Médico da Fiocruz aponta para cenário otimista no segundo semestre
Último painel do Lacte 16 de hoje trouxe especialista para falar sobre medidas e perspectivas da covid-19
Para finalizar o primeiro dia de Lacte 16, a Alagev trouxe o médico infectologista da Fiocruz, dr. José Cerbino Neto, que apresentou, sob a ótica médica, as medidas de controle – quais as melhores práticas –, quando retomar viagens e eventos e as perspectivas para a pandemia do novo coronavírus daqui para frente.
Por ser uma doença altamente transmissível, com alta letalidade em determinados grupos, imprevisibilidade e ausência de tratamento eficaz, mesmo um ano depois ainda é difícil falar com certeza sobre as previsões do retorno às atividades normais. No entanto, alguns protocolos vêm se mostrando bastante eficientes e uma alternativa enquanto a vacinação em massa não acontece.
“Na programação de qualquer tipo de atividade com concentração de pessoas, como eventos, o mais importante para reduzir o nível de infecção é observar o distanciamento entre os participantes e ter atenção especial à ventilação. Quanto maior o número de trocas de ar do ambiente, maior a segurança e menor o risco de contaminação. O uso de EPIs, como máscaras, e a lavagem das mãos também são altamente necessários”, recomenda.
Com algumas raras exceções, como Austrália, China e Sudeste asiático, a maioria dos destinos está como alto risco para viagens. Portanto, ainda há fronteiras fechadas e diversas restrições em andamento. O que está sendo visto e deve continuar pelos próximos meses é a exigência de testagem para vários locais antes da viagem e o que em breve deve começar a ser exigido é a vacina.
“Como a vacinação tem avançado de forma muito irregular pelo mundo, com alguns países indo mais rápido que outros, em breve teremos destinos com uma cobertura mais ágil que, portanto, exigirão que os visitantes demonstrem a comprovação da vacina para entrar, como acontece com a febre amarela, por exemplo”, explica dr. Cerbino.
GAME CHANGERS
Apesar de o Brasil viver um momento de aumento expressivo no número de casos de covid-19, com taxas de ocupação hospitalar altas e no limite, o médico reforçou dois pontos que serão fundamentais para a virada de jogo e que trazem um cenário mais otimista da situação no País.
O primeiro são as vacinas, que vêm surgindo em velocidade recorde, e que são seguras e eficazes. Mesmo com as novas variantes, os imunizantes possuem proteção altíssima – de 95% – para formas graves da doença e óbitos. Seguindo o cronograma do Ministério da Saúde, é possível estimar que, no segundo semestre, toda a população prioritária já estaria vacinada, o que trará uma grande redução no ritmo de mortes e contaminações.
“Não precisamos chegar à erradicação total da doença, para várias não alcançamos, como Influenza, meningite e febre amarela, porque agora temos mecanismos para proteger as pessoas mais vulneráveis. Se reduzirmos o número de desfechos ruins, já teremos uma outra situação, outro nível de segurança para circular e redução de pressão sobre o sistema de saúde. Eu acredito que mantendo-se essa previsão de disponibilidade de vacina, temos um segundo semestre bem diferente do que vivemos no último ano em relação à circulação e consequências da doença”, pontua.
Outra coisa que fará a diferença na pandemia é o surgimento de terapias eficazes. Drogas desenvolvidas especificamente para o tratamento da covid-19 já estão entrando em fase final de testes. Com isso, pessoas que não conseguiram se vacinar ou tiveram falhas vacinais poderão ter tratamentos corretos e o perigo da infecção reduzido.
“Ainda vivemos momento de grande restrição de movimentação, de aumento de casos no Brasil, mas temos uma perspectiva de ter em um curto prazo uma situação bem melhor do ponto de vista de prevenção e tratamento da doença. Podemos ter um tom otimista para daqui alguns meses”, finaliza o especialista.
Por ser uma doença altamente transmissível, com alta letalidade em determinados grupos, imprevisibilidade e ausência de tratamento eficaz, mesmo um ano depois ainda é difícil falar com certeza sobre as previsões do retorno às atividades normais. No entanto, alguns protocolos vêm se mostrando bastante eficientes e uma alternativa enquanto a vacinação em massa não acontece.
“Na programação de qualquer tipo de atividade com concentração de pessoas, como eventos, o mais importante para reduzir o nível de infecção é observar o distanciamento entre os participantes e ter atenção especial à ventilação. Quanto maior o número de trocas de ar do ambiente, maior a segurança e menor o risco de contaminação. O uso de EPIs, como máscaras, e a lavagem das mãos também são altamente necessários”, recomenda.
Com algumas raras exceções, como Austrália, China e Sudeste asiático, a maioria dos destinos está como alto risco para viagens. Portanto, ainda há fronteiras fechadas e diversas restrições em andamento. O que está sendo visto e deve continuar pelos próximos meses é a exigência de testagem para vários locais antes da viagem e o que em breve deve começar a ser exigido é a vacina.
“Como a vacinação tem avançado de forma muito irregular pelo mundo, com alguns países indo mais rápido que outros, em breve teremos destinos com uma cobertura mais ágil que, portanto, exigirão que os visitantes demonstrem a comprovação da vacina para entrar, como acontece com a febre amarela, por exemplo”, explica dr. Cerbino.
GAME CHANGERS
Apesar de o Brasil viver um momento de aumento expressivo no número de casos de covid-19, com taxas de ocupação hospitalar altas e no limite, o médico reforçou dois pontos que serão fundamentais para a virada de jogo e que trazem um cenário mais otimista da situação no País.
O primeiro são as vacinas, que vêm surgindo em velocidade recorde, e que são seguras e eficazes. Mesmo com as novas variantes, os imunizantes possuem proteção altíssima – de 95% – para formas graves da doença e óbitos. Seguindo o cronograma do Ministério da Saúde, é possível estimar que, no segundo semestre, toda a população prioritária já estaria vacinada, o que trará uma grande redução no ritmo de mortes e contaminações.
“Não precisamos chegar à erradicação total da doença, para várias não alcançamos, como Influenza, meningite e febre amarela, porque agora temos mecanismos para proteger as pessoas mais vulneráveis. Se reduzirmos o número de desfechos ruins, já teremos uma outra situação, outro nível de segurança para circular e redução de pressão sobre o sistema de saúde. Eu acredito que mantendo-se essa previsão de disponibilidade de vacina, temos um segundo semestre bem diferente do que vivemos no último ano em relação à circulação e consequências da doença”, pontua.
Outra coisa que fará a diferença na pandemia é o surgimento de terapias eficazes. Drogas desenvolvidas especificamente para o tratamento da covid-19 já estão entrando em fase final de testes. Com isso, pessoas que não conseguiram se vacinar ou tiveram falhas vacinais poderão ter tratamentos corretos e o perigo da infecção reduzido.
“Ainda vivemos momento de grande restrição de movimentação, de aumento de casos no Brasil, mas temos uma perspectiva de ter em um curto prazo uma situação bem melhor do ponto de vista de prevenção e tratamento da doença. Podemos ter um tom otimista para daqui alguns meses”, finaliza o especialista.