Nathalia Ribeiro   |   14/10/2021 16:42

Alta de 91,7% no combustível dos aviões pode frear retomada

Apesar da alta dos custos, malha aérea segue crescendo e preços de passagens são inferiores a pré-pandemia

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Apesar da alta dos custos, malha aérea segue crescendo e preços de passagens são inferiores a pré-pandemia
Apesar da alta dos custos, malha aérea segue crescendo e preços de passagens são inferiores a pré-pandemia
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta a escalada do preço do querosene de aviação (QVA), que registrou alta de 91,7% no segundo trimestre deste ano, em relação ao período do ano passado, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A retomada consistente da aviação comercial brasileira também pode estar ameaçada pelos sucessivos recordes de cotação do dólar em relação ao real neste ano, o que vêm pressionando os preços das passagens aéreas.

Apesar desse cenário, nos últimos cinco meses houve crescimento da oferta de voos domésticos e os valores das tarifas aéreas são inferiores aos níveis pré-pandemia. O levantamento mais recente da Anac mostra que a tarifa média aérea doméstica real do segundo trimestre de 2021 registrou queda de 19,98% em comparação com o mesmo trimestre de 2019, período prévio aos impactos da pandemia de covid-19.

O mais recente levantamento da entidade sobre o QAV revela que, no primeiro semestre de 2021, o preço médio do combustível na bomba, no Brasil, foi 24,6% superior do que nos Estados Unidos. Contribuiu para essa distorção o fato de que o Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS. As companhias estrangeiras, por sua vez, não pagam esse imposto para abastecer em território nacional.

“É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares. Um dos pilares da Abear é o alinhamento das regras brasileiras às melhores práticas internacionais para que haja condições de igualdade na competição global que ampliem a eficiência das empresas aéreas brasileiras”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

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