Artur Luiz Andrade   |   04/08/2009 11:04

Leia comunicado da Tia Augusta sobre morte de jovem

Tia Augusta Turismo divulga comunicado sobre a morte de Jacqueline Ruas, de 15 anos, que morreu a bordo de um avião da Copa Airlines, quando retornava de uma excursão a Orlando, na Flórida

"Estamos passando por momentos de profunda consternação e, no momento nossa prioridade, além de prestar todo o apoio e amparo à família é obter, junto às autoridades médicas norte-americanas, quais foram os critérios que levaram à alta e liberação da menor na véspera do embarque", disse Filipe Fortunato, diretor da Tia Augusta Turismo ao Portal PANROTAS, sobre a morte da passageira Jacqueline Ruas a bordo de um avião da Copa Airlines, quando retornava com um grupo da operadora de uma viagem de 12 dias por Orlando, na Flórida. Leia abaixo, o comunicado oficial da operadora, que tem 35 anos de mercado e já transportou mais de 300 mil brasileiros para Orlando:

"COMUNICADO

Profundamente consternada com o falecimento da jovem Jacqueline Ruas, ocorrido durante voo de Orlando para São Paulo na madrugada do último domingo, 2 de agosto, a Tia Augusta Turismo vem a público prestar as seguintes informações:

1) A agência Tia Augusta organizou uma excursão de 12 dias que levou 29 pessoas para a Disney no dia 20 de julho. Entre os passageiros estava Jacqueline Ruas;

2) No final da última terça-feira, dia 28 de julho, depois de ter ido ao Sea World e ao Florida Mall, ela apresentou sintomas de gripe como tosse e febre. Nos dias anteriores, outros jovens já haviam apresentado os mesmos sintomas. Diante disso, a agência acionou o seguro-saúde para dar atendimento aos jovens. A médica Vitoria Wright compareceu ao hotel All Star Music, localizado dentro do complexo Disney, e onde todos estavam hospedados. No caso de Jacqueline, ela não fez teste para averiguação de suspeita de gripe A, e receitou o antiviral Tamiflu e o antibiótico Azytromicina, além de Tylenol para controlar a febre. A médica afirmou que Jacqueline poderia participar de passeios no dia seguinte caso se sentisse bem;

3) No dia 29, pela manhã, foi administrado pela primeira vez o antiviral Tamiflu. A guia Gisele Martins dos Santos se dirigiu ao quarto de Jacqueline para saber como ela estava. Jacqueline disse que estava bem e pediu para fazer o passeio previsto para aquele dia, no Prime Outlet, em Orlando. Mais tarde, no mesmo dia, Jacqueline teve náusea e vômitos. Imediatamente, a guia da agência solicitou que ela retornasse ao hotel. Foi acompanhada de outra guia e de um turista que também apresentava sintomas de gripe. No fim do dia, Jacqueline informou que se sentia melhor, inclusive se alimentou durante a noite;

4) No dia 30, Jacqueline foi abordada logo pela manhã pela guia para saber se estava se sentindo melhor. Com a resposta positiva, ela quis fazer o passeio previsto no parque Disney´s Hollywood Studios;

5) No meio da tarde, a guia solicitou que Jacqueline e outros jovens com sintoma de gripe retornassem ao hotel, já que havia previsão de chuva. À noite, a médica Laura Powel, do seguro-saúde, foi acionada para avaliar os jovens com suspeita de gripe. Na consulta, Jacqueline reclamou de falta de ar e foi orientada pela médica a se dirigir ao Celebration Hospital - Florida Hospital para realizar exames, inclusive o de gripe, apesar de já estar sendo medicada para Gripe A, mesmo sem o diagnóstico;

6) No hospital, onde deu entrada por volta da 1h da madrugada, Jacqueline foi submetida a vários exames de sangue, um deles para detecção da própria gripe, e foi radiografada no pulmão. Pouco depois das 7h da manhã ela foi liberada pelos médicos. O exame de gripe A deu negativo e os médicos suspeitavam de um princípio de pneumonia, mas foi recomendada a alta médica, pois Jacqueline já estava medicada, conforme documento emitido pelo hospital;

7) Nesse dia, ela permaneceu no hotel e foi acompanhada por uma guia. À noite, como se sentia melhor, Jacqueline quis ir ao espetáculo do Cirque du Soleil;

8) No dia 1º, pela manhã, Jacqueline afirmava se sentir bem e foi ao lobby tomar café da manhã. No fim da manhã, todo o grupo se dirigiu ao aeroporto;

9) Na conexão no Panamá, Jacqueline afirmou à guia que estava com tontura. A guia Gisele dos Santos perguntou a Jacqueline se ela estava bem para embarcar e lhe ofereceu uma cadeira de rodas cedida pelo aeroporto para se dirigir à aeronave;

10) No avião, ela voltou a se sentir mal, e, infelizmente, veio a falecer.

Diante disso, estamos solicitando à embaixada brasileira nos Estados Unidos, à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e ao ministro da Saúde que intercedam junto às autoridades americanas para que estas apurem os procedimentos médicos adotados em Orlando no caso da passageira Jacqueline Ruas.

Portanto, todos os procedimentos necessários no atendimento médico a Jacqueline Ruas foram adotados pela agência Tia Augusta. A empresa tem 35 anos no mercado de viagens e já levou mais de 300 mil brasileiros à Disney. Esta foi, infelizmente, a primeira ocorrência desse tipo que registramos em toda a nossa história, que sempre foi pautada por oferecer a melhor e mais segura viagem aos nossos passageiros.

Filipe Fortunato
diretor executivo da Tia Augusta Turismo
São Paulo, 03 de agosto de 2009".

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