Agentes acusam WT Tours de não honrar pacotes
Dois agentes de viagens, um de Brasília e outro de Minas Gerais, enviaram um e-mail ao Portal PANROTAS relatando os problemas que estão encontrando para honrar as viagens dos clientes emitidos com a WT Tours, de Ribeirão Preto.
Dois agentes de viagens, um de Brasília e outro de Minas Gerais, enviaram e-mails ao Portal PANROTAS relatando os problemas que estão encontrando para honrar as viagens dos clientes emitidos com a WT Tours, de Ribeirão Preto (SP). Há uma semana, fontes do Portal PANROTAS afirmaram que a empresa vem passando por dificuldades financeiras e deixando de entregar alguns serviços vendidos às agências de viagens. Na maioria dos casos escutados pela reportagem do portal, apenas o aéreo dos pacotes está pago.
Na semana passada, o diretor da WT Tours, João Rodrigo Coimbra, negou qualquer tipo de crise em sua empresa. Procurado para comentar novamente as denúncias, Coimbra não foi localizado até a publicação desta nota.
Leia abaixo os relatos dos agentes de viagens no caso WT Tours:
“Em julho, exatamente no dia 31, fiz a intermediação de venda de uma viagem para um grupo de oito pessoas para um pacote de viagens com embarque dia 30/12 com destino Gramado (RS), através do escritório recém-inaugurado em Brasília. Desde então, atendimento de pós-vendas normal, só que no dia 10/11 recebi uma ligação da executiva de Contas informando que estariam fechando a filial de Brasília e que todo operacional seria transferido para Ribeirão Preto e tão logo os vouchers fossem emitidos. eles nos enviariam. No dia 04/12 recebi, com muita insistência e cobrança, os vouchers da viagem de meus clientes e assim procedi com conferência de hotel, aéreo e serviços. Tudo ok.
No dia 21/12, recebi um e-mail as 9h34 da atendente Talita, da matriz da WT Tours de Ribeirão Preto, contendo a seguinte afirmação "Nós estamos encerrando nossas atividades e não temos como honrar a parte terrestre da reserva. Os aéreos já estão emitidos. Em relação a parte terrestre, vou te passar o contato do fornecedor de Gramado, para que possa finalizar direto com eles", dizia o comunicado. Entrei em desespero, pois já havia confirmado todos os serviços. Liguei imediatamente para a Talita e a mesma confirmou os fatos de que a empresa estaria com dificuldades financeiras e encerrando suas atividades. Eu não tinha o que discutir, ela foi bem clara quanto ao não pagamento de seus credores e muito menos fornecedores de seus serviços tão logo contratados e intermediados pelas agências de viagens de todo o Brasil.
Entrei em contato com o fornecedor local e o mesmo confirmou que não havia recebido de outros serviços já prestados para a operadora e que a WT Tours havia entrado em contato e informado que não pagariam também as futuras reservas, inclusive a de meus passageiros. Eles não atendem mais os telefones, respondem os e-mails vagamente, sem nenhuma resposta concreta e isso quando respondem. Tenho oito pessoas para acomodar em Gramado em pleno réveillon, em pleno Natal Luz, o período mais cheio da cidade e são clientes com expectativas, jantares de ceia de réveillon comprados. Cadê as entidades que tanto pedem para nos associarmos a elas? O que elas estão fazendo? Cadê o seguro contra quebra das operadoras? Que medidas protetivas as agências de viagens têm contra este tipo de prática das operadoras de viagens. Essas operadoras estão agindo assim, colocando a culpa na crise econômica, sendo que o principal motivo é má administração.
Não há desculpas que abrandem o que estou sentindo, o prejuízo material e moral que terei que arcar como empresa e como pessoa são indescritíveis.
Cínthia Dias - Tripster Travel (Brasília)”
*“O meu prejuízo está bem grande, uma vez que a WT Tours não pagou diversos pacotes meus e corro o risco de deixar passageiros no chão, já que tenho um bom número de clientes para embarcar até o fim de janeiro e já esgotei todos os meus recursos para pagar uma dívida que não é minha.
Tenho clientes embarcando no próximo dia 29 e simplesmente não consigo encontrar hotéis para que eles possam viajar. Imagina a minha situação:
O senhor João Rodrigo Coimbra, diretor da empresa, me ligou na segunda-feira (21) pela manhã, jurando que iria honrar um pacote de três pessoas que tenho embarcando nesse dia 29, me enviando inclusive um e-mail onde dava garantia de pagamento dos produtos.
Qual não foi minha surpresa quando, na mesma segunda-feira, ele me liga novamente por volta das 19h30, alegando que eu havia me equivocado e que em momento algum ele disse que teria condições de honrar nada, já que estava sem recursos e sem cartões de crédito. Muito ironia, não é?
