Megaeventos podem ser elevador para o receptivo
A Olimpíada de Londres, que começa na sexta-feira, é emblemática para o Brasil, pois a seguinte, em 2016, é a do Rio de Janeiro. O presidente da Embratur, Flávio Dino, conta abaixo como o Brasil vai se mostrar ao mundo durante o evento londrino
A Olimpíada de Londres, que começa na sexta-feira, é emblemática para o Brasil, pois a seguinte, em 2016, é a do Rio de Janeiro. O presidente da Embratur, Flávio Dino, conta abaixo como o Brasil vai se mostrar ao mundo durante o evento londrino e as oportunidades que virão com os grandes eventos esportivos que receberemos. Segundo Dino, enquanto o turismo emissivo sobe de elevador no Brasil, o receptivo está subindo de escada. Mas Dino acredita que os megaeventos que vêm por aí podem funcionar como um elevador para a recepção de estrangeiros.
"O MUNDO SE ENCONTRA NO BRASIL
Nesta semana, acompanharei a presidenta Dilma em sua viagem a Londres, por ocasião do inícidos Jogos Olímpicos. As Olimpíadas deste ano serão o último megaevento esportivo antes da Copa das Confederações de 2013, que já se realizará no Brasil, dando sequência à série de grandes eventos que iniciou com a Rio+20 em junho último.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, contribuiu para que o Brasil tivesse um recorde de desembarques internacionais para o mês de junho – quando o encontro ocorreu. Além disso, somente nos quatro dias de eventos oficiais os participantes credenciados deixaram na economia do Rio cerca de R$ 68 milhões.
Na Embratur, encomendei uma pesquisa de opinião com os estrangeiros que estiveram na Rio+20. Os resultados me surpreenderam positivamente. Mais da metade dos entrevistados estavam no Brasil pela primeira vez e quase todos – 97% deles – manifestaram desejo de voltar ao País. Ou seja, os megaeventos renovam o público de turistas que o país recebe. Mais: para 59% dos entrevistados, a viagem para a Rio+20 melhorou a imagem que tinham do Brasil. À percepção de um país de “pessoas simpáticas” e “paisagens bonitas”, foi acrescida a ideia de um país que “está se desenvolvendo”.
Essa melhoria de percepção do País, obviamente, reflete-se no conteúdo dos milhares de reportagens sobre o Brasil que foram divulgadas no Exterior e também na narrativa de milhares de delegados do evento, que falaram do nosso país ao retornarem às suas casas nos quatro cantos do planeta.
Esses números justificam o investimento político que o governo federal está fazendo com o lançamento, em Londres, da campanha mundial que divulgará o Brasil pelos próximos dois anos. As imagens mostrarão um país marcado pela característica que, segundo todas as pesquisas que fizemos na Embratur, mais chama a atenção do turista estrangeiro: a alegria e receptividade de nosso povo. Na campanha, destacaremos intensamente os elementos da diversidade cultural de nosso povo, que simbolizam esse jeito de ser.
Ainda em Londres, faremos, em parceria com os ministérios do Esporte, das Relações Exteriores e do Turismo, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a exposição Brazil at Heart (Brasil no Coração). O objetivo é mostrar a criatividade brasileira em várias áreas, como cultura, esporte e ciências. É uma forma de diversificar a imagem do Brasil, aumentando, assim, o interesse dos estrangeiros em visitar e conhecer nosso País.
Além da exposição na embaixada, o Brasil poderá ser visto em várias partes de Londres. Peças publicitárias com imagens de destinos brasileiros serão adesivadas em ônibus, táxis, paradas de ônibus e serão publicadas em jornais londrinos.
São ações que o Ministério do Turismo e a Embratur farão, em parceria com os demais órgãos de governo mencionados, com o objetivo de antecipar para 2017 a meta que está traçada para 2020, de recebermos dez milhões de turistas estrangeiros por ano. Nos últimos anos, graças à melhoria de renda do nosso povo, o brasileiro tem tido mais chance de viajar ao Exterior. Com isso, nosso turismo emissivo – ou seja, os turistas que enviamos ao Exterior – tem subido de elevador, enquanto o turismo receptivo – entrada de turistas estrangeiros – tem subido de escada.
