Rafael Faustino   |   26/09/2017 22:50

À espera de melhora, IHG busca reaproximar do mercado

No Commercial Exchange, viajantes corporativos, meeting planners e representantes de operadoras de viagens puderam conferir, com executivos, gerentes e diretores de diversas unidades do IHG no Brasil e no Exterior, o portfólio da rede

Emerson Souza
David Pressler, do IHG
David Pressler, do IHG

Há dois anos praticamente sem ações junto ao mercado de viagens e turismo brasileiro, o Intercontinental Hotels Group (IHG) enxerga, na tímida melhora da economia brasileira, uma oportunidade de reaquecer os próprios negócios. Foi com esse intuito que o grupo, com 13 hotéis no País, reuniu na noite de hoje compradores de diversos segmentos e seus próprios hoteleiros no Intercontinental São Paulo. O Commercial Exchange foi o primeiro evento do tipo promovido pela companhia por aqui.

Passado o pior da crise, é hora de voltar a arriscar, segundo o diretor de Vendas para a América do Sul, David Pressler, um dos anfitriões da noite. "Voltamos por uma necessidade, já que o Brasil continua sendo um dos principais mercados de emissão para nossos hotéis na América Latina. Estamos buscando reaproximação, tentando sair da caixa e investindo no B2B", aponta.

No evento, cerca de uma 150 de viajantes corporativos, meeting planners e representantes de operadoras de viagens puderam conferir, com os próprios executivos, gerentes e diretores de diversas unidades do IHG no Brasil e no Exterior, o portfólio da rede. Parceiros e fornecedores como R1 Audiovisual, Gol Linhas Aéreas também marcaram presença.

Para Pressler, embora o momento ainda seja delicado, já pode ser observada uma melhora no clima do mercado. "Estamos em um momento de superação de crise, ainda delicado para o mercado brasileiro. Mas olhamos para o futuro com boas perspectivas. Já vemos que no segundo semestre temos uma melhora em mercados que são chave para nós", comenta o diretor.

CAUTELA
Se o discurso do IHG é otimista quanto à procura por reservas em seus hotéis, expandir as operações no Brasil ainda parece longe de ser um passo realista por aqui. Segundo o diretor de Vendas, embora "haja conversas com a equipe de desenvolvimento", não há novidades programadas para aumentar a tímida presença que a rede tem com empreendimentos no País - apenas 13 hotéis em um universo de mais de cinco mil em todo o grupo.

Emerson Souza
Foram cerca de 150 possíveis compradores presentes no evento do IHG
Foram cerca de 150 possíveis compradores presentes no evento do IHG

As novidades, assim, ficam só no Exterior. A principal delas é a marca supereconômica Avid, recém-anunciada pelo IHG, que deve ter a primeira unidade aberta em 2019 nos Estados Unidos. A ideia é competir com os serviços de aluguel de residência oferecendo hotéis que, apesar de compactos e simples, têm o conforto e serviço que essas hospedagens muitas vezes não possuem. Além da tecnologia, já que a rede promete ter smart TVs que permitam interação por smartphones e conexão wi-fi de ultrarrápida.

Já a marca Crowne Plaza, tida até então como "luxo clássico", passará por um programa de modernização chamado Accelerate, em que o IHG investirá US$ 100 milhões, tanto em retrofit de unidades atuais quanto procurando até 85 novos hotéis (hoje a rede possui 410 em todo o mundo). A intenção é se aproximar das gerações mais novas e levar o conceito cinco estrelas a um clima mais "moderno".

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