Renato Machado   |   09/11/2016 14:07

Delta: aviação no Brasil é “bicho estranho”; entenda

“Não existe mais sazonalidade no Brasil”. Foi assim que o gerente geral da Delta Air Lines no Brasil, Luiz Teixeira, abriu o encontro promovido pela aérea em São Paulo, nesta quarta-feira, para dialogar com players do mercado corporativo no Brasil.

Emerson Souza
Luiz Henrique Teixeira, gerente geral da Delta Air Lines no Brasil
Luiz Henrique Teixeira, gerente geral da Delta Air Lines no Brasil
“Não existe mais sazonalidade no Brasil”. Foi assim que o gerente geral da Delta Air Lines no Brasil, Luiz Teixeira, abriu o encontro promovido pela aérea em São Paulo, nesta quarta-feira, para dialogar com players do mercado corporativo brasileiro.

O executivo explicou a firmação, dizendo que “desde a Copa do Mundo, em 2014, o Brasil perdeu o que é alta e o que é baixa estação.” “Antes você tinha gráficos que mostravam quando o corporativo era mais forte, ou então quando era a época para férias. Hoje você não consegue fazer isso”, afirmou.

A aviação no Brasil, que sentiu um efeito retardado da crise econômica no País, viu sua oferta de assentos cair. A porcentagem de redução, na média dos dois dígitos, não preocupa Teixeira no entanto. “Os americanos têm o termo ‘strange animal’ [bicho estranho, em tradução livre] e, pelo bem ou pelo mal, nós somos meio assim. Se na Suíça a oferta cair ou subir 1%, já é um absurdo. Aqui num ano cai 20%, no outro pode subir 30%, mas a manutenção de um mercado sólido é o que prevalece”, explica.

Globalmente, a companhia se apresenta como uma empresa sólida – “estamos bem calçados”, exalta o gerente. “É a companhia a ser espelhada, a ser seguida, em termos de reversão de negócios”, conta, lembrando a profunda crise financeira enfrentada pela Delta na metade da primeira década dos anos 2000. “Não estamos mais comparando a companhia aérea Delta com outras companhias aéreas. Fazemos isso com empresas de outros segmentos, de outras áreas, que tenham as mesmas margens de lucro”, se gabou Teixeira.

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