Beatrice Teizen   |   17/02/2017 11:12

Viagens corporativas: os problemas que o comportamento de Trump pode causar

A ordem que proíbe cidadãos de alguns países muçulmanos a entrarem nos Estados Unidos afeta o globo de diversas maneiras. Mesmo suspensa, é preciso ficar atento nas mudanças em relação ao decreto.

A ordem executiva de proibir viajantes de sete países muçulmanos imposta por Donald Trump ainda causa medo e incertezas. Durante o período vigente, que durou uma semana, cidadãos dessas nações foram detidos em aeroportos e impossibilitados a viajar aos Estados Unidos. As restrições causaram greves de táxi, protestos e confusões em massa nas cidades.

Wikocommons/Michael Vadon

Mesmo sendo suspensa por um juiz federal, os viajantes continuam receosos. Assim como ocorreu em 27 de janeiro, as regras podem mudar novamente de uma hora para a outra sem aviso prévio.

Em resposta, a comunidade global passou a ver os EUA como inóspito para os viajantes estrangeiros. Os executivos agora se preocupam em enviar seus funcionários para o exterior e em como ela pode impactar em seus acordos ao redor do mundo. Não apenas a indústria de viagens poderá ser prejudicada, mas também qualquer empresa que faz negócios internacionais ou emprega pessoas de fora dos EUA.

De acordo com o site Entrepreneur, em uma pesquisa conduzida pela GBTA, 30% dos profissionais de viagens americanos acreditam que suas companhias reduzirão suas viagens a negócio nos próximos três meses, como consequência da proibição de Trump. Uma porcentagem similar acredita que os acordos comerciais serão negativamente impactados durante o restante de 2017.

“Se for uma viagem curta, o momento para fazer é agora”, afirma uma das sócias da Aboushi Law Firm, Tahanie Aboushi. Tahanie passou dias no aeroporto JFK ajudando viajantes quando a restrição foi implementada. Enquanto estiver temporariamente suspensa, os cidadãos das sete nações estão fora de perigo, mas eles devem ficar atentos, pois ela pode ser reinstaurada a qualquer momento.

O levantamento da GBTA mostrou também que, dos 58 membros americanos que participaram, metade deles se opõem contra a ordem executiva. Por outro lado, 38% do total de participantes apoia. Isso mostra uma visão política polarizada dos EUA como um todo e indica que muitos líderes executivos não estão preocupados que as questões discutidas afetem seus viajantes a negócios.

Tahanie aconselha também que as pessoas elegíveis a solicitar naturalização façam isso o quanto antes. Há uma declaração no site de cidadania e imigração americana afirmando que as aplicações para as pessoas dos sete países ainda estão sendo processadas.

Apesar de suspensa, o presidente dos EUA planeja criar uma nova na próxima semana. Até lá, como muita coisa ainda pode acontecer, é aconselhável que os viajantes estejam com seus documentos em dia e preparados para resolver eventuais problemas em suas viagens.


*Fonte: Entrepreneur

conteúdo original: http://bit.ly/2lmNb2P

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