Fora esse caso, que é o mais preocupante e onde já depositei boa parte de dinheiro para tentar embarcar (já que até o presente momento não consegui hotel nenhum em Cartagena), ainda tenho mais uma família de seis pessoas embarcando para Orlando em janeiro que só tem os aéreos emitidos (hotel, ingressos de parques, carro, seguros – nada pagos) e mais cinco pessoas embarcando pra Cancun, também só com os aéreos emitidos (nenhum dos serviços terrestres contratados foram pagos)”
*O agente de viagens pediu para que seu nome não fosse revelado
Na semana passada, o diretor da WT Tours, João Rodrigo Coimbra, negou qualquer tipo de crise em sua empresa. Procurado para comentar novamente as denúncias, Coimbra não foi localizado até a publicação desta nota.
Leia abaixo os relatos dos agentes de viagens no caso WT Tours:
“Em julho, exatamente no dia 31, fiz a intermediação de venda de uma viagem para um grupo de oito pessoas para um pacote de viagens com embarque dia 30/12 com destino Gramado (RS), através do escritório recém-inaugurado em Brasília. Desde então, atendimento de pós-vendas normal, só que no dia 10/11 recebi uma ligação da executiva de Contas informando que estariam fechando a filial de Brasília e que todo operacional seria transferido para Ribeirão Preto e tão logo os vouchers fossem emitidos. eles nos enviariam. No dia 04/12 recebi, com muita insistência e cobrança, os vouchers da viagem de meus clientes e assim procedi com conferência de hotel, aéreo e serviços. Tudo ok.
No dia 21/12, recebi um e-mail as 9h34 da atendente Talita, da matriz da WT Tours de Ribeirão Preto, contendo a seguinte afirmação "Nós estamos encerrando nossas atividades e não temos como honrar a parte terrestre da reserva. Os aéreos já estão emitidos. Em relação a parte terrestre, vou te passar o contato do fornecedor de Gramado, para que possa finalizar direto com eles", dizia o comunicado. Entrei em desespero, pois já havia confirmado todos os serviços. Liguei imediatamente para a Talita e a mesma confirmou os fatos de que a empresa estaria com dificuldades financeiras e encerrando suas atividades. Eu não tinha o que discutir, ela foi bem clara quanto ao não pagamento de seus credores e muito menos fornecedores de seus serviços tão logo contratados e intermediados pelas agências de viagens de todo o Brasil.
Entrei em contato com o fornecedor local e o mesmo confirmou que não havia recebido de outros serviços já prestados para a operadora e que a WT Tours havia entrado em contato e informado que não pagariam também as futuras reservas, inclusive a de meus passageiros. Eles não atendem mais os telefones, respondem os e-mails vagamente, sem nenhuma resposta concreta e isso quando respondem. Tenho oito pessoas para acomodar em Gramado em pleno réveillon, em pleno Natal Luz, o período mais cheio da cidade e são clientes com expectativas, jantares de ceia de réveillon comprados. Cadê as entidades que tanto pedem para nos associarmos a elas? O que elas estão fazendo? Cadê o seguro contra quebra das operadoras? Que medidas protetivas as agências de viagens têm contra este tipo de prática das operadoras de viagens. Essas operadoras estão agindo assim, colocando a culpa na crise econômica, sendo que o principal motivo é má administração.
Não há desculpas que abrandem o que estou sentindo, o prejuízo material e moral que terei que arcar como empresa e como pessoa são indescritíveis.
Cínthia Dias - Tripster Travel (Brasília)”
*“O meu prejuízo está bem grande, uma vez que a WT Tours não pagou diversos pacotes meus e corro o risco de deixar passageiros no chão, já que tenho um bom número de clientes para embarcar até o fim de janeiro e já esgotei todos os meus recursos para pagar uma dívida que não é minha.
Tenho clientes embarcando no próximo dia 29 e simplesmente não consigo encontrar hotéis para que eles possam viajar. Imagina a minha situação:
O senhor João Rodrigo Coimbra, diretor da empresa, me ligou na segunda-feira (21) pela manhã, jurando que iria honrar um pacote de três pessoas que tenho embarcando nesse dia 29, me enviando inclusive um e-mail onde dava garantia de pagamento dos produtos.
Qual não foi minha surpresa quando, na mesma segunda-feira, ele me liga novamente por volta das 19h30, alegando que eu havia me equivocado e que em momento algum ele disse que teria condições de honrar nada, já que estava sem recursos e sem cartões de crédito. Muito ironia, não é?
Fora esse caso, que é o mais preocupante e onde já depositei boa parte de dinheiro para tentar embarcar (já que até o presente momento não consegui hotel nenhum em Cartagena), ainda tenho mais uma família de seis pessoas embarcando para Orlando em janeiro que só tem os aéreos emitidos (hotel, ingressos de parques, carro, seguros – nada pagos) e mais cinco pessoas embarcando pra Cancun, também só com os aéreos emitidos (nenhum dos serviços terrestres contratados foram pagos)”
*O agente de viagens pediu para que seu nome não fosse revelado