Felipe Niemeyer   |   29/09/2009 18:03

Dívidas e insatisfação são herança da Abav-DF

Qualquer que seja o presidente eleito da Abav-DF amanhã – Ribamar Nogueira, da Eurexpress, ou Carlos Alberto Sá, da Voetur – é certo que o novo dirigente terá uma grande desafio pela frente.

Qualquer que seja o presidente eleito da Abav-DF amanhã – Ribamar Nogueira, da Eurexpress, ou Carlos Alberto Sá, da Voetur – é certo que o novo dirigente terá uma grande desafio pela frente. A entidade está com a sua representatividade política enfraquecida, com dívidas financeiras e sem o apoio da categoria. Ambas as chapas procuram distanciar-se da atual administração de João Zisman (que, "à revelia", declarou apoio a Ribamar Nogueira) e prometem trabalhar para reverter a situação da estadual.

Carlos Alberto Sá explicou que não precisou entrar na justiça para inscrever sua chapa “porque prevaleceu o bom senso”. “A impugnação era uma armação. Quem apoia essa ideia são as pessoas que se conformam com o estado de inoperância da Abav-DF. A chapa da situação é basicamente da antiga diretoria, que está tranquila com essa situação”, disse ele, acrescentando que a estadual ainda enfrenta problemas com dívidas financeiras e insatisfação da categoria. Segundo Sá, existe um fato não confirmado “de que a Abav Nacional, inclusive, teria ameaçado retirar a Abav-DF do sistema”.

Ribamar Nogueira defendeu-se dizendo que não existe chapa de situação, apesar dele ter sido diretor na gestão passada, e que a sua proposta é exatamente a de “corrigir as distorções e o marasmo que se encontra a estadual”. Segundo Nogueira, “a impugnação da candidatura de Sá poderia acontecer pelo fato de ele ter ações na justiça contra a Abav – o que, de acordo com o estatuto da entidade, impediria a sua candidatura –, mas que o conselho decidiu evitar polêmica e dar seguimento ao processo eleitoral”. Nogueira explicou ainda que as dívidas da Abav-DF arrastam-se por anos, por conta de ações que correm na justiça e que, inclusive, passaram pela própria gestão de Carlos Alberto de Sá, que também tem ações contra a entidade.

O diretor de Relações Parlamentares da Abav Nacional, e candidato ao Conselho da Abav-DF, João Quirino Junior, disse que “a Abav Nacional não interfere nos processos administrativos e eleitorais das estaduais e que sempre aconselha que as Abavs resolvam os problemas com seus associados, seguindo as regras do estatuto da entidade”. De acordo com ele, “a Abav nunca disse que a Abav-DF poderia ser desfiliada ou que faria alguma intervenção administrativa”.

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