Alagev discute transformações no comportamento dos eventos
O que os profissionais podem esperar? Atual momento e expectativas foram debatidos na live da entidade
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, é difícil prever como será o futuro. No setor de eventos, o que vai mudar no comportamento do consumidor e na rotina do gestor? Como será a volta? O que os profissionais podem esperar? O atual momento e expectativas foram debatidos em live realizada hoje (14) pela Alagev, em parceria com a GJP Hotels & Resorts.
“Estamos observando tudo que está acontecendo, essa pandemia está nos trazendo bastante ensinamento e, quando tudo voltar, não será o mesmo. O distanciamento social, as regras sanitárias, tudo impacta no comportamento”, diz o diretor executivo da entidade, Eduardo Murad.
A questão desafiadora é saber se os clientes e fornecedores retomarão seus eventos como antes, saber como as novas regras de distanciamento vão atingir as empresas e, principalmente, se o participante terá receio de comparecer a eventos físicos quando acontecer a retomada.
“Haverá um período de cuidados grandes para os participantes aderirem aos eventos. Quando tudo isso acabar, as promotoras de eventos e hotéis terão de participar fortemente para garantir essa segurança. Teremos que dar a garantia real de que o local e as pessoas estão protegidos para não serem infectados, sem contar o aspecto psicológico. Será uma retomada bem tímida, mas, quando a crise passar, acredito que teremos recorde de participação em shows, eventos esportivos e feiras, por exemplo”, comenta o CEO da Tour House Eventos, Mateus Passos.
A cadeia de eventos precisará trabalhar de forma mais unida ainda, observando o dia a dia, a rotina e os desdobramentos da pandemia da covid-19, já que tudo pode mudar de um dia para o outro. Neste sentido, é preciso ter ética em todas as condutas e analisar o contexto atual em que as empresas estão vivendo.
“Essa vida que achamos que não existe mais existirá em outras condições. Temos de olhar o contexto e ser coerentes, o resto é achismo. Sei que ainda é um cenário caótico, por isso o mais sensato, como cadeia, é observar todo a conjuntura e trabalhar o dia a dia e de forma colaborativa. Entender o que fazer para ser melhor em todas as áreas e como podemos ajudar”, afirma o gerente de Eventos e Viagens na Roche, Rodrigo Cezar.
FORNECEDORES
Além de uma mudança nas agências de eventos e empresas clientes, os fornecedores também estão passando e passarão por uma transformação profunda, já que estão sendo extremamente afetados. Companhias aéreas, hotéis e provedores de tecnologia vêm agindo para tentar mitigar os efeitos da crise.
“Além das aeronaves já terem um sistema que faz a troca de ar de três em três segundos, dificultando a propagação do vírus, toda a nossa tripulação está sendo preparada para observar se os passageiros apresentam sintomas, estamos aplicando o distanciamento nas linhas de embarque, entre outras medidas. É preciso garantir que os viajantes tenham segurança no trajeto”, pontua o gerente comercial corporativo de Empresas da Gol, Anderson Wolff.
Para a diretora de Marketing e Vendas da GJP, Ana Masagão, a mudança nos hotéis já está acontecendo, como o reforço na higienização, mas alguns hábitos e medidas, que não são tão comuns, se tornarão definitivos, havendo uma verdadeira quebra de paradigmas da indústria hoteleira.
“Além de redobrar as questões de higiene, existem algumas práticas, como o buffet. Vamos manter? Usar tecnologia para automatizar o check-in e diminuir o contato? Será que as toalhas terão de começar a vir embaladas ou então teremos de sinalizar dentro do quarto que tal item foi higienizado? Será uma mudança desde a forma como os serviços são prestados e o que os clientes pedirão e os hotéis terão de se preparar para atender essas demandas.”
Eventos híbridos, que já eram tendência, estão se tornando cada vez mais realidade. O contato físico e presencial não acabará e continuará sendo fundamental, mas a tecnologia precisará entregar ainda mais recursos para tornar o novo “normal” viável.
“Estamos experimentando o que está acontecendo, estou tendo in loco nos hotéis uma visão clara do que realmente é, para, no momento certo, estarmos com a tecnologia e comportamentos adequados. Hotelaria e outros fornecedores foram impactados, mas temos uma oportunidade de ver o que precisa, de fato, ser feito. Temos de aguardar, estar atentos e experimentar. Não adianta ter só a ideia e não implementar, é preciso testar aos poucos”, conta o sócio-diretor da R1, Raffaele Cecere.
