Renato Machado   |   05/12/2016 17:11

Como as novas tribos de viajantes vão lidar com aeroportos

A Amadeus realizou um estudo mostrando como seis tribos de viajantes podem remodelar todo o segmento da indústria do Turismo pelo viés do marketing. O Future Traveller Tribes 2030: Beyond Air fez análises com grupos, apelidando-os de “buscadores de simplicidade”, &a

Reprodução/Amadeus

A Amadeus realizou um estudo mostrando como seis tribos de viajantes podem remodelar todo o segmento da indústria do Turismo pelo viés do marketing. O Future Traveller Tribes 2030: Beyond Air fez análises com grupos, apelidando-os de “buscadores de simplicidade”, “puristas culturais”, “buscadores de capital social”, “caçadores de recompensas”, “viajantes éticos” e “viajantes por obrigação”.

Tendo a tecnologia como ponto central da análise, o relatório buscou mostrar, diante dos diversos mercados dentro do Turismo, como a tendência dos negócios é cada vez mais atingir especificidades dos grupos perfilados acima, que se movem por meio da segmentação geográfica e socioeconômica.

As variantes locais que prevalecem em cada um dos grupos demonstram “uma necessidade das marcas de ver as tribos como um ponto complementar em sua busca pelo entendimento aprofundado do viajante”. “Não importa se você opera uma cadeia de hotéis, dirige uma agência de viagens ou gerencia um aeroporto – todos os atores do mercado visam segmentar os viajantes com o intuito de promover uma experiência mais atraente e angariar lucros adicionais”, explica o relatório.

Confira abaixo o artigo completo assinado por Gustavo Murad, diretor de Negócios para Cias Aéreas e Aeroportos da Amadeus América Latina.

Como as tribos de viajantes de 2030 vão encarar os aeroportos

Os viajantes esperam ser informados, estar conectados e seguros, especialmente quando estão no aeroporto. Essas expectativas continuam crescendo e, nossa última pesquisa: Future Traveller Tribes 2030: Beyond Air Travel, revela como seis tribos de viajantes podem remodelar todos os segmentos da indústria, incluindo aeroportos.

Por uma razão ou outra, variando de frustrantes filas de segurança a garrafas de água com preços exorbitantes, os viajantes parecem temer a experiência em aeroportos. Contudo, há oportunidades para os operadores dos aeroportos mudarem essas percepções. Aqui estão algumas ideias a serem consideradas:

Buscadores de Simplicidade: Esta tribo quer ser conduzida pelo aeroporto pelos seus smartphones e não aceita ser um canal para mensagens de marketing das lojas de duty-free. Esta tribo espera receber instruções em seu idioma nativo – em especial para novos viajantes de mercados emergentes. Aeroportos com sinalização digital adequada, ou que ofereçam aplicativos de tradução, podem manter as coisas simples e agradá-los.

Puristas Culturais: Esta tribo tem uma abordagem funcional para a experiência em aeroportos e pode até procurar pontos de embarque e desembarque menores ou menos comerciais para evitar a multidão. Como estão interessados em explorar atrações menos conhecidas, são mais receptivos a um tom mais informal e alternativo em mensagens de marketing.

Buscadores de Capital Social: Uma disposição para compartilhar dados pessoais faz desta tribo o sonho dos marqueteiros. Eles são altamente receptivos a mensagens de marketing, contanto que elas sejam relevantes. Operadores de aeroportos e seus parceiros também podem se beneficiar do fato de que esta tribo está sempre conectada, disponível e digitalmente receptiva.

Caçadores de Recompensas: A experiência em aeroportos exigida pelos Caçadores de Recompensas é um nível de serviço VIP, evitando as filas de segurança usuais, procedimentos de check-in e espera no portão de embarque. Eles querem ganhar tempo ao passar pelo aeroporto e chegar ao avião sem dificuldades.

Os aeroportos já oferecem alguns desses serviços para a realezas e celebridades. Os Caçadores de Recompensas esperam ser tratados da mesma forma e pagarão por esse privilégio.

Viajantes por Obrigação: O aeroporto é um elemento funcional de suas viagens e esta tribo, provavelmente, inclui viajantes experientes. Eles irão esperar que iniciativas, tais como esquema do US Trusted Traveller (Viajante de Confiança dos EUA), sejam implantadas ao redor do globo.

Check-in facilitado também é uma necessidade. Alguns aeroportos testaram check-in por Bluetooth baseados em localização. Esquemas similares precisam ser lançados mais amplamente para esta tribo.

Viajantes Éticos: Os Viajantes Éticos gostam de saber que suas opções de viagem são as mais sustentáveis possíveis. Para atender às expectativas e necessidades desta tribo, os aeroportos devem dar passos transparentes para reduzir, tanto quanto possível, quaisquer efeitos negativos ao meio-ambiente causados por suas operações – e que eles comuniquem esses esforços efetivamente para os viajantes. Fazendo isso, serão capazes de fornecer uma oferta significativa para eles.

Na América Latina, temos um nível intermediário de desenvolvimento da estrutura aeroportuária, o que traz tanto um senso de urgência por adequações quanto a oportunidade de moldar suas experiências aeroportuárias próprias, sem necessariamente importá-las de outras culturas. Trata-se de um mercado relativamente imaturo, com grande potencial de crescimento, e isso significa que os aeroportos precisam lidar melhor com novos usuários que cada vez mais adotam o transporte aéreo. Contudo, as seis tribos acima terão que ser atendidas em qualquer canto do mundo para um aeroporto se tornar cada vez mais o que deve ser: um espaço de boas expectativas, e não um martírio.

Para saber mais sobre como estes segmentos de viajantes irão impactar a indústria de viagens, leia o relatório completo Future Traveller Tribes 2030: Beyond Air Travel (disponível apenas em inglês).

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