripulantes a cada 1.156 decolagens. Não existe outro ambiente fora das nossas casas mais seguro do que o avião e isso não se restringe somente à aeronave. Toda a jornada, desde o transporte até o aeroporto, está pautada nos rígidos protocolos de segurança. Temos a possibilidade de afirmar que voar, que viajar, é totalmente seguro. São esses dados que estão retroalimentando a retomada da demanda que estamos vendo nesse momento”, aponta o presidente da aérea, Paulo Kakinoff.
Dentro da retomada do setor corporativo, a liberação de eventos de até 600 pessoas na cidade de São Paulo também traz um sentimento de otimismo. Foi o mercado que mais sofreu com as restrições impostas, que mais perdeu demanda e que apresenta a recuperação mais devagar.
“Temos uma segurança absoluta no transporte aéreo, no aluguel de veículos, mas, nós, do setor hoteleiro, também estamos muito preparados para hospedar e oferecer eventos com toda a segurança. Esse fórum de hoje, por exemplo, não estaria acontecendo há algumas semanas. Esse é um sinal positivo de retomada”, afirma o CEO da Atlantica Hotels, Eduardo Giestas.
DANDO O EXEMPLO
Seja mostrando que é possível retornar, com cuidados, aos escritórios e ambientes profissionais, fazer pequenos eventos, tanto presenciais quanto híbridos, ou viajar a trabalho, é importante que o setor de viagens e Turismo e seus representantes ajam e sejam o exemplo, mostrando que é possível retomar com segurança.
“Se nós queremos mudar o Brasil, precisamos agir para fazer isso. Temos de dar o exemplo, ser protagonistas, mostrar que a retomada começou. Se queremos fechar negócios e ajudar o País a andar para frente, somos nós que temos de fazer isso. Liguem para seus clientes, digam que é seguro voltar a voar. Precisamos estimular o mercado”, diz o presidente da Azul, John Rodgerson.
VALORIZAÇÃO DO BRASIL
A volta das viagens a lazer já começou e o Turismo doméstico vem sendo a principal motivação dos viajantes brasileiros. E este é um dos principais legados que a crise do novo coronavírus deixará: o fortalecimento do Turismo nacional, a descoberta de destinos pouco ou não muito explorador e uma menor dependência das viagens para o Exterior.
“O Brasil tem um potencial muito grande e estamos valorizando mais. O doméstico veio para ficar no curto prazo, como uma substituição do internacional. Temos uma expectativa muito mais consolidada para o final do ano, com uma movimentação bastante intensa. Crise gera oportunidade e este cenário nos obrigou a nos reinventarmos”, conta o COO da Localiza, Bruno Lasansky.
INFORMAÇÃO É ESSENCIAL
Em um período como este de incertezas e dúvidas, comunicar-se com clareza e transparência, dando informações concretas, seja para os clientes, parceiro, fornecedores ou colaboradores, é essencial para trazer a confiança de volta. É importante divulgar, de forma ostensiva, como é seguro voar e se hospedar.
“O que sabemos hoje sobre a doença e eficiência dos protocolos é muito superior ao que tínhamos no início da pandemia. Nesse momento, o que deveríamos fazer como sociedade é retomar tudo aquilo que comprovadamente pode ser feito com altos patamares de segurança – eventos menores, vida escolar, atividades nas empresas. É a hora da ação com responsabilidade”, diz Kakinoff.
Vender otimismo, mostrar que há um outro caminho, arriscar, abrir vendas e promover oportunidades de viagem são alguns dos caminhos que a indústria como um todo e em conjunto pode seguir e adotar como solução para a retomada.
“Uma das únicas coisas boas da crise é que ela nos forçou a pensar em coisas que estávamos postergando ou, então, nem considerando. Também nos forçou a reconhecer nossa ignorância em algumas questões, pois estamos em um cenário que não conhecíamos. Por isso temos de encontrar a solução entre nós mesmos, e temos feito isso”, finaliza o presidente da Latam, Jerome Cadier.
A transmissão completa da 6ª edição do Fórum Abracorp sobre a retomada imediata das viagens corporativas pode ser conferida logo abaixo.
“A união de esforços de todo o segmento é fundamental para passarmos por essa tempestade. Em setembro, registramos uma queda de 76% nos volumes de produção da Abracorp, em comparação com o ano passado. É um problema muito sério, por isso precisamos do apoio de todo o setor. Agora, o Brasil se encontra em um momento mais adequado para que possamos reviver nossos negócios. Precisamos de uma retomada robusta, mas muito consciente e coerente com a questão da saúde”, explica o presidente executivo da associação, Gervasio Tanabe.
