Leonardo Ramos   |   28/08/2017 14:15

Por que você deve destruir seu tíquete após concluir o voo?

Os dados em seu bilhete de embarque pode conter diversas informações pessoais, e não se pode tratá-lo levianamente, postando-o nas redes sociais ou mesmo descartando-os inteiros no lixo

Compartilhar seu tíquete nas redes sociais, ou mesmo descartá-lo levianamente no lixo, pode por dados pessoais em risco
Compartilhar seu tíquete nas redes sociais, ou mesmo descartá-lo levianamente no lixo, pode por dados pessoais em risco
Viajar e redes sociais: duas coisas que estão cada vez mais conectadas no mundo moderno. Quem se desloca com frequência, seja a trabalho ou lazer, sabe bem o que estamos dizendo. Essa conexão, porém, pode se provar perigosa, caso você não se atente ao que publica on-line, e um exemplo claro disso é o seu bilhete de embarque.

Em uma pesquisa rápida no Instagram, foram encontrados cerca de 91 mil postagens on-line com imagens do cartão de embarque. O que muitos não sabem, porém, é a quantidade e informações pessoais que estão contidas no seu tíquete.

A Krebs on Security, um site norte-americano especializado em segurança digital, alertou que o código de barras e códigos QR, geralmente disponíveis no bilhete de embarque, podem ser usados para escanear informações armazenadas do cliente. Com os códigos, hackers podem, por exemplo, acessar no site da aérea informações dos próximos voos que o viajante tem marcado (inclusive, com a possibilidade de mudar ou cancelar as passagens seguintes) e informações de cadastro, caso seja frequent flyer da aérea. Além disso, hackers também podem usar os dados do cartão de embarque para obter as informações do passaporte do viajante, além de mudar as senhas de contas on-line.

Um dos códigos acessíveis pelo bilhete de embarque é seu código PNR. "Você imagina que, se elas (aéreas) tratam como uma senha, ela deveria ser secreta como uma senha", afirmou a pesquisadora de segurança Karsten Nohl. "Mas eles não fazem isso, preferem imprimir em tudo que você recebe da companhia. Por exemplo, toda bagagem que você possui tem seu último nome e o código PNR", alerta.

Ainda segundo Karsten, o PNR é usado em acordos de codeshare entre as companhias, o que permite que o acesso à conta de frequent flyer de uma pessoa revele informações associadas às contas deste mesmo cliente em outras aéreas, aumentando ainda mais o quanto um passageiro pode ser prejudicado, caso esse código caia em mãos erradas.

A recomendação, tanto do site quanto da especialista, é jamais divulgar suas passagens nas redes sociais; o ideal, inclusive, é simplesmente destruir o bilhete após o seu uso, rasgando ou picotando, e não simplesmente descartá-lo no lixo.


*Fonte: Krebs on Security

conteúdo original: http://bit.ly/2wKI0lf

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