À espera de melhora, IHG busca reaproximar do mercado
No Commercial Exchange, viajantes corporativos, meeting planners e representantes de operadoras de viagens puderam conferir, com executivos, gerentes e diretores de diversas unidades do IHG no Brasil e no Exterior, o portfólio da rede
Há dois anos praticamente sem ações junto ao mercado de viagens e turismo brasileiro, o Intercontinental Hotels Group (IHG) enxerga, na tímida melhora da economia brasileira, uma oportunidade de reaquecer os próprios negócios. Foi com esse intuito que o grupo, com 13 hotéis no País, reuniu na noite de hoje compradores de diversos segmentos e seus próprios hoteleiros no Intercontinental São Paulo. O Commercial Exchange foi o primeiro evento do tipo promovido pela companhia por aqui.
Passado o pior da crise, é hora de voltar a arriscar, segundo o diretor de Vendas para a América do Sul, David Pressler, um dos anfitriões da noite. "Voltamos por uma necessidade, já que o Brasil continua sendo um dos principais mercados de emissão para nossos hotéis na América Latina. Estamos buscando reaproximação, tentando sair da caixa e investindo no B2B", aponta.
No evento, cerca de uma 150 de viajantes corporativos, meeting planners e representantes de operadoras de viagens puderam conferir, com os próprios executivos, gerentes e diretores de diversas unidades do IHG no Brasil e no Exterior, o portfólio da rede. Parceiros e fornecedores como R1 Audiovisual, Gol Linhas Aéreas também marcaram presença.
Para Pressler, embora o momento ainda seja delicado, já pode ser observada uma melhora no clima do mercado. "Estamos em um momento de superação de crise, ainda delicado para o mercado brasileiro. Mas olhamos para o futuro com boas perspectivas. Já vemos que no segundo semestre temos uma melhora em mercados que são chave para nós", comenta o diretor.
CAUTELA
Se o discurso do IHG é otimista quanto à procura por reservas em seus hotéis, expandir as operações no Brasil ainda parece longe de ser um passo realista por aqui. Segundo o diretor de Vendas, embora "haja conversas com a equipe de desenvolvimento", não há novidades programadas para aumentar a tímida presença que a rede tem com empreendimentos no País - apenas 13 hotéis em um universo de mais de cinco mil em todo o grupo.
As novidades, assim, ficam só no Exterior. A principal delas é a marca supereconômica Avid, recém-anunciada pelo IHG, que deve ter a primeira unidade aberta em 2019 nos Estados Unidos. A ideia é competir com os serviços de aluguel de residência oferecendo hotéis que, apesar de compactos e simples, têm o conforto e serviço que essas hospedagens muitas vezes não possuem. Além da tecnologia, já que a rede promete ter smart TVs que permitam interação por smartphones e conexão wi-fi de ultrarrápida.
Já a marca Crowne Plaza, tida até então como "luxo clássico", passará por um programa de modernização chamado Accelerate, em que o IHG investirá US$ 100 milhões, tanto em retrofit de unidades atuais quanto procurando até 85 novos hotéis (hoje a rede possui 410 em todo o mundo). A intenção é se aproximar das gerações mais novas e levar o conceito cinco estrelas a um clima mais "moderno".