Beatrice Teizen   |   08/11/2017 18:51

Entraves do corporativo na indústria hoteleira

Uma pesquisa realizada recentemente mostrou que os gestores de viagens esperam estabilidade nos gastos das viagens corporativas para o ano que vem.

Uma pesquisa realizada recentemente pelo Travel Managers Group (TMG) mostrou que os gestores de viagens esperam estabilidade nos gastos das viagens corporativas para o ano que vem. Este tema foi discutido em um painel formado pelo gestor de Viagens da Philips, Fernão Loureiro, pelo diretor executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, diretor comercial para a América Latina da HRS, Eduardo Murad, e presidente da B2B Reservas, Marcos Fernando, durante a 4ª HSMai Strategy Conference.

Para Tanabe, as empresas estão se descolando. Isso significa que, diante de todos os problemas na política que o Brasil vem enfrentando, o ambiente econômico está se desprendendo do político. “Achamos que 2018 será mais otimista. Haverá um consumo maior”, comenta.

Emerson Souza
Gervásio Tanabe (Abracorp), Fernão Loureiro (Philips), Marcos Fernando (B2B Reservas) e Eduardo Murad (HRS)
Gervásio Tanabe (Abracorp), Fernão Loureiro (Philips), Marcos Fernando (B2B Reservas) e Eduardo Murad (HRS)
Murad acredita que as empresas viajarão mais, mas isso não necessariamente refletirá em gastos maiores. “É por isso que o papel do gestor é essencial, para fazer com que o funcionário viaje mais, mas com menos recursos. A HRS está apostando nesse crescimento”. Não só o preço importa, mas também ajustar a política de viagens, fazer com que o colaborador viaje melhor.

“Os empresários estão olhando muito mais para os negócios, independentemente da questão política. É possível viajar mais, sim, economizando por meio de formas mais inteligentes, talvez utilizando economias compartilhadas. É um desafio não só para o travel manager, mas também para o mercado de hospedagem em termos de novas tecnologias”, opina Fernando.

Outra questão levantada foi que muitos gestores consideram a relação com as TMCs a parte mais difícil do processo. O diretor executivo da Abracorp é da opinião que a gestão de viagem não deve existir, que quem tem de fazer é a agência de viagens corporativas e não o travel manager. “Um dos problemas mais crônicos é a confusão entro o papel de ambas as partes. O gestor tem outras tarefas e a agência precisa estar ali para fazer o trabalho da gestão. Não conseguimos entregar esses procedimentos de forma transparente, é um grande desafio da Abracorp hoje em dia. “

“Nós como empresa de soluções hoteleiras temos essa proposta de trazer os preços. Daí vai do cliente da TMC escolher quem oferece para ela a melhor proposta de valor”. Murad apontou que, em média, 14% dos carregamentos das tarifas estão erradas e isso tem um impacto de 8% na tarifa média diária do cliente.

Já a nova tecnologia de pagamentos por meio de cartões virtuais (VCN) chegou para ficar, como acreditam todos os participantes do painel. No entanto, um problema identificado é na hora do pagamento no hotel. “É necessário orientar a recepção para utilizar o cartão no mesmo dia do check out. Às vezes o hotel leva até sete dias para fazer a transação e o cartão fica inválido, é necessário emitir um novo”, explica Fernando.

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