Os megaeventos são como a chance de um elevador para fazer crescer também exponencialmente a recepção de turistas. E com esse crescimento, teremos mais emprego e renda para os brasileiros, gerados por uma cadeia produtiva de crescente relevância: o turismo.
Flavio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal"
"O MUNDO SE ENCONTRA NO BRASIL
Nesta semana, acompanharei a presidenta Dilma em sua viagem a Londres, por ocasião do inícidos Jogos Olímpicos. As Olimpíadas deste ano serão o último megaevento esportivo antes da Copa das Confederações de 2013, que já se realizará no Brasil, dando sequência à série de grandes eventos que iniciou com a Rio+20 em junho último.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, contribuiu para que o Brasil tivesse um recorde de desembarques internacionais para o mês de junho – quando o encontro ocorreu. Além disso, somente nos quatro dias de eventos oficiais os participantes credenciados deixaram na economia do Rio cerca de R$ 68 milhões.
Na Embratur, encomendei uma pesquisa de opinião com os estrangeiros que estiveram na Rio+20. Os resultados me surpreenderam positivamente. Mais da metade dos entrevistados estavam no Brasil pela primeira vez e quase todos – 97% deles – manifestaram desejo de voltar ao País. Ou seja, os megaeventos renovam o público de turistas que o país recebe. Mais: para 59% dos entrevistados, a viagem para a Rio+20 melhorou a imagem que tinham do Brasil. À percepção de um país de “pessoas simpáticas” e “paisagens bonitas”, foi acrescida a ideia de um país que “está se desenvolvendo”.
Essa melhoria de percepção do País, obviamente, reflete-se no conteúdo dos milhares de reportagens sobre o Brasil que foram divulgadas no Exterior e também na narrativa de milhares de delegados do evento, que falaram do nosso país ao retornarem às suas casas nos quatro cantos do planeta.
Esses números justificam o investimento político que o governo federal está fazendo com o lançamento, em Londres, da campanha mundial que divulgará o Brasil pelos próximos dois anos. As imagens mostrarão um país marcado pela característica que, segundo todas as pesquisas que fizemos na Embratur, mais chama a atenção do turista estrangeiro: a alegria e receptividade de nosso povo. Na campanha, destacaremos intensamente os elementos da diversidade cultural de nosso povo, que simbolizam esse jeito de ser.
Ainda em Londres, faremos, em parceria com os ministérios do Esporte, das Relações Exteriores e do Turismo, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a exposição Brazil at Heart (Brasil no Coração). O objetivo é mostrar a criatividade brasileira em várias áreas, como cultura, esporte e ciências. É uma forma de diversificar a imagem do Brasil, aumentando, assim, o interesse dos estrangeiros em visitar e conhecer nosso País.
Além da exposição na embaixada, o Brasil poderá ser visto em várias partes de Londres. Peças publicitárias com imagens de destinos brasileiros serão adesivadas em ônibus, táxis, paradas de ônibus e serão publicadas em jornais londrinos.
São ações que o Ministério do Turismo e a Embratur farão, em parceria com os demais órgãos de governo mencionados, com o objetivo de antecipar para 2017 a meta que está traçada para 2020, de recebermos dez milhões de turistas estrangeiros por ano. Nos últimos anos, graças à melhoria de renda do nosso povo, o brasileiro tem tido mais chance de viajar ao Exterior. Com isso, nosso turismo emissivo – ou seja, os turistas que enviamos ao Exterior – tem subido de elevador, enquanto o turismo receptivo – entrada de turistas estrangeiros – tem subido de escada.
Os megaeventos são como a chance de um elevador para fazer crescer também exponencialmente a recepção de turistas. E com esse crescimento, teremos mais emprego e renda para os brasileiros, gerados por uma cadeia produtiva de crescente relevância: o turismo.
Flavio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal"