Economia global terá impacto de US$ 1 trilhão com IoT

Após uma ampla pesquisa sobre a Transformação Digital na região da América Latina e Caribe, conduzida pela Frost & Sullivan, a Progress anunciou as primeiras conclusões. O levantamento apresentou um estudo sobre as principais tecnologias disruptivas e fez recomendações sobre como escolher a melhor estratégia para a transformação digital.

De acordo com o relatório, a transformação se tornou um elemento crítico no mundo corporativo, que já atinge a maioria dos setores e que deve mudar a face da economia global ainda mais durante a próxima década. O avanço se deu, sobretudo, por conta da rápida ascensão da análise de Big Data e da computação em nuvem e o recente surgimento da Internet das Coisas (IoT, internet of things em inglês).

Apenas 8% das 507 empresas ouvidas no levantamento afirmaram que ainda não faziam uso de nuvens. Além disso, com o avanço da análise de Big Data e do amplo fluxo de aplicações empresariais, a produção de dados corresponde a números nunca antes vistos e processados. A estimativa é de que 90% deles foram gerados nos dois últimos anos, em todo o mundo, e a expectativa é de que, no futuro, 90% dos dados do mundo sejam criados em um espaço de meses ou até mesmo de dias.

A transformação digital, aliás, em muito contribui para a abertura de novas oportunidades no mercado. A IoT, que visa conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores, por exemplo, deve ultrapassar US$ 1 trilhão em receitas da economia global. Ao mesmo tempo, ainda segundo o relatório, apenas 7% das empresas latino-americanas estão de fato fazendo uso da Internet das Coisas, enquanto 44% dizem que ainda estão "observando e aprendendo".

"Hoje, a confluência dessas novas tecnologias tem inegavelmente mudado muitos negócios e mercados. Seu impacto é mais visível quando analisamos os motivos por trás do sucesso das empresas disruptivas de hoje que nasceram digitais e cujos negócios baseiam-se inteiramente nas tecnologias e aplicações de nuvem. E os efeitos desta nova realidade digital não pouparam nenhum setor ou empresa, incluindo aquelas tradicionais que já estão sendo afetadas pela digitalização e os novos modelos comportamentais da geração Y, nascida na era digital. Esses novos clientes esperam um novo tipo de serviço e de experiência, no qual interações rápidas, dinâmicas e personalizadas com eles é a regra, e não a exceção", disse o vice-presidente da Progress para a América Latina e Caribe, Matthew Gharegozlou.

A recomendação para o alcance do sucesso tem por foco tanto o ambiente interno quanto o externo das companhias. É preciso, de acordo com o estudo, desenvolver a estratégia e o roteiro para a transformação digital, escolhendo os melhores parceiros com expertises globais e locais, investindo e desenvolvendo os talentos certos.

Embora a transformação digital não dependa exclusivamente da tecnologia, TI ainda é uma parte importante da estratégia. O sucesso nesta área não depende de se concentrar em oferecer soluções para problemas específicos, mas de integrar os vários aspectos das tecnologias digitais em uma única estratégia coerente de transformação dos negócios.