Seminário debate instalação de hub da Latam no RN
Realizado ontem em Natal, o seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte teve como debate principal a possível instalação do hub da Latam no Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
NATAL - Realizado ontem em Natal, o seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte teve como debate principal a possível instalação do hub da Latam no Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Com o tema “Perspectivas e Desafios para o Turismo do RN”, o evento teve a participação, entre outros, do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves; do governador do RN, Robinson Faria; e dos prefeitos de Natal, Carlos Eduardo Alves; e de São Gonçalo do Amarante (município onde fica o aeroporto), Jaime Calado.
A palestra do ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, intitulada “Turismo como negócio: perspectivas e desafios do setor no contexto econômico nacional”, insinuou que a natureza do problema econômico do Brasil é doméstico, e não mundial. Para ele, o Brasil tem perdido muito economicamente. "De 2007 a 2010, o mundo crescia 3,5% ao ano e o Brasil crescia 4,5%. Nos últimos quatro anos, o Brasil cresceu 2% frente aos 4,5% do mundo. Não houve qualquer desaceleração da economia mundial.
Segundo ele, a indústria é o setor mais sensível ao reajuste de impostos e serviços, como a energia elétrica. O economista projeta uma retração no Produto Interno Bruto brasileiro de até 2%. Neste cenário de ajustes fiscais, a recuperação só será iniciada no ano que vem. “Há possibilidade de recuperação, mas algo para 2016 ou 2017. Neste ano caminhamos para uma contração”, analisou Schwartsman.
DOIS GARGALOS
O segundo palestrante do seminário foi o diretor do Aeroporto de Brasília, José Luis Menghini. O equipamento também é administrado pelo Consórcio Inframérica, responsável pelo aeroporto da Grande Natal. Ele acredita que o Rio Grande do Norte tem força para disputar o hub da Latam com os aeroportos de Recife e Fortaleza.
“O consórcio já possui planos de expansão para o terminal Aluízio Alves, o que contribuiria com as negociações junto à companhia. Temos também possibilidade de aumentar o número de fingers" enfatiza Menghini. Além disso, diz ele, um dos diferenciais do terminal é a capacidade de expansão da área interna, que pode chegar a 70 milhões de passageiros/ano e receber até 30 pousos e decolagens por hora. É a maior capacidade entre os terminais do Nordeste, ainda segundo o diretor.
Para ele, porém, o Rio Grande do Norte precisa resolver duas pendências: a finalização dos acessos ao terminal ou a construção de uma alternativa ferroviária; e o número baixo de passageiros com destino final para Natal. "Há grande capacidade hoteleira e de atrações turísticas, mas que hoje estão isoladas e precisam ser interligadas. Precisamos de sinergia entre companhias aéreas, aeroporto e setor turístico", pontuou.
QAV MENOR
O diretor de Produtos Nacionais da CVC, Claiton Armelin, encerrou o evento com a palestra "O destino Natal, diferenciais e gargalos como produto turístico”. O executivo anunciou a meta de aumentar em 50 mil o número de passageiros para o RN em 2015 e avaliou os primeiros resultados no desempenho das operações da CVC em Natal depois da redução da alíquota do ICMS do QAV, anunciada em fevereiro.
CVC revela destinos mais vendidos
“No primeiro trimestre, a participação do Estado cresceu de 12% em 2014 para 14% em 2015. Este já é um reflexo da medida acertada tomada pelo Governo do Estado em reduzir a alíquota do ICMS do QAV”, explicou.
Veja mais fotos no álbum abaixo.
A palestra do ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, intitulada “Turismo como negócio: perspectivas e desafios do setor no contexto econômico nacional”, insinuou que a natureza do problema econômico do Brasil é doméstico, e não mundial. Para ele, o Brasil tem perdido muito economicamente. "De 2007 a 2010, o mundo crescia 3,5% ao ano e o Brasil crescia 4,5%. Nos últimos quatro anos, o Brasil cresceu 2% frente aos 4,5% do mundo. Não houve qualquer desaceleração da economia mundial.
Segundo ele, a indústria é o setor mais sensível ao reajuste de impostos e serviços, como a energia elétrica. O economista projeta uma retração no Produto Interno Bruto brasileiro de até 2%. Neste cenário de ajustes fiscais, a recuperação só será iniciada no ano que vem. “Há possibilidade de recuperação, mas algo para 2016 ou 2017. Neste ano caminhamos para uma contração”, analisou Schwartsman.
DOIS GARGALOS
O segundo palestrante do seminário foi o diretor do Aeroporto de Brasília, José Luis Menghini. O equipamento também é administrado pelo Consórcio Inframérica, responsável pelo aeroporto da Grande Natal. Ele acredita que o Rio Grande do Norte tem força para disputar o hub da Latam com os aeroportos de Recife e Fortaleza.
“O consórcio já possui planos de expansão para o terminal Aluízio Alves, o que contribuiria com as negociações junto à companhia. Temos também possibilidade de aumentar o número de fingers" enfatiza Menghini. Além disso, diz ele, um dos diferenciais do terminal é a capacidade de expansão da área interna, que pode chegar a 70 milhões de passageiros/ano e receber até 30 pousos e decolagens por hora. É a maior capacidade entre os terminais do Nordeste, ainda segundo o diretor.
Para ele, porém, o Rio Grande do Norte precisa resolver duas pendências: a finalização dos acessos ao terminal ou a construção de uma alternativa ferroviária; e o número baixo de passageiros com destino final para Natal. "Há grande capacidade hoteleira e de atrações turísticas, mas que hoje estão isoladas e precisam ser interligadas. Precisamos de sinergia entre companhias aéreas, aeroporto e setor turístico", pontuou.
QAV MENOR
O diretor de Produtos Nacionais da CVC, Claiton Armelin, encerrou o evento com a palestra "O destino Natal, diferenciais e gargalos como produto turístico”. O executivo anunciou a meta de aumentar em 50 mil o número de passageiros para o RN em 2015 e avaliou os primeiros resultados no desempenho das operações da CVC em Natal depois da redução da alíquota do ICMS do QAV, anunciada em fevereiro.
CVC revela destinos mais vendidos
“No primeiro trimestre, a participação do Estado cresceu de 12% em 2014 para 14% em 2015. Este já é um reflexo da medida acertada tomada pelo Governo do Estado em reduzir a alíquota do ICMS do QAV”, explicou.
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