EUA iniciam inspeção mais rigorosa em pax do Exterior
Veto a eletrônicos é suspenso, mas procedimentos de segurança ficam mais detalhados, principalmente com eletrônicos nas bagagens de mão; entrevistas de segurança também são previstas
Em mais um episódio do ano atípico nos aeroportos estadunidenses, que sofrem mudanças cada vez mais recorrentes nos procedimentos de segurança, nesta semana uma nova regra de triagem para entrada de passageiros no país foi determinada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS).
Segundo o The Washington Post, as novas medidas incluem inspeções mais detalhadas e rigorosas dos passageiros, de suas bagagens de mão e, principalmente, dos equipamentos eletrônicos, o objeto central da polêmica do veto a eletrônicos portáteis em voos aos EUA. Além disso, a mudança deve incluir entrevistas de segurança com todos os passageiros que chegam nos EUA, feitas por funcionários das aéreas.
Maior vigilância em áreas de embarque também está prevista nas medidas, inclusive com um aumento no número de cães farejadores de explosivos.
Os novos procedimentos afetarão cerca de 2,1 mil voos diários, e serão aplicados tanto a cidadãos estadunidenses quanto a viajantes estrangeiros, vindos de qualquer voo do Exterior.
FIM DO VETO A ELETRÔNICOS
Ainda segundo o The Washington Post, a nova política substitui as regras anteriores, que proibiam viajantes de alguns países específicos de trazer seus computadores e outros grandes dispositivos eletrônicos na cabine de passageiros.
O veto, determinado para passageiros de 10 aeroportos localizados em grande parte no Oriente Médio e norte da África e considerados "de risco", foi implementado em março em meio a preocupações de que os dispositivos poderiam ser usados para esconder explosivos. Funcionários do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos já haviam aliviado um pouco a regra em julho, permitindo que o veto fosse suspenso, com a condição de que as companhias aéreas e os aeroportos atingissem padrões de segurança mais rigorosos e aprovados pela TSA.
AÉREAS SE ADAPTAM
Segundo o DHS, a expectativa é que os testes mais extensos não aumentem o tempo de espera em pontos de controle de segurança; mesmo assim, transportadoras como a Delta e a Cathay Pacific Airways já recomendam que passageiros cheguem ao aeroporto pelo menos três horas antes do embarque, para evitar atrasos.
Um porta-voz da Airlines for America (A4A), aliança que representa uma série de aéreas dos EUA, como American e United, já afirmou que todos os seus membros estão em conformidade com os novos requisitos."A A4A e os nossos membros continuam trabalhando com os funcionários do DHS, buscando alcançar objetivos de segurança compartilhados e minimizando o impacto para o público viajante", explicou o representante do grupo, Vaughn Jennings.
"Embora sejam medidas de segurança mais complexas, a flexibilidade oferecida pelo DHS ajudou a garantir que as operadoras continuem em conformidade", complementou.
Passageiros em viagens domésticas dos EUA também estarão sujeitos a inspeções mais rigorosas nos aeroportos, principalmente se tratando das bagagens de mão. Em julho, a Administração de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (TSA) já havia determinado uma regra que obriga todos os passageiros a colocarem eletrônicos maiores que um smartphone em uma caixa separada na hora de passar pelo raio-x.
FUNCIONÁRIOS VOLTAM A FAZER INSPEÇÕES
Segundo o site Independent, não são todos que consideram as novas medidas benéficas. Um dos pontos criticados foi o uso de funcionários das aéreas em alguns dos procedimentos de segurança.
"A parte das novas medidas que eu não gosto é que equipes das companhia aérea estejam sendo colocados de volta no processo de inspeção e scanner de segurança", afirmou o especialista em segurança aeronáutica da Metropolitan State University de Denver, Jeffrey Price. "Os agentes das companhias aéreas não são os mais capacitados para conduzir medidas de segurança", argumentou para o site britânico.
Segundo o The Washington Post, as novas medidas incluem inspeções mais detalhadas e rigorosas dos passageiros, de suas bagagens de mão e, principalmente, dos equipamentos eletrônicos, o objeto central da polêmica do veto a eletrônicos portáteis em voos aos EUA. Além disso, a mudança deve incluir entrevistas de segurança com todos os passageiros que chegam nos EUA, feitas por funcionários das aéreas.
Maior vigilância em áreas de embarque também está prevista nas medidas, inclusive com um aumento no número de cães farejadores de explosivos.
Os novos procedimentos afetarão cerca de 2,1 mil voos diários, e serão aplicados tanto a cidadãos estadunidenses quanto a viajantes estrangeiros, vindos de qualquer voo do Exterior.
FIM DO VETO A ELETRÔNICOS
Ainda segundo o The Washington Post, a nova política substitui as regras anteriores, que proibiam viajantes de alguns países específicos de trazer seus computadores e outros grandes dispositivos eletrônicos na cabine de passageiros.
O veto, determinado para passageiros de 10 aeroportos localizados em grande parte no Oriente Médio e norte da África e considerados "de risco", foi implementado em março em meio a preocupações de que os dispositivos poderiam ser usados para esconder explosivos. Funcionários do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos já haviam aliviado um pouco a regra em julho, permitindo que o veto fosse suspenso, com a condição de que as companhias aéreas e os aeroportos atingissem padrões de segurança mais rigorosos e aprovados pela TSA.
AÉREAS SE ADAPTAM
Segundo o DHS, a expectativa é que os testes mais extensos não aumentem o tempo de espera em pontos de controle de segurança; mesmo assim, transportadoras como a Delta e a Cathay Pacific Airways já recomendam que passageiros cheguem ao aeroporto pelo menos três horas antes do embarque, para evitar atrasos.
Um porta-voz da Airlines for America (A4A), aliança que representa uma série de aéreas dos EUA, como American e United, já afirmou que todos os seus membros estão em conformidade com os novos requisitos."A A4A e os nossos membros continuam trabalhando com os funcionários do DHS, buscando alcançar objetivos de segurança compartilhados e minimizando o impacto para o público viajante", explicou o representante do grupo, Vaughn Jennings.
"Embora sejam medidas de segurança mais complexas, a flexibilidade oferecida pelo DHS ajudou a garantir que as operadoras continuem em conformidade", complementou.
Passageiros em viagens domésticas dos EUA também estarão sujeitos a inspeções mais rigorosas nos aeroportos, principalmente se tratando das bagagens de mão. Em julho, a Administração de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (TSA) já havia determinado uma regra que obriga todos os passageiros a colocarem eletrônicos maiores que um smartphone em uma caixa separada na hora de passar pelo raio-x.
FUNCIONÁRIOS VOLTAM A FAZER INSPEÇÕES
Segundo o site Independent, não são todos que consideram as novas medidas benéficas. Um dos pontos criticados foi o uso de funcionários das aéreas em alguns dos procedimentos de segurança.
"A parte das novas medidas que eu não gosto é que equipes das companhia aérea estejam sendo colocados de volta no processo de inspeção e scanner de segurança", afirmou o especialista em segurança aeronáutica da Metropolitan State University de Denver, Jeffrey Price. "Os agentes das companhias aéreas não são os mais capacitados para conduzir medidas de segurança", argumentou para o site britânico.