“Estamos observando tudo que está acontecendo, essa pandemia está nos trazendo bastante ensinamento e, quando tudo voltar, não será o mesmo. O distanciamento social, as regras sanitárias, tudo impacta no comportamento”, diz o diretor executivo da entidade, Eduardo Murad.
A questão desafiadora é saber se os clientes e fornecedores retomarão seus eventos como antes, saber como as novas regras de distanciamento vão atingir as empresas e, principalmente, se o participante terá receio de comparecer a eventos físicos quando acontecer a retomada.
“Haverá um período de cuidados grandes para os participantes aderirem aos eventos. Quando tudo isso acabar, as promotoras de eventos e hotéis terão de participar fortemente para garantir essa segurança. Teremos que dar a garantia real de que o local e as pessoas estão protegidos para não serem infectados, sem contar o aspecto psicológico. Será uma retomada bem tímida, mas, quando a crise passar, acredito que teremos recorde de participação em shows, eventos esportivos e feiras, por exemplo”, comenta o CEO da Tour House Eventos, Mateus Passos.
A cadeia de eventos precisará trabalhar de forma mais unida ainda, observando o dia a dia, a rotina e os desdobramentos da pandemia da covid-19, já que tudo pode mudar de um dia para o outro. Neste sentido, é preciso ter ética em todas as condutas e analisar o contexto atual em que as empresas estão vivendo.
“Essa vida que achamos que não existe mais existirá em outras condições. Temos de olhar o contexto e ser coerentes, o resto é achismo. Sei que ainda é um cenário caótico, por isso o mais sensato, como cadeia, é observar todo a conjuntura e trabalhar o dia a dia e de forma colaborativa. Entender o que fazer para ser melhor em todas as áreas e como podemos ajudar”, afirma o gerente de Eventos e Viagens na Roche, Rodrigo Cezar.
FORNECEDORES
Além de uma mudança nas agências de eventos e empresas clientes, os fornecedores também estão passando e passarão por uma transformação profunda, já que estão sendo extremamente afetados. Companhias aéreas, hotéis e provedores de tecnologia vêm agindo para tentar mitigar os efeitos da crise.
“Além das aeronaves já terem um sistema que faz a troca de ar de três em três segundos, dificultando a propagação do vírus, toda a nossa tripulação está sendo preparada para observar se os passageiros apresentam sintomas, estamos aplicando o distanciamento nas linhas de embarque, entre outras medidas. É preciso garantir que os viajantes tenham segurança no trajeto”, pontua o gerente comercial corporativo de Empresas da Gol, Anderson Wolff.
Para a diretora de Marketing e Vendas da GJP, Ana Masagão, a mudança nos hotéis já está acontecendo, como o reforço na higienização, mas alguns hábitos e medidas, que não são tão comuns, se tornarão definitivos, havendo uma verdadeira quebra de paradigmas da indústria hoteleira.
“Além de redobrar as questões de higiene, existem algumas práticas, como o buffet. Vamos manter? Usar tecnologia para automatizar o check-in e diminuir o contato? Será que as toalhas terão de começar a vir embaladas ou então teremos de sinalizar dentro do quarto que tal item foi higienizado? Será uma mudança desde a forma como os serviços são prestados e o que os clientes pedirão e os hotéis terão de se preparar para atender essas demandas.”
Eventos híbridos, que já eram tendência, estão se tornando cada vez mais realidade. O contato físico e presencial não acabará e continuará sendo fundamental, mas a tecnologia precisará entregar ainda mais recursos para tornar o novo “normal” viável.
“Estamos experimentando o que está acontecendo, estou tendo in loco nos hotéis uma visão clara do que realmente é, para, no momento certo, estarmos com a tecnologia e comportamentos adequados. Hotelaria e outros fornecedores foram impactados, mas temos uma oportunidade de ver o que precisa, de fato, ser feito. Temos de aguardar, estar atentos e experimentar. Não adianta ter só a ideia e não implementar, é preciso testar aos poucos”, conta o sócio-diretor da R1, Raffaele Cecere.