Janize Colaço   |   16/11/2016 18:48

Turismo se destaca entre serviços em SP em agosto

O setor de Serviços do município de São Paulo faturou R$ 20,9 bilhões, em agosto, e registrou uma queda de 7,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento feito pela Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços

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O setor de Serviços do município de São Paulo faturou R$ 20,9 bilhões, em agosto, e registrou uma queda de 7,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), elaborado pela FecomercioSP, esse é o menor montante para o mês em cinco anos. Já no acumulado de 12 meses, houve um recuo de 4% sobre os 12 anteriores.

Os melhores desempenhos foram vistos nos setores de Turismo, hospedagem, eventos e semelhantes (alta de 22,8% em agosto ) e saúde (18,9%). Somadas, as atividades pressionaram positivamente o resultado geral em 2 pontos percentuais. Os dados utilizados têm base na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) da capital paulista.

Em contrapartida, as maiores retrações, com variação negativa de dois dígitos, foram observadas nas atividades de representação (-26,4%), construção civil (-24,6%), serviços bancários, financeiros e securitários (-20,8%), conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-15,6%), e, técnico-científico (-15,5%) e outros serviços (-17,4%). Juntas, essas seis atividades impactaram negativamente em 6,6 pontos porcentuais o índice geral.

RETRAÇÃO ECONÔMICA
De acordo com a Fecomercio, as atividades que tiveram resultado negativo foram impactadas, principalmente, pela deterioração do cenário econômico brasileiro. “A incerteza na conjuntura econômica e política do País fizeram com que os consumidores e empresários adiassem a contratação de serviços ou até mesmo a realização de possíveis investimentos”, destacou a entidade.

Ainda segundo ela, a crise impactou o setor produtivo como um todo. A indústria foi a primeira, no início de 2014, seguida do varejo, que também passou a registrar resultados negativos e pouco tempo depois, a partir de janeiro de 2015, se estabeleceu no setor de serviços. Para a federação, uma retomada somente acontecerá à medida que os demais segmentos da economia se recuperarem, dependendo, assim, de indicadores positivos de emprego, renda, crédito, entre outras variáveis determinantes do consumo.

EXPECTATIVA
A Fecomercio avalia que, a partir dos próximos meses, ocorrerá ajustes no desempenho do setor de serviços, desacelerando o ritmo de queda do faturamento real, devido a uma base de comparação fraca. Essa projeção, com uma queda nas perdas, mostra-se nos demais indicadores antecedentes como os índices de confiança dos consumidores e empresários e intenção de consumo, que se elevaram nos últimos meses.

A entidade ressalta ainda que somente em 2017, com a convergência da inflação para a meta e o início do ciclo de queda de juros, os números voltarão a crescer. Assim, com uma economia mais equilibrada, o aumento dos investimentos e a geração de emprego e renda, haverá uma recuperação no setor de serviços.


*Fonte: Fecomercio

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