Abeoc estima prejuízo de R$ 80 bilhões em dois meses
Muitos eventos que estavam agendados para maio já estão sendo também cancelados ou buscando nova data
De acordo com a Abeoc, 78% dos organizadores brasileiros pretendiam fazer mais eventos em 2020, incluindo um aumento de 66% em suas equipes para atender a demanda. No quesito boas expectativas, o Brasil era líder mundial, à frente do Reino Unido, com 58%, e da Alemanha, que planejava um movimento de mais 56%, segundo dados da Eventbrite de fevereiro. As perspectivas eram as melhores.
“Literalmente fomos do tudo ao nada. Temos um problema imediato que é pagar funcionários, fornecedores, negociar contratos. Quanto a isso estamos aguardando retorno às nossas solicitações, bem recebidas pelas autoridades, mas ainda sem respostas efetivas”, diz a presidente da entidade, Fátima Facuri.
O setor de eventos é formado por, ao menos, 52 segmentos. Uma capilaridade que engloba segurança, marketing, transporte, logística, hospedagem, alimentação, infraestrutura, centros de convenções, entre outros. São R$ 305 bilhões de reais injetados na economia e 25 milhões de empregos formais.
“Toda essa engrenagem está paralisada. Empresas lutam para garantir calendário para o segundo semestre e evitar cancelamentos. E ainda não temos noção de até onde se estenderá essa crise. Para alguns, 2020 já acabou, ou nem mesmo começou”, confessa.
NÚMEROS
Ainda sem chegar ao auge da crise pandêmica, muitos eventos que estavam agendados para maio já estão sendo também cancelados ou se encontram em busca de nova data. Isso representa, no mínimo, dois meses de total engessamento do setor, representando uma perda para a economia de mais de R$ 80 bilhões, incluindo feiras, congressos e demais eventos corporativos, baseada nos dados de 2019.
Um levantamento preliminar da Abeoc aponta que pelo menos metade dos eventos do primeiro semestre ainda está com novas datas indefinidas devido à sazonalidade ou falta de calendário. “É preciso entender que um evento não acontece apenas na data de visitação ao público, há reserva de dias para a montagem e desmontagem. Um evento de três dias ocupa, ao menos, cinco ou seis nas agendas dos centros de convenção”, explica Fátima.
Considerando o tamanho, cada um pode gerar de dez a até 400 empregos diretos e até o dobro de indiretos. Em um universo de mais de 1,4 mil eventos previstos até o mês de julho (dados do calendário Feiras do Brasil), há um grande problema social.
MEDIDAS URGENTES
A associação levou, tão logo decretada a paralisação, uma lista de pleitos às autoridades. As reivindicações incluem medidas emergenciais, como o diferimento tributário (ICMS e ISS); linhas de crédito em bancos oficiais; suspensão de qualquer ação fiscalizadora; e um regime excepcional simplificado de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho por falta de recursos financeiros) para empresas que apresentem uma queda de 40% na receita.
“Nosso contato com quem decide tem sido assíduo. Muitas decisões estão sendo tomadas, muitas abrangentes e outras bem setorizadas, mas nada que tenha reflexo positivo e concreto no setor. Estamos orientando nossos associados a manterem a calma enquanto aguardamos as soluções das autoridades. Unidos somos mais fortes e estamos à disposição para todo suporte necessário ao nosso alcance”, finaliza.
“Literalmente fomos do tudo ao nada. Temos um problema imediato que é pagar funcionários, fornecedores, negociar contratos. Quanto a isso estamos aguardando retorno às nossas solicitações, bem recebidas pelas autoridades, mas ainda sem respostas efetivas”, diz a presidente da entidade, Fátima Facuri.
O setor de eventos é formado por, ao menos, 52 segmentos. Uma capilaridade que engloba segurança, marketing, transporte, logística, hospedagem, alimentação, infraestrutura, centros de convenções, entre outros. São R$ 305 bilhões de reais injetados na economia e 25 milhões de empregos formais.
“Toda essa engrenagem está paralisada. Empresas lutam para garantir calendário para o segundo semestre e evitar cancelamentos. E ainda não temos noção de até onde se estenderá essa crise. Para alguns, 2020 já acabou, ou nem mesmo começou”, confessa.
NÚMEROS
Ainda sem chegar ao auge da crise pandêmica, muitos eventos que estavam agendados para maio já estão sendo também cancelados ou se encontram em busca de nova data. Isso representa, no mínimo, dois meses de total engessamento do setor, representando uma perda para a economia de mais de R$ 80 bilhões, incluindo feiras, congressos e demais eventos corporativos, baseada nos dados de 2019.
Um levantamento preliminar da Abeoc aponta que pelo menos metade dos eventos do primeiro semestre ainda está com novas datas indefinidas devido à sazonalidade ou falta de calendário. “É preciso entender que um evento não acontece apenas na data de visitação ao público, há reserva de dias para a montagem e desmontagem. Um evento de três dias ocupa, ao menos, cinco ou seis nas agendas dos centros de convenção”, explica Fátima.
Considerando o tamanho, cada um pode gerar de dez a até 400 empregos diretos e até o dobro de indiretos. Em um universo de mais de 1,4 mil eventos previstos até o mês de julho (dados do calendário Feiras do Brasil), há um grande problema social.
MEDIDAS URGENTES
A associação levou, tão logo decretada a paralisação, uma lista de pleitos às autoridades. As reivindicações incluem medidas emergenciais, como o diferimento tributário (ICMS e ISS); linhas de crédito em bancos oficiais; suspensão de qualquer ação fiscalizadora; e um regime excepcional simplificado de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho por falta de recursos financeiros) para empresas que apresentem uma queda de 40% na receita.
“Nosso contato com quem decide tem sido assíduo. Muitas decisões estão sendo tomadas, muitas abrangentes e outras bem setorizadas, mas nada que tenha reflexo positivo e concreto no setor. Estamos orientando nossos associados a manterem a calma enquanto aguardamos as soluções das autoridades. Unidos somos mais fortes e estamos à disposição para todo suporte necessário ao nosso alcance”, finaliza.