Quais os planos da American Airlines para a América Latina?
Vice-presidente de Vendas para América Latina, Caribe e Flórida da aérea fala sobre protocolos adotados
As companhias aéreas estão tendo um enorme trabalho para se adaptar neste novo cenário causado pela pandemia de covid-19. A limpeza das aeronaves, que já era constante e profunda, precisou ser intensificada, os processos de embarque praticamente reinventados, com protocolos de distanciamento físico sendo impostos, e as tripulações treinadas para lidar com diferentes sentimentos dos passageiros.
Este foi o tema do terceiro encontro do 1º Festival Internacional de Viagens e Eventos Corporativos On-line, realizado pela Academia de Viagens Corporativas, que trouxe a vice-presidente de Vendas para América Latina, Caribe e Flórida da American Airlines, Christine Valls, para falar sobre como a aérea norte-americana está atuando e se adaptando no “novo normal” das viagens.
“Estamos trabalhando com diferentes organizações, como a Organização da Aviação Civil Internacional, Iata e Agência Europeia para a Segurança da Aviação, para criar e definir os novos protocolos e procedimentos para todo o mercado de aviação. Precisamos de medidas claras para que os viajantes se sintam seguros e, não, confusos, em relação ao que seguir em cada destino, aeroporto e companhia”, diz Christine.
Para a VP da American, a América Latina continuará tendo um papel fundamental na malha da American Airlines, e não há previsão de mexer na estrutura na região. "Nosso time de vendas está em contato direto com os clientes e tendo um ou dez voos, esse contato precisa continuar", disse ela, afirmando que não há mudanças previstas no momento para a "família MCLA", referindo-se à região latino-americana.
A previsão é que em meados do segundo semestre a American já esteja operando 50% dos voos na América Latina. O doméstico deverá estar em 69% da capacidade e os demais voos internacionais em 24% (veja no gráfico abaixo, onde MCLA é a região do México, Caribe e América Latina).
GOL
Sobre o codeshare com a Gol, a vice-presidente de Vendas para América Latina da American afirma que a parceria está valendo desde já – mesmo que não haja voos no momento. O acordo conectará a companhia a 53 cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus.
Também será possível utilizar tanto as milhas acumuladas nos AAdvantage para voos Gol, assim como os pontos da Smiles em serviços da aérea norte-americana. Segundo ela, a parceria será essencial para aumentar a conectividade da American na região, não apenas no Brasil, mas em outros países operados pela Gol, como Uruguai e Argentina.
Segundo a VP da empresa aérea, as reservas nos Estados Unidos já estão vendo um aumento de procura para viagens a lazer, especialmente de passageiros mais jovens, entre 20 e 30 anos.
A companhia não parou de voar para o México na crise, chegando essa semana a 20 cidades, e também retornará ao Equador, na quinta-feira, e a destinos caribenhos como Antigua e Jamaica, ainda este mês.
MEDIDAS
Tanto em solo, nos aeroportos, quanto no ar, dentro dos aviões, diversas medidas precisaram ser tomadas para garantir a segurança dos passageiros e a retomada das viagens. Nos terminais, a American vem trabalhando com autoridades e órgãos governamentais para aumentar a limpeza e desinfecção das áreas que recebem mais contato de pessoas, como de check-in, embarque e esteira de bagagens.
Também está instalando barreiras de proteção para diminuir a exposição de clientes e equipes, assim como desligando alguns dos computadores para criar mais distância. Além disso, a companhia também instalou placas digitais nos portões para que os clientes saibam os protocolos antes do processo de embarque.
As aeronaves vêm sendo ainda mais higienizadas, após cada desembarque. Monitores, assentos, bolsos, cintos e sanitários passam por um processo rigoroso de limpeza. O método de pulverização eletrostática está sendo aplicado a cada sete dias, garantindo a eliminação de 99,9% de vírus e bactérias, em dez minutos.
Todos os funcionários e tripulantes adotaram o uso obrigatório de máscaras, assim como os passageiros estão sendo requerido a usarem a bordo também. Lenços de higienização e álcool gel também estão sendo distribuídos dentro dos aviões.
“Sabemos que a demanda vai voltar, por isso, estamos criando possibilidades de distanciamento físico. Vamos proativamente avisar os clientes 24 horas antes do embarque, dando a opção para mudar para um voo que esteja mais vazio, sem pagar nada, por exemplo, ou recebendo um crédito. São algumas das medidas que estamos tomando, pois sabemos que, quando as pessoas voltarem a voar, podem ainda se sentir desconfortáveis ao ver que o voo está cheio”, explica. Até o final de junho, 50% dos assentos do meio das fileiras estão bloqueados. Depois, quando a demanda voltar, não deverá haver mais esse bloqueio.
CLIENTES CORPORATIVOS E AGÊNCIAS
Para dar mais flexibilidade aos clientes corporativos, a empresa está, dependendo da conta, fornecendo extensões de até 12 meses para os contratos que estão para vencer. Por meio de uma comunicação clara, os acordos estão sendo simplificados para que mais negócios possam ser feitos. A VP da American disse que o time do segmento corporativo está ativamente procurando os clientes para a renegociação ou extensão desses contratos e também apresentando todo o programa de flexibilização comercial que foi criado.
Já as agências de viagens são parte fundamental da transportadora dos EUA, garante ela, representando entre 60% e 70% de seu negócio. Com uma relação muito forte, Christine acredita que a parceria continuará com a mesma força após a crise do novo coronavírus. O NDC também continua sendo implementado e ela anunciou uma nova parceria recém-assinada com o Amadeus, para acesso a conteúdo via NDC.
