EXCLUSIVO: Vale contrata Reserve para cortar custos
Vale utilizará sistema Reserve para integração e gestão de viagens
A Vale (novo nome da Companhia Vale do Rio Doce) assinou contrato com o Reserve, sistema integrado de atendimento, reservas e gestão de viagens corporativas, com objetivo de controlar o gigantesco orçamento de viagens da companhia. A estimativa das duas empresas é que a Vale vá obter economia entre 8% e 18% em seus custos globais de viagens.
Após uma RFP que durou nove meses, em que a mineradora estudou o mercado, pesquisou os sistemas disponíveis, incluindo benchmark com empresas que já utilizam este tipo de tecnologia, a Vale decidiu contratar o Reserve, que já tem HSBC, Accenture, Cargill Agrícola, Saint-Gobain e Yara Brasil entre seus licenciados diretos, além de mais 1,2 mil empresas, como Carrefour, Globo.com e Goodyear, além de órgãos de governo, como Anvisa, TCU, STF e Ministério da Saúde, que são usuários do sistema por meio de 30 agências de viagens corporativas que atendem essas contas e utilizam o Reserve.
O contrato inclui um grande pacote de customizações, que são configurações do sistema às necessidades do cliente e interfaces para integração com os sistemas internos da companhia. A fase de desenvolvimento deste pacote e a implementação do sistema, incluindo treinamento inicial, está prevista de ser concluída até setembro, embora o sistema Reserve da Vale já esteja disponível para uso em ambientes de produção, homologação e testes.
O Portal PANROTAS ouviu os diretores do Reserve, Luís Fernando e Solange Vabo, sobre a assinatura do que está sendo considerado “o maior contrato de tecnologia de gestão de viagens para um único cliente”, no Brasil.
PORTAL PANROTAS — O Reserve vem investindo desde meados do ano passado, justamente no período em que a crise se estabeleceu e muita gente recuou. O contrato com a Vale já era uma aposta?
LUÍS VABO — Fizemos a ampliação de nosso novo escritório matriz, tornando-o maior e mais moderno, para comportar o crescimento de nossa equipe, junto com a ampliação de nossa estrutura de data center, para permitir a expansão do sistema e a adesão de novos licenciados, com a mesma confiabilidade, velocidade e segurança de sempre. Nossa negociação com a Vale é anterior à crise, mas acho que o contrato vem premiar nosso esforço e confiança na economia brasileira, bem como os objetivos da Vale de mais bem gerenciar suas despesas de viagens.
PP — O Reserve está preparado para esta nova realidade, que virá com todo o volume de viagens da Vale?
SOLANGE VABO — Estamos prontos. A área de TI foi estruturada em três novos departamentos (Tecnologia, Desenvolvimento e Projetos) e a área comercial também será apoiada por outros três (Operações, Relacionamento e Produtos). Dobramos a equipe e contratamos verdadeiros especialistas. Nossas operações já contam com uma área técnica exclusivamente para atendimento às demandas de nossos clientes, bem como a área de produtos fará a interface comercial e de análise técnica com nossos sistemas parceiros. O novo Departamento de Projetos é o responsável pelo gerenciamento da fase de desenvolvimento das customizações contratadas pela Vale e por sua implementação.
PP — A Vale utilizará o mesmo sistema Reserve de todos os outros licenciados?
LV — Sem dúvida. A Vale não aceitaria um sistema que fosse diferente do que é utilizado pelos nossos clientes e que aglutina a experiência de todos eles. A intenção é justamente aproveitar esta experiência que somente os sistemas bem utilizados podem oferecer. Somente em 2008, foram dois milhões de transações, ou seja, dois milhões de acertos e de oportunidades de melhoria.
PP — Mas o que foi criado especialmente para a Vale, já que se trata de um cliente mais robusto e com necessidades especiais?
LV — Não apenas a Vale, mas todo licenciado acaba por solicitar algumas customizações, coisas específicas do interesse somente dele ou que pode até ser utilizado por outros licenciados. No caso da Vale, pelo tamanho do projeto, foi negociado um grande pacote de customizações, face às integrações com sistemas ERPs e outras especificidades e exigências, compreensíveis devido ao porte da companhia.
PP — Com a entrada da Vale como fica o cronograma do Reserve V3 ou a internacionalização do sistema, ambos previstos para este ano?
SV — Teremos que acelerar nosso projeto de internacionalização, visando inclusive ao atendimento das empresas que fazem parte do Grupo Vale e que estão fora da América Latina. Devemos cumprir nosso cronograma de implantar a versão beta do Reserve V3 na Argentina ainda em junho, ou seja, cumprindo as duas metas já no meio deste ano.
PP — E a diversificação de produtos? O Reserve estaria desenvolvendo um hosting para companhias aéreas e uma solução de pagamentos para hotelaria?
LV — Estamos bem atentos às demandas do nosso mercado. Somos especialistas em soluções para viagens corporativas. Este é o nosso negócio. Se percebermos que o mercado está demandando esses produtos, poderemos desenvolver alguma coisa nesta área. Vai depender de haver demanda.
PP — Num cenário em que vários "players" tecnológicos importantes estão se aliando, o Reserve segue independente?
SV — Acompanhamos de perto a movimentação dos fornecedores de tecnologia para viagens corporativas no Brasil. Entendemos que nós já estamos aliados com diversas empresas, uma vez que integramos os sistemas das 13 principais empresas aéreas nacionais, três GDSs e dois sistemas de hotéis. Todos são nossos parceiros e fortes aliados e, mais do que isso, são parceiros dos mais de 600 mil funcionários das cerca de 1,2 mil empresas que utilizam o sistema Reserve. Por isso, apesar de ainda termos muito trabalho pela frente em 2009, nós já estamos pensando em 2010.
