Renê Castro   |   05/07/2016 18:16

Agentes independentes impulsionam resultados da CVC

A CVC acaba de comunicar aos acionistas os principais indicadores operacionais referentes ao segundo trimestre deste ano. Os valores (ainda não auditados) revelam novamente crescimento, desta vez de 6,6% nas reservas confirmadas (excluindo Rextur Advance e Submarino Viagens) e 2,4% nas reser


Emerson Souza
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC

A CVC acaba de comunicar aos acionistas os principais indicadores operacionais referentes ao segundo trimestre deste ano. Os valores (ainda não auditados) revelam novamente crescimento, desta vez de 6,6% nas reservas confirmadas (excluindo Rextur Advance e Submarino Viagens) e 2,4% nas reservas embarcadas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Fora isso, a companhia informa que inaugurou 20 lojas nos últimos três meses.

Em valores absolutos, as reservas confirmadas chegaram a R$ 1,324 bilhão no segundo trimestre e a R$ 2,614 bilhões no primeiro semestre. Os bons resultados foram creditados ao “forte crescimento” do canal agente independente (ou multimarcas), que conquistaram um resultado 15% maior que o registrado no segundo trimestre do ano passado. A CVC indica que isso reforça a “resiliência e a credibilidade da empresa em um ambiente macroeconômico desafiador, e pela recente valorização do real, que favoreceu a venda do segmento internacional”.

Em entrevista ao Portal PANROTAS, o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, revelou que os agentes independentes deixaram de ver a empresa como uma concorrente. “Hoje somos vistos como fornecedor, e um fornecedor que tem plataformas tecnológicas robustas, capazes de fidelizar o profissional. Nosso trabalho de campo também está melhorando o nosso desempenho neste canal”, afirmou. Hoje, a CVC conta com cerca de seis mil agentes independentes espalhados pelo Brasil. O principal produto do momento é o nacional, até por conta do momento vivido pela economia brasileira.

ON-LINE SOFRE
O canal on-line na CVC está em queda, mas é algo que, segundo Falco, não se restringe à própria empresa, ou seja, o segmento vem sentindo os efeitos do cenário macroeconômico. A forte desaceleração em meio à crise, somada à falta de crédito no ambiente web, justifica os resultados abaixo da linha positiva.

“Considero o resultado natural, diante do momento que estamos vivendo. E é justamente por isso que a CVC tem como estratégia o multicanal. De qualquer forma, nossa meta no on-line é alcançar a rentabilidade. Claro que estamos em busca de crescimento sempre, mas não somos uma OTA pura, digamos assim. Temos a equipe certa e a nossa plataforma está em estágio avançado, com seguidos investimentos. Vamos seguir por este caminho”, argumentou o presidente da CVC.

REXTUR ADVANCE E SUBMARINO VIAGENS
Os resultados do Grupo CVC (com Rextur Advance e Submarino Viagens) também foram divulgados no relatório operacional do segundo trimestre. E revelaram R$ 2,147 bilhões em reservas confirmadas e R$ 4,209 bilhões no semestre, uma queda de 0,9% versus 2T15 (comparado a uma queda de 3,9% no primeiro quadrimestre de 2016) e 2,4% versus o primeiro semestre de 2015, respectivamente.

No caso da Rextur Advance, a dificuldade também está no atual momento do País. Com dois terços do negócio voltados ao corporativo, a consolidadora sofre com a queda de procura e busca no lazer resultados mais atrativos sem, claro, compensar o resultado final.

“A Rextur Advance vem sofrendo desde o final do ano passado, mas estamos trabalhando forte e o nosso desempenho está sendo bem aceito pelo mercado, mediante o cenário do Brasil. No mais, posso afirmar que estou particularmente muito satisfeito com a empresa, porque hoje buscamos sempre atuar com custos ajustados, investindo em gestão e pessoas. O primeiro trimestre veio com números robustos e não tenho dúvida que a empresa sairá fortalecida no final deste ano.”

Já a Submarino Viagens teve de lidar com o lançamento de uma nova plataforma em junho, que impactou negativamente as reservas confirmadas do segundo trimestre, devido a problemas de curto prazo na implementação. As vendas da empresa migraram integralmente para a nova plataforma em 1º de julho, com a promessa de ampliação do portfólio de hotéis e melhoria na competitividade de produtos. A expectativa do grupo é que as reservas confirmadas da Submarino voltem a crescer no terceiro trimestre.

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