Foco no corporativo transforma Aerolíneas também no lazer
Pontualidade, novos equipamentos, maior conectividade doméstica e hub Aeroparque estão entre os diferenciais elogiados pelo trade
A Aerolíneas Argentinas está definitivamente em um novo momento, e isso não parece mero corporativismo de seus executivos, mas sim a opinião geral do trade presente no Aerolíneas Day, evento de capacitação, relacionamento e negócios da companhia aérea realizado hoje em São Paulo.
Grande e pulverizada oferta para o Brasil, com 93 voos semanais a sete destinos, renovação do produto e serviço de bordo, "a segunda frota mais moderna da América Latina", consolidação do hub doméstico de Córdoba e maior conectividade internacional a partir de Ezeiza são alguns dos principais trunfos da companhia membro da aliança Skyteam.
Acima de tudo foi o foco no corporativo que deu à Aerolíneas voos mais altos nos últimos anos, e isso ficou claro pelo número de gestores de viagens, além de agências corporativas, presentes no evento. No primeiro semestre de 2017, cresceu 14,5% em número de bilhete comercializados e 13,1% em faturamento segundo dados da Abracorp. Também neste ano, mais de 85% dos voos da companhia cumpriram o horário previsto, o que a consolidou como a mais pontual entre as aéreas que voam na Argentina. Ano passado, fechou pela primeira vez parceria direta com TMCs. CWT, HRG (no Brasil Alatur JTB), BCD Travel e Amex têm acordo regionais para todos seus passageiros, independentemente de onde estejam, tenham os mesmos benefícios.
O diretor de Global Supplier Management da CWT no Brasil, Nelson Oliveira, diz que esse tipo de acordo é comum na empresa em que trabalha, mas um acréscimo como o da Aerolíneas é importante para dar volume regional (Américas) às agências, além de ressaltar as vantagens oferecidas. Oliveira reconhece que o produto da companhia argentina evoluiu muito nos últimos meses e isso dá confiança de vendê-lo, principalmente pelo alto número de viagens bate e volta a Buenos Aires realizadas pelos seus passageiros. "São notáveis as aeronaves novas, pontualidade e, acima de tudo, a evolução de Aeroparque como hub, pois, pela proximidade, muitos dos passageiros de São Paulo fazem day trips na cidade."
Coincidentemente ou não, o novo momento da Aerolíneas no Brasil vai ao encontro da chegada do diretor regional Gonzalo Romero, no início de 2015, que na época veio com cacoete de um profissional comercialmente agressivo. "Não atribuo esse novo momento da companhia apenas ao trabalho no Brasil, mas a companhia se transformou como um todo. Desde 2015 damos 100% de atenção ao serviço e à experiência do passageiro desde a compra do bilhete até o desembarque. Logramos recorde de pontualidade e de passageiro neste primeiro semestre e muito disso se deve ao corporativo", afirma o diretor.
Para o diretor comercial e de Operações da LTS Consolidadora, Vanderlei Folgueral, a Aerolíneas é outra companhia de 2015 para cá. "A equipe no Brasil permanece a mesma, mas está mais entrosada e amadureceu muito. Os cancelamentos e atrasos são raros, os produtos estão mais moderno. Acertaram na estratégia traçada."
"A Aerolíneas deveria servir de exemplo para muitas companhias aéreas na América do Sul. A companhia está permitindo que o passageiro a trabalho planeje melhor em sua malha doméstica", avalia o presidente da GBTA Brasil e gestor de viagens de Philips, Fernão Loureiro. "Toda companhia que dá atenção ao corporativo acaba beneficiando o de lazer naturalmente."