Após uma RFP que durou nove meses, em que a mineradora estudou o mercado, pesquisou os sistemas disponíveis, incluindo benchmark com empresas que já utilizam este tipo de tecnologia, a Vale decidiu contratar o Reserve, que já tem HSBC, Accenture, Cargill Agrícola, Saint-Gobain e Yara Brasil entre seus licenciados diretos, além de mais 1,2 mil empresas, como Carrefour, Globo.com e Goodyear, além de órgãos de governo, como Anvisa, TCU, STF e Ministério da Saúde, que são usuários do sistema por meio de 30 agências de viagens corporativas que atendem essas contas e utilizam o Reserve.
O contrato inclui um grande pacote de customizações, que são configurações do sistema às necessidades do cliente e interfaces para integração com os sistemas internos da companhia. A fase de desenvolvimento deste pacote e a implementação do sistema, incluindo treinamento inicial, está prevista de ser concluída até setembro, embora o sistema Reserve da Vale já esteja disponível para uso em ambientes de produção, homologação e testes.
O Portal PANROTAS ouviu os diretores do Reserve, Luís Fernando e Solange Vabo, sobre a assinatura do que está sendo considerado “o maior contrato de tecnologia de gestão de viagens para um único cliente”, no Brasil.
PORTAL PANROTAS — O Reserve vem investindo desde meados do ano passado, justamente no período em que a crise se estabeleceu e muita gente recuou. O contrato com a Vale já era uma aposta?
LUÍS VABO — Fizemos a ampliação de nosso novo escritório matriz, tornando-o maior e mais moderno, para comportar o crescimento de nossa equipe, junto com a ampliação de nossa estrutura de data center, para permitir a expansão do sistema e a adesão de novos licenciados, com a mesma confiabilidade, velocidade e segurança de sempre. Nossa negociação com a Vale é anterior à crise, mas acho que o contrato vem premiar nosso esforço e confiança na economia brasileira, bem como os objetivos da Vale de mais bem gerenciar suas despesas de viagens.
PP — O Reserve está preparado para esta nova realidade, que virá com todo o volume de viagens da Vale?
SOLANGE VABO — Estamos prontos. A área de TI foi estruturada em três novos departamentos (Tecnologia, Desenvolvimento e Projetos) e a área comercial também será apoiada por outros três (Operações, Relacionamento e Produtos). Dobramos a equipe e contratamos verdadeiros especialistas. Nossas operações já contam com uma área técnica exclusivamente para atendimento às demandas de nossos clientes, bem como a área de produtos fará a interface comercial e de análise técnica com nossos sistemas parceiros. O novo Departamento de Projetos é o responsável pelo gerenciamento da fase de desenvolvimento das customizações contratadas pela Vale e por sua implementação.
PP — A Vale utilizará o mesmo sistema Reserve de todos os outros licenciados?
LV — Sem dúvida. A Vale não aceitaria um sistema que fosse diferente do que é utilizado pelos nossos clientes e que aglutina a experiência de todos eles. A intenção é justamente aproveitar esta experiência que somente os sistemas bem utilizados podem oferecer. Somente em 2008, foram dois milhões de transações, ou seja, dois milhões de acertos e de oportunidades de melhoria.
PP — Mas o que foi criado especialmente para a Vale, já que se trata de um cliente mais robusto e com necessidades especiais?
LV — Não apenas a Vale, mas todo licenciado acaba por solicitar algumas customizações, coisas específicas do interesse somente dele ou que pode até ser utilizado por outros licenciados. No caso da Vale, pelo tamanho do projeto, foi negociado um grande pacote de customizações, face às integrações com sistemas ERPs e outras especificidades e exigências, compreensíveis devido ao porte da companhia.
PP — Com a entrada da Vale como fica o cronograma do Reserve V3 ou a internacionalização do sistema, ambos previstos para este ano?
SV — Teremos que acelerar nosso projeto de internacionalização, visando inclusive ao atendimento das empresas que fazem parte do Grupo Vale e que estão fora da América Latina. Devemos cumprir nosso cronograma de implantar a versão beta do Reserve V3 na Argentina ainda em junho, ou seja, cumprindo as duas metas já no meio deste ano.
PP — E a diversificação de produtos? O Reserve estaria desenvolvendo um hosting para companhias aéreas e uma solução de pagamentos para hotelaria?
LV — Estamos bem atentos às demandas do nosso mercado. Somos especialistas em soluções para viagens corporativas. Este é o nosso negócio. Se percebermos que o mercado está demandando esses produtos, poderemos desenvolver alguma coisa nesta área. Vai depender de haver demanda.
PP — Num cenário em que vários "players" tecnológicos importantes estão se aliando, o Reserve segue independente?
SV — Acompanhamos de perto a movimentação dos fornecedores de tecnologia para viagens corporativas no Brasil. Entendemos que nós já estamos aliados com diversas empresas, uma vez que integramos os sistemas das 13 principais empresas aéreas nacionais, três GDSs e dois sistemas de hotéis. Todos são nossos parceiros e fortes aliados e, mais do que isso, são parceiros dos mais de 600 mil funcionários das cerca de 1,2 mil empresas que utilizam o sistema Reserve. Por isso, apesar de ainda termos muito trabalho pela frente em 2009, nós já estamos pensando em 2010.