Edmar Bull fala de aquisições, aéreas e de como será 2015
O presidente da Abracorp, Edmar Bull, lidera a segunda Convenção Internacional da entidade, no Chile, com a participação de 27 das 31 associadas. Nesta entrevista ao Portal PANROTAS ele faz um balanço do ano, incluindo a relação com as empresas aéreas, lista prioridades e diz que sua empresa recebeu
SANTIAGO - O presidente da Abracorp, Edmar Bull, lidera a segunda Convenção Internacional da entidade, no Chile, com a participação de 27 das 31 associadas. Nesta entrevista ao Portal PANROTAS ele faz um balanço do ano, incluindo a relação com as empresas aéreas, lista prioridades e diz que sua empresa recebeu proposta para ser vendida.
PORTAL PANROTAS – Alguns classificam o ano como atípico, outros como difícil. Fala-se em crescimento zero, como o País, e até em prejuízos em algumas TMCs. De janeiro a setembro, as vendas das associadas Abracorp cresceram apenas 2%, devido ao efeito Copa. A Abracorp ainda acredita em fechar o ano com crescimento?
EDMAR BULL – Sem dúvida. Tivemos empresas que empataram o ano, muitas cresceram, na média deveremos crescer 6%, ou até mais. O corporativo conseguiu se recuperar. Falamos com as empresas aéreas, que estão com ocupações altas, mais de 80%, o que é bom mas também preocupante.
PP – Por que preocupante?
BULL – Porque uma ocupação alta afeta os horários dos viajantes corporativos. Isso precisa ser preservado. Não sei se as tarifas para se chegar a essa ocupação são de qualidade, mas no corporativo houve aumento da tarifa média.
PP – Quais os grandes desafios para 2015?
BULL – Capacitação, treinamento, tecnologia e integração de sistemas. 2015 promete ser um ano de corte de custos no governo, de crescimento zero novamente, mas as empresas precisam buscar mercado, novos negócios e oportunidades. Para isso, é imprescindível viajar. Vejo um ano bom para o segmento de viagens corporativas e para outros também. Como vimos na apresentação de hoje cedo (da Lerosa) o turismo vai continuar crescendo.
PP – Quando fala de integração de conteúdo e da parte administrativa em viagens corporativas, isso não era para ser assunto que se resolve automaticamente, default, como se fala...
BULL – Sim, mas sempre há novidades e a entrada da Gol, Avianca e Tam no BSP requer integrações com algumas especificidades. Não dá para importar do internacional. E integrar é importante, pois automatizando nossa produtividade aumenta. Há mais qualidade no trabalho de nossos funcionários. O mesmo vale para a hotelaria. O B2B está crescendo, já tem 1,3 mil hotéis e no mês passado as agências Abracorp fizeram oito mil reservas no sistema. Agora é preciso levar os hotéis independentes para a ferramenta. Os benefícios são também do cliente, pois no dia do check-out a TMC consegue ter toda a documentação da hospedagem dele, o que facilita e agiliza os processos seguintes.
PP – A venda direta, ao governo e às empresas, é o grande concorrente das TMCs?
BULL – Não vejo a venda direta como concorrente de uma TMC pois as empresas precisam de gestão de seus orçamentos, processos, políticas de viagem... A venda direta é boa para um passageiro, para uma empresa pequena. Não para contas médias e grandes. Nem para o governo. Não acredito nesse modelo que está sendo testado pelo Ministério do Planejamento, pois nem as empresas aéreas terão capacidade de gerenciar e atender tantos pedidos de mudanças e dúvidas dos clientes que fazem parte do governo, nem a máquina pública vai aguentar essa falta de gestão ou ficar pendurada no 0300 aguardando atendimento.
PP – A Abracorp tem tido bom relacionamento com as aéreas nacionais. Há planos de intensificar a relação com outros segmentos?
BULL – Claro. Nosso foco em 2015 será a locação de veículos, a hotelaria internacional e o setor de transporte para eventos. Precisamos aumentar essas receitas e integrar esses produtos ao dia a dia da TMC.
PP – Falando do dia a dia da entidade. Há planos para que você se candidate à presidência da Abav Nacional?
BULL – Planos não. Há pessoas querendo que eu me candidate, mas é uma decisão que vou tomar mais pra frente.
PP – E novos associados?
BULL – Temos quatro em análise, mas não vemos isso como prioridade, até porque temos um limite e condições que não é qualquer empresa que atinge.
PP – Acredita que haverá mais vendas, fusões e aquisições no setor?
BULL – Sim. Acho que para este ano já está um pouco tarde, mas teremos sim novidades nessas áreas nos próximos meses. É uma tendência.
PP – A Copastur, sua empresa, recebeu propostas para ser comprada?
