Beatrice Teizen   |   15/08/2019 17:20

GBTA Convention 2019: confira os principais temas debatidos

Na última semana, a GBTA Convention 2019, em Chicago, reuniu cerca de 7 mil profissionais e 400 expositores do setor de viagens e eventos corporativos

Na última semana, a GBTA Convention 2019, em Chicago, reuniu cerca de sete mil profissionais e 400 expositores do setor de viagens e eventos corporativos para discutir tendências do mercado em mais de 175 sessões educacionais.

Reprodução/Facebook GBTA
A GBTA Convention 2019 reuniu 7 mil profissionais do setor
A GBTA Convention 2019 reuniu 7 mil profissionais do setor
O diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad, e a gerente executiva da associação, Giovana Jannuzelli, estiveram por lá e trouxeram vários insights. Confira o artigo abaixo escrito pelos dirigentes com os principais assuntos debatidos durante o evento.

“Neste ano, foram exploradas temáticas nas mais diversas áreas, como Tecnologia, Segurança, Experiência do Viajante, NDC, Saúde do Viajante, Programas e Políticas de Viagens, através de sessões educacionais com 30 minutos de duração que discutiram assuntos como desenvolvimento de programas de hotéis focados na experiência do viajante, Duty of Care, política de viagens flexíveis, inteligência artificial e gestão de riscos, Blockchain, economia compartilhada em viagens corporativas, segurança de viajantes mulheres, como mostrar o trabalho de gestão de viagens ao C-Level, entre muitos outros temas.

Um dos painéis apresentou dados de algumas pesquisas realizadas pela GBTA, explorando insights sobre a experiência do viajante, além de uma provocação ao travel manager para construir um programa de hotéis que atenda às expectativas de experiências do viajante e que, ao mesmo tempo, esteja alinhada à política de viagens da empresa. Quando alguns viajantes foram questionados sobre qual o principal fator que pode influenciar negativamente sua experiência em uma viagem corporativa, 63% dos respondentes afirmaram que a experiência em hotéis é a mais preocupante, resultado que supera até o deslocamento aéreo, por exemplo.

Divulgação
Eduardo Murad
Eduardo Murad
Falando da experiência em si, alguns hotéis já estão trabalhando seus produtos e serviços para proporcionarem uma melhor experiência ao viajante corporativo. Por exemplo: Analisando uma pesquisa que mostra que cerca de 37% dos profissionais saem de sua rotina de exercícios por falta de opção, alguns hotéis têm investido em aulas de ioga, aulas de spinning e corrida para oferecerem opções que o viajante usualmente tem em sua rotina, e não somente oferecer uma academia bacana.
O Duty of Care e a inteligência artificial estiveram em pauta no case apresentado pelo CEO da start-up Stabilitas, Greg Adams. O executivo destacou a rapidez e a eficiência da inteligência artificial em prever possíveis riscos de profissionais em viagens. A tomada de decisão e de providências, porém, ainda não são atividades em que a inteligência artificial opera sozinha.

A economia compartilhada, espaços de eventos alternativos e os desafios de integrar essa realidade dentro de um programa de gestão de eventos estiveram entre os temas debatidos no encontro. Os meeting planners buscam inovar e promover ações que fujam do tradicional e ofereçam experiências inusitadas aos participantes. Contudo, para que os benefícios como savings, tarifas mais baixas e o melhor custo-benefício valham mesmo a pena, é preciso regulamentar e ultrapassar barreiras de pontos de atenção que esse modelo de negócio propõe. Duty of Care, suporte local, nível de serviço, prestação de contas, integração com plataformas já utilizadas pelas empresas e confidencialidade são alguns dos pontos que devem ser repensados e reestruturados para tornar a economia colaborativa viável. O Airbnb é um exemplo desse movimento, em que a plataforma permite que os gestores de eventos possam visualizar experiências locais e realizar a compra de acordo com o foco do encontro.

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Giovana Jannuzzelli
Giovana Jannuzzelli
E como alcançar uma comunicação fluída e demonstrar o valor da área de viagens junto ao C-Level? A pergunta foi repercutida entre os profissionais e uma das recomendações é que, para mostrar valor no trabalho desempenhado pelo gestor de viagens, é preciso entender qual a linguagem que mais se adapta ao C-Level, ou seja, se é CFO, quais a s informações financeiras que ele gosta de analisar? Se é RH, qual o resultado de uma pesquisa de satisfação dos viajantes ou mesmo um cruzamento do índice de sinistros do plano de saúde com o número de viagens da empresa? Não existe uma receita de bolo. O primeiro passo é realmente conhecer e entender o perfil do CEO, CFO, CTO e, em cima disso, estruturar uma estratégia de apresentação da área. Mas, algumas dicas que são comuns: ser breve, levar indicadores, não abusar da linguagem do trade, focar em números e, principalmente, demonstrar que a experiência positiva do viajante em viagens a trabalho traz bons resultados para a empresa.

Outro painel interessante apresentado no evento foi o de segurança das viajantes mulheres, tema amplamente discutido no principal evento realizado pela Alagev neste ano, o Lacte 14. Um dos pontos debatidos foi o de pensar na gestão de risco antes de se falar em segurança das viajantes. Isso porque um programa bem estabelecido olha as diferentes necessidades do ponto de vista físico, emocional e cultural. Entender e estudar os fornecedores, os destinos e os riscos reais das viajantes é imprescindível para estabelecer uma política clara e condizente com o a realidade das viajantes.

Dos temas apresentados, uma boa notícia: todos estão no radar ativo da Alagev. Alguns com mais ênfase e outros em processo de desenvolvimento e aplicabilidade. Uma oportunidade de atualização, aprendizado e, claro, de sequenciar o propósito da Alagev de contribuir com o desenvolvimento do segmento de viagens e eventos corporativos e disseminar as melhores práticas ao mercado."

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