Rodrigo Vieira   |   30/08/2017 15:47

Windsor Hotéis explica queda nas vendas Abracorp

Venda do Windsor Atlantica foi um dos principais fatores pela queda, segundo a empresa

Jhonatan Soares
Ivan Bonfim, gerente corporativo de Vendas da Windsor Hoteis, e Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp
Ivan Bonfim, gerente corporativo de Vendas da Windsor Hoteis, e Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp
A rede Windsor está entre os maiores contrastes no cenário corporativo no Brasil em 2017. No primeiro semestre do ano passado, ainda sob a gestão da diretora Rosângela Gonçalves, apresentou 80% de crescimento em diárias (142 mil) e 61,2% em faturamento (R$ 51,3 milhões) para as agências associadas à Abracorp. Contudo, este ano a situação é diferente. Os dados da mesma entidade apontam a Windsor Hotéis com queda de 62,1% em diárias (53 mil) e 54,4% em receita (R$ 23,4 milhões) de janeiro a junho (confira na tabela abaixo).

O que muitos talvez não saibam, porém, é que por trás desses números há toda uma reestruturação pela qual a rede hoteleira vem passando desde o começo do ano. O mercado se surpreendeu com a venda da “joia da coroa”, o Windsor Atlantica, em março, para o fundo Blackstone, da norte-americana Hilton. O hotel era um dos carros-chefes do grupo, com uma das melhores localizações do Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana.

Cerca de um mês depois, Rosângela deixou a diretoria comercial da rede com a qual tinha mais de 20 anos de relacionamento profissional, e foi contratada pelo Transamerica Hospitality Group. Por esses e outros motivos, a Windsor pediu espaço ao Portal PANROTAS para avaliar sua queda nos dados consolidados da Abracorp.

“Desde o dia 1º de maio de 2017, visando à melhor adequação do portfólio, deixamos de administrar o Windsor Atlantica Hotel, que possuía 545 unidades habitacionais, impactando assim a comparação percentual do número de diárias e receitas entre o primeiro semestre de 2016 e de 2017”, aponta, em comunicado oficial.

Marluce Balbino
O antigo Windsor Atlantica, hoje Hilton
O antigo Windsor Atlantica, hoje Hilton

O bom momento do setor de viagens corporativas e eventos na região da Barra da Tijuca, segundo a rede hoteleira, serve de contrabalanço para a venda de seu principal hotel. “Nesta área temos três grandes hotéis e o maior centro de convenções privado da América Latina. Nela apresentamos um expressivo aumento na realização de eventos e hospedagens este ano, com o crescimento de cerca de 30% em receita quando comparado com o mesmo período do ano passado.”

Hoje a Windsor Hotéis possui 15 unidades em seu portfólio, sendo 13 no Rio de Janeiro e, para explorar as possibilidades do mercado carioca, a rede garante estar investindo no hóspede latino, “com o qual cresceu 30% em diárias e 11% em receita”.

Outra novidade é a inauguração do Windsor California, previsto para o verão de 2018 em Copacabana. “Além disso, estamos inovando em nossa estratégia de distribuição e venda on-line, com melhorias constantes nos canais diretos e tecnologias de marketing digital”, conclui o comunicado da empresa.

Apesar da baixa no somatório da Abracorp, o gerente corporativo de Vendas da Windsor Hoteis, Ivan Bonfim, está otimista. ““Acreditamos na recuperação econômica do Brasil, estamos trabalhando com o objetivo de alavancar ainda mais a cidade do Rio de Janeiro, contribuindo assim para a recuperação dos negócios e captação de novos mercados.”

É importante ressaltar que os dados da associação de agências de viagens corporativas é semestral, e isso significa que pegou quatro meses de portfólio completo da Windsor, isto é, ainda com o Atlantica.


Abracorp


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