“Pode ser que, no futuro, haja menos agências de viagens no mercado, havendo consolidações por parte delas. Mas o trabalho com elas é crucial para o nosso sucesso. Sabemos que também estão passando por tempos difíceis e estamos fazendo o melhor para servi-las”, finalizou ela, confirmando também que as empresas aéreas estarão menores durante a retomada e por alguns anos de recuperação.
Este foi o tema do terceiro encontro do 1º Festival Internacional de Viagens e Eventos Corporativos On-line, realizado pela Academia de Viagens Corporativas, que trouxe a vice-presidente de Vendas para América Latina, Caribe e Flórida da American Airlines, Christine Valls, para falar sobre como a aérea norte-americana está atuando e se adaptando no “novo normal” das viagens.
“Estamos trabalhando com diferentes organizações, como a Organização da Aviação Civil Internacional, Iata e Agência Europeia para a Segurança da Aviação, para criar e definir os novos protocolos e procedimentos para todo o mercado de aviação. Precisamos de medidas claras para que os viajantes se sintam seguros e, não, confusos, em relação ao que seguir em cada destino, aeroporto e companhia”, diz Christine.
Para a VP da American, a América Latina continuará tendo um papel fundamental na malha da American Airlines, e não há previsão de mexer na estrutura na região. "Nosso time de vendas está em contato direto com os clientes e tendo um ou dez voos, esse contato precisa continuar", disse ela, afirmando que não há mudanças previstas no momento para a "família MCLA", referindo-se à região latino-americana.
A previsão é que em meados do segundo semestre a American já esteja operando 50% dos voos na América Latina. O doméstico deverá estar em 69% da capacidade e os demais voos internacionais em 24% (veja no gráfico abaixo, onde MCLA é a região do México, Caribe e América Latina).
GOL
Sobre o codeshare com a Gol, a vice-presidente de Vendas para América Latina da American afirma que a parceria está valendo desde já – mesmo que não haja voos no momento. O acordo conectará a companhia a 53 cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus.
Também será possível utilizar tanto as milhas acumuladas nos AAdvantage para voos Gol, assim como os pontos da Smiles em serviços da aérea norte-americana. Segundo ela, a parceria será essencial para aumentar a conectividade da American na região, não apenas no Brasil, mas em outros países operados pela Gol, como Uruguai e Argentina.
Segundo a VP da empresa aérea, as reservas nos Estados Unidos já estão vendo um aumento de procura para viagens a lazer, especialmente de passageiros mais jovens, entre 20 e 30 anos.
A companhia não parou de voar para o México na crise, chegando essa semana a 20 cidades, e também retornará ao Equador, na quinta-feira, e a destinos caribenhos como Antigua e Jamaica, ainda este mês.
MEDIDAS
Tanto em solo, nos aeroportos, quanto no ar, dentro dos aviões, diversas medidas precisaram ser tomadas para garantir a segurança dos passageiros e a retomada das viagens. Nos terminais, a American vem trabalhando com autoridades e órgãos governamentais para aumentar a limpeza e desinfecção das áreas que recebem mais contato de pessoas, como de check-in, embarque e esteira de bagagens.
Também está instalando barreiras de proteção para diminuir a exposição de clientes e equipes, assim como desligando alguns dos computadores para criar mais distância. Além disso, a companhia também instalou placas digitais nos portões para que os clientes saibam os protocolos antes do processo de embarque.
As aeronaves vêm sendo ainda mais higienizadas, após cada desembarque. Monitores, assentos, bolsos, cintos e sanitários passam por um processo rigoroso de limpeza. O método de pulverização eletrostática está sendo aplicado a cada sete dias, garantindo a eliminação de 99,9% de vírus e bactérias, em dez minutos.
Todos os funcionários e tripulantes adotaram o uso obrigatório de máscaras, assim como os passageiros estão sendo requerido a usarem a bordo também. Lenços de higienização e álcool gel também estão sendo distribuídos dentro dos aviões.
“Sabemos que a demanda vai voltar, por isso, estamos criando possibilidades de distanciamento físico. Vamos proativamente avisar os clientes 24 horas antes do embarque, dando a opção para mudar para um voo que esteja mais vazio, sem pagar nada, por exemplo, ou recebendo um crédito. São algumas das medidas que estamos tomando, pois sabemos que, quando as pessoas voltarem a voar, podem ainda se sentir desconfortáveis ao ver que o voo está cheio”, explica. Até o final de junho, 50% dos assentos do meio das fileiras estão bloqueados. Depois, quando a demanda voltar, não deverá haver mais esse bloqueio.
CLIENTES CORPORATIVOS E AGÊNCIAS
Para dar mais flexibilidade aos clientes corporativos, a empresa está, dependendo da conta, fornecendo extensões de até 12 meses para os contratos que estão para vencer. Por meio de uma comunicação clara, os acordos estão sendo simplificados para que mais negócios possam ser feitos. A VP da American disse que o time do segmento corporativo está ativamente procurando os clientes para a renegociação ou extensão desses contratos e também apresentando todo o programa de flexibilização comercial que foi criado.
Já as agências de viagens são parte fundamental da transportadora dos EUA, garante ela, representando entre 60% e 70% de seu negócio. Com uma relação muito forte, Christine acredita que a parceria continuará com a mesma força após a crise do novo coronavírus. O NDC também continua sendo implementado e ela anunciou uma nova parceria recém-assinada com o Amadeus, para acesso a conteúdo via NDC.
“Pode ser que, no futuro, haja menos agências de viagens no mercado, havendo consolidações por parte delas. Mas o trabalho com elas é crucial para o nosso sucesso. Sabemos que também estão passando por tempos difíceis e estamos fazendo o melhor para servi-las”, finalizou ela, confirmando também que as empresas aéreas estarão menores durante a retomada e por alguns anos de recuperação.