Marriott e suas apostas na China e no mercado de aluguel de casas
Marriott e outras gigantes hotelerias competem por mercado de aluguel de casas e residências compartilhadas, e ainda pelo crescente mercado chinês
Estar disponível com produtos para todos os públicos: este é o plano da Marriott para este ano, ao menos se depender dos novos negócios em que escolheu investir - tanto a joint venture com a Alibaba, maior base de procura na internet da China, quanto a abertura oficial de sua plataforma de aluguel de casas, o Tribute Portfolio Homes, marcando sua entrada no mercado da Airbnb.
Os investimentos visam impulsionar o crescimento do Marriott e os resultados já foram atingidos parcialmente no primeiro trimestre deste ano - lucro líquido de US$ 398 milhões, alta de 7% contra o mesmo período de 2017. Só o lucro líquido ajustado, porém, aumentou 30% na mesma comparação, para US$ 487 milhões.
Em comunicado enviado ao Travel Daily Media, a rede deixou clara sua intenção de entrar com força nos dois mercados. No chinês, além de esperar atingir os mais de 500 milhões de usuários ativos mensais da plataforma Alibaba, lançou um portal de reservas exclusivo para permitir que turistas chineses reservem qualquer uma das 600 propriedades da Marriott na Ásia e no Pacífico - a intenção futura é que as 6,5 mil propriedades do grupo em 127 países sejam acessíveis no site.
Já no mercado de locação de casas, a Marriott aposta no sucesso em um mercado dominado pela Airbnb e pela Homeaway principalmente pela aposta onde os concorrentes levam mais críticas - entre elas o fato das fotos divulgadas das propriedades para aluguel não coincidirem com a aparência real do imóvel, e ainda a falta de segurança.
CONCONRRÊNCIA
A Marriott, porém, não é a única gigante da hotelaria investindo nas duas bolas da vez. Rivais como Accor Hotels, Hyatt e Wyndham, estão entre as grandes cadeias hoteleiras que estão entrando no mercado de startups.
A Accor Hotels adquiriu a plataforma de aluguel de imóveis de luxo Onefinestay, enquanto a Hyatt comprou o Oasis, voltada para hospedagem alternativa. A Wyndham, por fim, investiu 40 milhões de libras na compra da Love Home Swap, uma plataforma que permite que as pessoas troquem casas com outros membros em troca de uma taxa anual. A entrada da Airbnb no mercado de alto padrão com o lançamento do Airbnb Plus, porém, mostra que a empresa não quer ficar para trás, e também busca atingir o público-alvo das grandes redes em suas casas de aluguel.
Já no mercado chinês, tanto a Accor quanto a Hyatt firmaram parcerias com a empresa de viagens on-line chinesa Ctrip, que permitirá que mais de 300 milhões de usuários chineses registrados tenham acesso às experiências personalizadas do portfólio de ambas as redes hoteleiras. No final de 2017, o Wyndham Hotel Group operava 1,4 mil hotéis na China, com o número de quartos chegando a 138,7 mil.
*Fonte: Travel Daily Media