Beatrice Teizen   |   28/07/2017 09:00

Flapper: conheça a aviação privada premium compartilhada

Como um Uber Black aéreo, realizou seus primeiros voos em julho de 2016 e hoje possui mais de 30 mil usuários cadastrados em seu aplicativo.

Já imaginou reservar apenas um assento em um voo em jato particular para ir a alguma reunião de negócios? Isso é possível com o serviço Flapper, espécie de Uber Black da aviação privada, que realizou seus primeiros voos em julho de 2016 e hoje possui mais de 30 mil usuários cadastrados em seu aplicativo.

A ideia começou a partir de um problema, que era a falta de um serviço premium doméstico. “Fizemos diversas pesquisas e vimos falhas no táxi aéreo brasileiro, como falta de automatização e aeronaves paradas”, conta o CEO e co-fundador da empresa, Paul Malicki.

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Paul Malicki, CEO e co-fundador da Flapper
Paul Malicki, CEO e co-fundador da Flapper
Segundo o executivo, no País, 40% de todos os voos são realizados vazios. Foi daí que pensaram em trazer a eficiência para o serviço, oferecendo-o por um preço muito baixo. O objetivo de Malicki e os outros sócios era democratizar esse mercado.

São duas linhas principais de negócios. Agregar todas as opções de táxi aéreo, criando maior oferta de fretamento, e a de compartilhamento. “Trouxemos a economia compartilhada ao setor de aviação. Conseguimos juntar pessoas que procuram o mesmo trajeto, pelo melhor preço que existe e com acesso a aeroportos, como o de Congonhas, Campo de Marte, Jundiaí e Sorocaba”. A Flapper faz operações em todo o Brasil, focando no Sudeste e com a maior parte das operações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Os preços variam conforme a situação do voo. A empresa já realizou alguns em São Paulo por R$ 200, por exemplo, e o avião foi praticamente vazio. O valor para ir para o Rio de Janeiro costuma ser entre R$ 750 e R$ 850. “O preço é competitivo com a aviação comercial, pois nosso objetivo é um serviço para o público premium, classe média alta”.
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Os aviões mais adequados para o compartilhamento são o King Air B200 e o Pilatus. São aeronaves novas, seguras e com espaço para oito passageiros. Segurança, inclusive, é um ponto importante para a companhia. “Queremos dar aos executivos a opção de voar com mais segurança. Evitamos trabalhar com aviões muito pequenos e com preço muito baixo porque isso classifica como um produto menos seguro. “

PÚBLICO
Por ser um serviço recente, um desafio que os sócios encontram é o de educar o usuário e o mercado em relação à oferta. “Para ele é algo muito novo, precisa saber como funciona, se é seguro. E para as operadoras passamos algo que eles nunca fizeram, que é uma nova forma de distribuição, feita por um aplicativo”, explica.

Apesar de ser uma ótima opção para o viajante corporativo que precisa de voos de última hora ou de mais conforto que uma aeronave particular pode oferecer, o serviço conta, atualmente, com uma boa mistura de usuários. Entre eles, há executivos, pessoas que viajam a lazer e até mesmo estudantes.

Mas o mundo das viagens a negócios está no foco da Flapper. “Nosso objetivo nos próximos meses é o lançamento da ferramenta corporativa, que poderá ser integrada diretamente com as empresas, permitindo a compra por meio de faturas e outros métodos de pagamento. “

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