BULL – Sim, recebemos, mas não há nada de concreto. Tem de ser algo bom para os dois lados e quando falo meu lado quero dizer a minha família. Tivemos a experiência com a Brasil Travel, que infelizmente não saiu e que foi um aprendizado. Se aparecer a proposta certa vamos analisar. Só sei que não deixarei de trabalhar. Está no meu sangue...
O Portal PANROTAS viaja a convite da Abracorp, Latam e Turismo do Chile, com proteção Travel Ace e GTA
PORTAL PANROTAS – Alguns classificam o ano como atípico, outros como difícil. Fala-se em crescimento zero, como o País, e até em prejuízos em algumas TMCs. De janeiro a setembro, as vendas das associadas Abracorp cresceram apenas 2%, devido ao efeito Copa. A Abracorp ainda acredita em fechar o ano com crescimento?
EDMAR BULL – Sem dúvida. Tivemos empresas que empataram o ano, muitas cresceram, na média deveremos crescer 6%, ou até mais. O corporativo conseguiu se recuperar. Falamos com as empresas aéreas, que estão com ocupações altas, mais de 80%, o que é bom mas também preocupante.
PP – Por que preocupante?
BULL – Porque uma ocupação alta afeta os horários dos viajantes corporativos. Isso precisa ser preservado. Não sei se as tarifas para se chegar a essa ocupação são de qualidade, mas no corporativo houve aumento da tarifa média.
PP – Quais os grandes desafios para 2015?
BULL – Capacitação, treinamento, tecnologia e integração de sistemas. 2015 promete ser um ano de corte de custos no governo, de crescimento zero novamente, mas as empresas precisam buscar mercado, novos negócios e oportunidades. Para isso, é imprescindível viajar. Vejo um ano bom para o segmento de viagens corporativas e para outros também. Como vimos na apresentação de hoje cedo (da Lerosa) o turismo vai continuar crescendo.
PP – Quando fala de integração de conteúdo e da parte administrativa em viagens corporativas, isso não era para ser assunto que se resolve automaticamente, default, como se fala...
BULL – Sim, mas sempre há novidades e a entrada da Gol, Avianca e Tam no BSP requer integrações com algumas especificidades. Não dá para importar do internacional. E integrar é importante, pois automatizando nossa produtividade aumenta. Há mais qualidade no trabalho de nossos funcionários. O mesmo vale para a hotelaria. O B2B está crescendo, já tem 1,3 mil hotéis e no mês passado as agências Abracorp fizeram oito mil reservas no sistema. Agora é preciso levar os hotéis independentes para a ferramenta. Os benefícios são também do cliente, pois no dia do check-out a TMC consegue ter toda a documentação da hospedagem dele, o que facilita e agiliza os processos seguintes.
PP – A venda direta, ao governo e às empresas, é o grande concorrente das TMCs?
BULL – Não vejo a venda direta como concorrente de uma TMC pois as empresas precisam de gestão de seus orçamentos, processos, políticas de viagem... A venda direta é boa para um passageiro, para uma empresa pequena. Não para contas médias e grandes. Nem para o governo. Não acredito nesse modelo que está sendo testado pelo Ministério do Planejamento, pois nem as empresas aéreas terão capacidade de gerenciar e atender tantos pedidos de mudanças e dúvidas dos clientes que fazem parte do governo, nem a máquina pública vai aguentar essa falta de gestão ou ficar pendurada no 0300 aguardando atendimento.
PP – A Abracorp tem tido bom relacionamento com as aéreas nacionais. Há planos de intensificar a relação com outros segmentos?
BULL – Claro. Nosso foco em 2015 será a locação de veículos, a hotelaria internacional e o setor de transporte para eventos. Precisamos aumentar essas receitas e integrar esses produtos ao dia a dia da TMC.
PP – Falando do dia a dia da entidade. Há planos para que você se candidate à presidência da Abav Nacional?
BULL – Planos não. Há pessoas querendo que eu me candidate, mas é uma decisão que vou tomar mais pra frente.
PP – E novos associados?
BULL – Temos quatro em análise, mas não vemos isso como prioridade, até porque temos um limite e condições que não é qualquer empresa que atinge.
PP – Acredita que haverá mais vendas, fusões e aquisições no setor?
BULL – Sim. Acho que para este ano já está um pouco tarde, mas teremos sim novidades nessas áreas nos próximos meses. É uma tendência.
PP – A Copastur, sua empresa, recebeu propostas para ser comprada?
BULL – Sim, recebemos, mas não há nada de concreto. Tem de ser algo bom para os dois lados e quando falo meu lado quero dizer a minha família. Tivemos a experiência com a Brasil Travel, que infelizmente não saiu e que foi um aprendizado. Se aparecer a proposta certa vamos analisar. Só sei que não deixarei de trabalhar. Está no meu sangue...
O Portal PANROTAS viaja a convite da Abracorp, Latam e Turismo do Chile, com proteção Travel Ace e GTA