O encontro, que reuniu algumas das maiores lideranças do setor no País – Paulo Kakinoff (Gol), Jerome Cadier (Latam), John Rodgerson (Azul), Chieko Aoki (Blue Tree Hotels), Eduardo Giestas (Atlantica Hotels), Bruno Lasansky (Localiza) e Renato Franklin (Movida) –, debateu a situação da crise e teve como objetivo tentar trazer respostas, passando por hotelaria, eventos, aviação e transporte terrestre, à indústria do Turismo.
“Na Gol, detectamos um teste positivo entre os tripulantes a cada 1.156 decolagens. Não existe outro ambiente fora das nossas casas mais seguro do que o avião e isso não se restringe somente à aeronave. Toda a jornada, desde o transporte até o aeroporto, está pautada nos rígidos protocolos de segurança. Temos a possibilidade de afirmar que voar, que viajar, é totalmente seguro. São esses dados que estão retroalimentando a retomada da demanda que estamos vendo nesse momento”, aponta o presidente da aérea, Paulo Kakinoff.
Dentro da retomada do setor corporativo, a liberação de eventos de até 600 pessoas na cidade de São Paulo também traz um sentimento de otimismo. Foi o mercado que mais sofreu com as restrições impostas, que mais perdeu demanda e que apresenta a recuperação mais devagar.
“Temos uma segurança absoluta no transporte aéreo, no aluguel de veículos, mas, nós, do setor hoteleiro, também estamos muito preparados para hospedar e oferecer eventos com toda a segurança. Esse fórum de hoje, por exemplo, não estaria acontecendo há algumas semanas. Esse é um sinal positivo de retomada”, afirma o CEO da Atlantica Hotels, Eduardo Giestas.
DANDO O EXEMPLO
Seja mostrando que é possível retornar, com cuidados, aos escritórios e ambientes profissionais, fazer pequenos eventos, tanto presenciais quanto híbridos, ou viajar a trabalho, é importante que o setor de viagens e Turismo e seus representantes ajam e sejam o exemplo, mostrando que é possível retomar com segurança.
“Se nós queremos mudar o Brasil, precisamos agir para fazer isso. Temos de dar o exemplo, ser protagonistas, mostrar que a retomada começou. Se queremos fechar negócios e ajudar o País a andar para frente, somos nós que temos de fazer isso. Liguem para seus clientes, digam que é seguro voltar a voar. Precisamos estimular o mercado”, diz o presidente da Azul, John Rodgerson.
VALORIZAÇÃO DO BRASIL
A volta das viagens a lazer já começou e o Turismo doméstico vem sendo a principal motivação dos viajantes brasileiros. E este é um dos principais legados que a crise do novo coronavírus deixará: o fortalecimento do Turismo nacional, a descoberta de destinos pouco ou não muito explorador e uma menor dependência das viagens para o Exterior.
“O Brasil tem um potencial muito grande e estamos valorizando mais. O doméstico veio para ficar no curto prazo, como uma substituição do internacional. Temos uma expectativa muito mais consolidada para o final do ano, com uma movimentação bastante intensa. Crise gera oportunidade e este cenário nos obrigou a nos reinventarmos”, conta o COO da Localiza, Bruno Lasansky.
INFORMAÇÃO É ESSENCIAL
Em um período como este de incertezas e dúvidas, comunicar-se com clareza e transparência, dando informações concretas, seja para os clientes, parceiro, fornecedores ou colaboradores, é essencial para trazer a confiança de volta. É importante divulgar, de forma ostensiva, como é seguro voar e se hospedar.
“O que sabemos hoje sobre a doença e eficiência dos protocolos é muito superior ao que tínhamos no início da pandemia. Nesse momento, o que deveríamos fazer como sociedade é retomar tudo aquilo que comprovadamente pode ser feito com altos patamares de segurança – eventos menores, vida escolar, atividades nas empresas. É a hora da ação com responsabilidade”, diz Kakinoff.
Vender otimismo, mostrar que há um outro caminho, arriscar, abrir vendas e promover oportunidades de viagem são alguns dos caminhos que a indústria como um todo e em conjunto pode seguir e adotar como solução para a retomada.
“Uma das únicas coisas boas da crise é que ela nos forçou a pensar em coisas que estávamos postergando ou, então, nem considerando. Também nos forçou a reconhecer nossa ignorância em algumas questões, pois estamos em um cenário que não conhecíamos. Por isso temos de encontrar a solução entre nós mesmos, e temos feito isso”, finaliza o presidente da Latam, Jerome Cadier.
A transmissão completa da 6ª edição do Fórum Abracorp sobre a retomada imediata das viagens corporativas pode ser conferida logo abaixo.