Biaphra Galeno   |   11/02/2014 15:14

Como ficam as TMCs com a chegada do open booking?

O open booking, prática na qual o executivo “monta” a própria viagem independentemente das políticas da empresa, é como uma nuvem distante que tem se aproximado do território corporativo gradativamente.

O open booking, prática na qual o executivo “monta” a própria viagem independentemente das políticas da empresa, é como uma nuvem distante que tem se aproximado do território corporativo gradativamente. Uns dizem que a tal ela trará sombra; outros, chuvas torrenciais; muitos ainda não têm opinião formada. Com o objetivo de clarear algumas questões do tema, que é polêmico, a organização do Lacte realizou um painel que relaciona a chegada desta modalidade e o papel da TMC.

O moderador da sessão foi o diretor do Hotel.Info e Grupo HRS, Mathias Warns, que contou com a participação do gerente de Vendas e Publicidade da Best Western, Matt Teixeira; da diretora global de Viagens e Eventos da Accenture, Mary Bastrentaz; do vice-presidente de Soluções Corporativas do Sabre, Kyle Moore; e do vice-presidente da Abracorp, Rubens Schwartzmann, que também atua na Costa Brava.

O assunto é polêmico porque deixa na mão do executivo o poder de gerenciamento de sua viagem, sendo que pode escolher os melhores horários de voo, hotéis próximos ao centro de eventos, entre outras “facilidades”, que podem não ser, necessariamente, mais baratas para a companhia. Warns apresentou um estudo realizado pela CWT no qual 63% dos executivos que montaram suas viagens fora da política da empresa seguindo estes preceitos. Por outro lado, 33% das pessoas que responderam a pesquisa disseram que optaram por não seguir a política de viagem da empresa porque encontraram preços mais atrativos.

Em sua participação, Mary disse que o open booking é uma realidade e o melhor a fazer é lidar com ele. “Não deveríamos pensar em questões como ‘aberto’ ou ‘fechado’, e sim em viagens gerenciadas ou não gerenciadas”, disse ela, que continuou: “a tecnologia será imprescindível para comunicar as duas modalidades”.

Schwartzmann, por sua vez, citou uma pesquisa, também da CWT, em que 87% dos executivos optaram por não utilizar o open booking e suscitou o surgimento da modalidade. “O open booking surgiu por dois motivos: as lacunas das políticas de viagens e o executivo jovem, que procura algo diferente do que está estabelecido. Uma coisa é você aplicar esta modalidade em uma empresa em que há quatro viajantes frequentes; outra é ficar sem controle sobre centenas deles.”

VANTAGENS
O consenso da apresentação foi que, independentemente da chegada do open booking, o papel da TMC – assim como diversos especialistas falam das agências de viagens em geral, com suas particularidades – é o do gerenciamento da viagem como um todo. A questão da segurança, principalmente em relação à localização do viajante torna-se um dos expoentes a favor das TMCs, pelo menos de acordo com a apresentação.

Outro ponto abordado por Teixeira também foi destacado, no que tange aos imprevistos, comuns nas viagens corporativas. “Quando eu ligo para alguém, eu quero resolver um problema. Porém, as chances de ter êxito em uma OTA são menores do que em uma TMC.”

Foto: Biaphra Galeno

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