Felippe Constancio   |   20/12/2016 18:10

Estudo sugere reformulação de políticas para reservas diretas

Publicação lembra que gestores ainda dependem dos relatórios de despesas, o que implica em riscos ao duty of care

Um novo estudo da GBTA que explora prioridades e desafios dos programas de viagem das empresas mostra a importância da reformulação das políticas de viagem quando o assunto é reserva direta. Uma vez que a indústria de viagens evolui em resposta às tecnologias móveis e ao comportamento do viajante corporativo em relação a este processo de compra, travel managers estão descobrindo que precisam aprimorar seus programas de viagem não apenas para controle de custos, mas também para aumentar a visibilidade geral dos custos e das viagens.

Frederico Cintra/Flickr

Quando se trata da efetividade dos programas de viagem, gestores dizem que reservas diretas são o principal desafio. Isso porque elas são cada vez mais frequentes por conta da preferência do viajante corporativo por mais autonomia - e, além disso, cada vez mais fornecedores oferecem incentivos a quem compra diretamente.

Gestores buscam unir tecnologia móvel e processo de compra nas empresas não apenas para melhorar a experiência do viajante, mas também para aumentar a aderência ao compliance. "Mas eles não conseguem atingir seus objetivos referentes a corte de custos e cuidados com o viajante se a compra direta não for processada", lembra a pesquisa.

IMPLICAÇÕES DA RESERVA DIRETA
Gestores concordam que a falta de visibilidade das reservas diretas impactam o duty of care. A vasta maioria (68%) concorda que, em temos de crise, as ferramentas de gestão de viagem tradicionais não conseguem localizar os viajantes que reservaram diretamente no fornecedor. De acordo com a pesquisa, 13% discordam, 8% "discordam de alguma forma", 6% "nem discordam nem concordam" e 5% "concordam parcialmente".


Educar os colaboradores - que geralmente buscam fazer a coisa certa - sobre reservas diretas aumenta a visibilidade dos gastos e ajuda as companhias a economizar dentro de seus limites. Educar, conforme o estudo, pode se referir a orientar acerca dos canais aprovados para compras diretas.

"Compras diretas fora do processo pode fazer com que o viajante perca as taxas e amenidades negociadas previamente, pagando um preço que pode ser mais alto."

O QUE FAZER?
Guiados pela necessidade de controle de gastos não vistos e de ajustes a novas tendências do comportamento do viajante, gestores estão lançando mão de tecnologia para capturar dados de reservas diretas. Alguns têm facilitado o compartilhamento de informações por parte dos viajantes, enquanto outros têm usado sistemas automáticos de captura de dados.

O estudo lembra que outros ainda dependem dos relatórios de despesas, mas por causa do recebimento posterior à viagem, este procedimento implica em riscos ao duty of care.

ALERTA
Por fim, o estudo que considerou a opinião de 11 gestores dos Estados Unidos e Europa lembra que companhias que limitam os canais de compra certamente perdem visibilidade em relação a seus gastos.

"As empresas que continuam limitando os programas de gestão de viagem a canais tradicionais certamente perdem visibilidade, economias e controle sobre os gastos nos canais alternativos. Capturar e gerenciar viagem, não importando onde foi comprada, não é mais opcional para um bom programa de gestão."

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