Beatrice Teizen   |   17/08/2017 16:22

Redução de custos hoteleiros: é possível?

A busca por savings é sempre primordial no processo de compra e gestão de viagens a negócios.

A busca por savings é sempre primordial no processo de compra e gestão de viagens a negócios. Assim como focar na experiência e satisfação do viajante, a redução de custos e controle de gastos são questões essenciais para o travel manager dentro da empresa.

Em um dos painéis do segundo Corporate Travel Forum, da HRS, o comprador de Viagens Globais da BRF, Daniel Iacomini, falou sobre a importância do planejamento para se economizar com hotéis. “Além de planejar, é preciso saber o objetivo da empresa e o que ela deseja. Dentro de um processo de hotel, sempre procuro trabalhar com o pré, durante e pós. Pensar em algo alternativo, como diárias fracionadas, para diversificar o processo de sourcing de hotel também ajuda na redução de custos”, explica.

Emerson Souza
Ricardo Souza (Tangará), Daniel Iacomini (BRF), Vinicius Luz (Unilever), Rodrigo Cezar (Roche e Alagev) e Phelipe Farah (HRS) em painel no evento da HRS
Ricardo Souza (Tangará), Daniel Iacomini (BRF), Vinicius Luz (Unilever), Rodrigo Cezar (Roche e Alagev) e Phelipe Farah (HRS) em painel no evento da HRS
Em termos de oportunidade de se economizar nos custos hoteleiros, a tecnologia traz muitas possibilidades nas relações entre empresas e hotéis, segundo o gerente de Reservas e Revenue do Palácio Tangará, Ricardo Souza. “No País, os recursos tecnológicos ainda estão nas mãos das grandes cadeias, mas cada vez mais as médias e nacionais estão investindo. Vejo como tendência o dinamismo das tarifas de acordo com a necessidade do viajante. “

“Outra questão para obter savings é não perder tempo com o que não agregará nada para a companhia. É preciso colocar energia e inteligência onde tem necessidade. Com o que não gerar valor, tem que ser mais simplista”, explica o gerente de Eventos e Viagens da Roche e novo presidente da Alagev, Rodrigo Cezar.

Também é muito importante ter um acompanhamento após a experiência no hotel. “Temos o costume trimestral de fazer feedback com as maiores redes hoteleiras. É fundamental ter uma boa comunicação para entender a situação do hotel, como está a ocupação, porque ele não está entregando os quartos programados para entregar, entre outros fatores. Isso tudo facilita para o processo do ano seguinte”, explica Iacomini.

O custo de distribuição para hotelaria é hoje um grande desafio estratégico do setor – a rentabilidade tem diminuído muito por causa disso. “No corporativo, o valor sobe, pois tem o custo do cartão de crédito, do GDS, da comissão. É uma discussão um pouco distante dos gestores de viagens, mas tem que ser cada vez mais colocada em pauta”, comenta Souza.

Para ele, inclusive, a indústria corporativa tem de abordar acordos com hotelaria assim como a de lazer já faz: com savings em todos os pontos de consumo do viajante no hotel. “São raras as negociações de empresas com hotel nas quais haja conversão em crédito para alimentos e bebidas, um spa e em coisas que pode agregar. Se tiver benefícios dentro do próprio local, o grau de satisfação pode aumentar”, conta. Conduzir acordos com áreas consumíveis ou que tragam vantagens é uma tendência para qual o mercado poderia caminhar.

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