Por que o Brasil atrai menos eventos do que a Argentina?
Argentina ultrapassou o País e foi apontada como o principal país da América Latina para eventos
A Icca (Associação de Congressos e Convenções Internacionais) anunciou na semana passada que foram realizados 13.254 encontros rotativos em 2019, um número recorde e a maior taxa anual já registrada, com um aumento de 317 em relação ao ano passado.
A Argentina figurou, pela primeira vez, como o destino número um para conferências internacionais na América Latina, ficando na 18ª posição, com 214 reuniões realizadas e superando o Brasil (20ª lugar, com 209 eventos catalogados) e o México.
O avanço da Argentina, que estava ano passado na 19ª posição, ocorreu mesmo com o fato de que em 2019 o país sediou menos eventos internacionais do que em 2018 – foram 214 versus 232 –, embora tenha hospedado 18% dos congressos que ocorrem na região. Buenos Aires também apareceu no top 20, ocupando o 11º lugar no ranking de cidades que mais realizaram eventos da Icca, com 127 encontros registrados em 2019.
BRASIL EM QUEDA
O Brasil caiu três posições no ranking deste ano. Em 2019, o País figurou no 17º lugar, registrando 233 eventos realizados. A queda significativa acabou fazendo com que a Argentina ultrapassasse e fosse apontada como o principal país da América Latina para Mice.
“Levando em consideração que a cidade de Buenos Aires é responsável pela captação de quase 60% desses eventos, a capital argentina aparece como a 11ª na lista das top 20 cidades que mais receberam eventos internacionais e, São Paulo, que é a cidade que mais recebe os eventos de fora, nem aparece nesse rol. Existe uma competição muito grande entre os principais destinos e o Brasil está perdendo a atratividade”, afirma o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad.
Para Murad, que vê a promoção do destino Brasil muito focada nos atrativos turísticos, é necessário trabalhar fortemente na atração do País como um destino plural para a realização de eventos, com um potencial enorme de destinos e equipamentos.
“O Brasil acaba de ser superado pela Argentina no ranking da América Latina. Um dos motivos pode ser a imagem do País no Exterior. Infelizmente, hoje, quando nos revelamos brasileiros, a reação é uma expressão de preocupação. Podemos atribuir aos aspectos de segurança, mas certamente é inescapável reconhecer uma atuação errática do governo brasileiro, no que diz respeito às relações exteriores e aos posicionamentos exóticos dos nossos atuais representantes maiores”, diz o presidente executivo da Ampro, Alexis Pagliarini.
O executivo também aponta para a falta de foco na promoção do Brasil no Exterior. Segundo Pagliarini, pelos recursos naturais e estrutura hoteleira e profissional nos grandes centros, o País deveria estar atraindo muito mais eventos.
“Temos hoje um câmbio que favorece o País na atração de eventos. É preciso encarar o mercado Mice como um dos principais na geração de riqueza e empregos e estabelecer uma política consistente na promoção deste Turismo. Algo que não se vê há muito no Brasil", finaliza.
A Argentina figurou, pela primeira vez, como o destino número um para conferências internacionais na América Latina, ficando na 18ª posição, com 214 reuniões realizadas e superando o Brasil (20ª lugar, com 209 eventos catalogados) e o México.
O avanço da Argentina, que estava ano passado na 19ª posição, ocorreu mesmo com o fato de que em 2019 o país sediou menos eventos internacionais do que em 2018 – foram 214 versus 232 –, embora tenha hospedado 18% dos congressos que ocorrem na região. Buenos Aires também apareceu no top 20, ocupando o 11º lugar no ranking de cidades que mais realizaram eventos da Icca, com 127 encontros registrados em 2019.
BRASIL EM QUEDA
O Brasil caiu três posições no ranking deste ano. Em 2019, o País figurou no 17º lugar, registrando 233 eventos realizados. A queda significativa acabou fazendo com que a Argentina ultrapassasse e fosse apontada como o principal país da América Latina para Mice.
“Levando em consideração que a cidade de Buenos Aires é responsável pela captação de quase 60% desses eventos, a capital argentina aparece como a 11ª na lista das top 20 cidades que mais receberam eventos internacionais e, São Paulo, que é a cidade que mais recebe os eventos de fora, nem aparece nesse rol. Existe uma competição muito grande entre os principais destinos e o Brasil está perdendo a atratividade”, afirma o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad.
Para Murad, que vê a promoção do destino Brasil muito focada nos atrativos turísticos, é necessário trabalhar fortemente na atração do País como um destino plural para a realização de eventos, com um potencial enorme de destinos e equipamentos.
“O Brasil acaba de ser superado pela Argentina no ranking da América Latina. Um dos motivos pode ser a imagem do País no Exterior. Infelizmente, hoje, quando nos revelamos brasileiros, a reação é uma expressão de preocupação. Podemos atribuir aos aspectos de segurança, mas certamente é inescapável reconhecer uma atuação errática do governo brasileiro, no que diz respeito às relações exteriores e aos posicionamentos exóticos dos nossos atuais representantes maiores”, diz o presidente executivo da Ampro, Alexis Pagliarini.
O executivo também aponta para a falta de foco na promoção do Brasil no Exterior. Segundo Pagliarini, pelos recursos naturais e estrutura hoteleira e profissional nos grandes centros, o País deveria estar atraindo muito mais eventos.
“Temos hoje um câmbio que favorece o País na atração de eventos. É preciso encarar o mercado Mice como um dos principais na geração de riqueza e empregos e estabelecer uma política consistente na promoção deste Turismo. Algo que não se vê há muito no Brasil", finaliza.