PANROTAS Brasília   |   17/08/2011 18:06

Novais já desconfiava de irregularidades no Ibrasi

O ministro Pedro Novais revelou que antes da deflagração da Operação Voucher, no dia 28 de julho, cancelou o repasse de R$ 219 milhões que seria feito a convênios, entre os quais um novo pagamento para o Ibrasi, no valor de R$ 2 milhões, fruto de outro contrato que não está sendo investigado pela PF

O ministro Pedro Novais revelou que antes da deflagração da Operação Voucher, no dia 28 de julho, cancelou o repasse de R$ 219 milhões que seria feito a convênios, entre os quais um novo pagamento para o Ibrasi, no valor de R$ 2 milhões, fruto de outro contrato que não está sendo investigado pela PF.

“Verificamos que o instituto Ibrasi precisaria ser olhado de perto. Enviamos uma funcionária fosse ao Amapá para verificar e por conta disso também congelamos todos os saldos para que a instituição não recebesse mais nenhum recurso”, disse, durante seu depoimento na reunião extraordinária conjunta na Câmara Federal, que está ouvindo o ministro sobre a crise em sua pasta.

Perguntado se sente traído pelo seu secretário executivo, Frederico Costa, preso durante a operação, Novais preferiu não emitir sua opinião, alegando questão de “foro íntimo”, mas disse não estar decepcionado. “Não estou decepcionado, conheço as pessoas, sei como elas são e posso perdoar, quando me cabe perdoar.”

Ele confirmou que teve conhecimento das denúncias contra Frederico Costa, veiculadas pela revista Época, ainda no início do ano, mas que não levou em consideração porque não recebeu nenhum indicação do Palácio do Planalto de que deveria exonerá-lo. “Eu não o nomeei. Quem o nomeou foi a presidenta Dilma, sob minha indicação. E ele passou pela revisão da Casa Civil. Não havia motivos para demiti-lo. Não estou aqui para comentar reportagens veiculadas em revistas e jornais, mas fatos concretos.”

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